quarta-feira, 26 de março de 2014

O IDH (ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO)

  O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) criado pela ONU no início da década de 1990, é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de qualidade de vida humano e para ajudar a classificar os países como desenvolvidos (àqueles que possuem um desenvolvimento humano muito elevado), em desenvolvimento (que possuem um desenvolvimento humano  médio e alto) e subdesenvolvidos (que possuem um desenvolvimento humano baixo). A classificação desses países resulta do cruzamento de três indicadores básicos:
  • O PIB per capita ajustado em relação à sua capacidade de compra, expresso em dólares;
  • O grau de conhecimento (que inclui a taxa de alfabetização de adultos e a taxa de matrícula nos três níveis de ensino, que no Brasil se denominam fundamental, médio e superior);
  • A expectativa de vida, denominada longevidade.
  O PIB per capita é obtido a partir do PIB (valor da renda anual total da economia de um país gerada internamente) pelo número de habitantes. Como existe diferenças entre o custo de vida de um país para outro, a renda medida pelo IDH é feita em dólar PPC (Paridade de Poder de Compra). Os cálculos são preparados por diversas organizações, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
  No novo relatório de avaliação do IDH, em vez de calcular a renda pelo Produto Interno Bruto (PIB) per capita, utiliza-se a RNB (Renda Nacional Bruta) per capita, também medida em PPC (Paridade de Poder de Compra). Isso foi necessário porque, em um mundo cada vez mais globalizado, aumenta a diferença entre a produção doméstica (dentro das fronteiras de um país) e a renda que fica com seus residentes. Esta medida é relevante porque uma parte da renda produzida é enviada para o exterior, assim como outra parte é recebida de seus cidadãos que estão vivendo fora. O conceito de renda nacional reflete com mais precisão os recursos que as pessoas em determinado país dispõem para viver.
Mapa do PPC - 2010, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)
  Para avaliar a dimensão da educação, o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com quinze anos ou mais de idade. O segundo indicador é a taxa de escolarização: somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso, seja fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos. Também entram na contagem os alunos que fazem o EJA (Educação de Jovens e Adultos), de classes de aceleração e pós-graduação universitária.
  Nas mudanças ocorridas no IDH, no quesito educação, as principais variáveis utilizadas foram substituídas. No "velho IDH" eram utilizadas variáveis "alfabetização" e "matrícula combinada" (matrículas no primário, ensino médio e terciário, dada como percentual). Mas essas variáveis discriminavam pouco os resultados dos países nesta área. Com as mudanças, em vez de alfabetização, o "novo IDH" avalia:
  • Os anos médios de estudo - é o número médio de anos de educação recebidos pelas pessoas que têm 25 anos ou mais, pois assim, discrimina melhor a educação da população do que simplesmente o analfabetismo, além de ser uma variável mais sensível ao progresso;
  • Anos esperados de escolaridade - é o número de anos de escolaridade que uma criança na idade de entrar na escola pode esperar receber, levando em consideração taxas de matrícula em relação à idade das crianças, tratando de elementos quantitativos do ensino.
Mapa do Índice de Educação de acordo com a ONU - 2007

  O item longevidade é avaliado considerando a expectativa de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência, deve viver. Reflete as condições de saúde e de salubridade no local. Esse cálculo é fortemente influenciado pelo número de mortes.
    Nas mudanças ocorridas na avaliação do IDH, a variável utilizada "expectativa de vida ao nascer" permaneceu a mesma.
Mapa da expectativa de vida de acordo com a ONU - 2008
  O IDH permite diferenciar países com economias semelhantes mas com diferenças nas condições de vida da população. Esse índice é hoje o principal indicador para analisar a situação social e econômica dos países, pois ressalta como o crescimento econômico foi revertido em benefícios sociais para a população.
  Desde 1993, esse índice vem sendo usado pelo Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (Pnud), que anualmente divulga as condições socioeconômicas dos países membros da ONU. Os países são classificados em quatro grupos: IDH muito elevado (0,900 a 1,00), IDH elevado (0,800 a 0,899), IDH médio (0,500 a 0,799) e IDH baixo (0,00 a 0,499).
Mapa do IDH - 2012
  Muito alto
  Alto
  Médio
  Baixo
  Sem dados
  A noção de desenvolvimento humano ficou muito associada ao IDH. Porém, esse índice representa uma interpretação simplificada do desenvolvimento humano, que deve envolver outros aspectos como liberdade política, segurança física das pessoas, igualdade de gênero e entre etnias, as questões ecológicas, entre outras.
  A partir de 2010, a Organização das Nações Unidas, em seu Relatório de Desenvolvimento Humano publicado todos os anos, criou novas medidas para tentar se aproximar mais da realidade dos países avaliados. Esses índices são:
  • Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) - utiliza os três componentes de avaliação do IDH, porém, ajustados a um índice de desigualdade. O IDHAD indica as desigualdades existentes entre as pessoas, já que não é toda a população que tem acesso a uma renda que garanta minimamente suas necessidades, a uma educação e a um sistema de saúde de qualidade. Como o IDH, quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento; quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento.
  • Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) - reflete a desigualdade de gênero entre homens e mulheres. Usa como indicadores a saúde reprodutiva da mulher e a comparação entre mulheres e homens referente à capacitação e à taxa de participação no mercado de trabalho. Varia de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, mais igualdade existe entre homens e mulheres. Quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade.
  • Índice de Pobreza Multidimensional - indica as privações individuais quanto à educação, à saúde e ao padrão de vida da população.

IDH, IDHAD e IDG de alguns países selecionados - 2011
País
IDH
Classificação do IDH
IDHAD
IDG
Classificação do IDG
Noruega
0,943
1
0,890
0,075
6
Austrália
0,929
2
0,856
0,136
18
Uruguai
0,783
48
0,654
0,352
62
Brasil
0,718
84
0,519
0,449
80
Jordânia
0,698
95
0,565
0,456
83
Uzbequistão
0,641
115
0,544
s/d
s/d
Índia
0,547
134
0,392
0,617
129
Angola
0,486
148
s/d
s/d
s/d
Haiti
0,454
158
0,271
0,599
123
Serra Leoa
0,336
180
0,196
0,662
137

 Fonte: Organização das Nações Unidas. Relatório de Desenvolvimento Humano de 2011.
FONTE: Lucci, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado: geografia: ensino médio, volume 3 / Elian Alabi Lucci, Anselmo Lázaro Branco, Cláudio Mendonça. - 1. ed. - São Paulo: Saraiva, 2010.

domingo, 23 de março de 2014

SUÉCIA: O PAÍS DOS VIKINGS


  Localizada na península da Escandinávia, a Suécia é o país nórdico com o maior número de habitantes. A maior parte de sua população localiza-se no sul do país, onde se concentra a maior parte das indústrias e da agricultura. No norte, de clima mais rigoroso, predomina a exploração florestal, com um número menor de pessoas.
  A Suécia chegou a ser um dos Estados mais poderosos da Europa no século XVIII. É uma democracia parlamentar e tem sido um país neutro, não participando nem da Primeira Guerra nem da Segunda Guerra Mundial. Desempenha papel importante na política mundial, como negociadora em disputas internacionais.
  Foi o país que teve o modelo mais radical de Estado do bem-estar social, sendo considerada uma via intermediária entre o socialismo e o capitalismo.
  Seus grandes bosques são a base da indústria papeleira e madeireira, responsável por mais de 20% de suas exportações. Mesmo com o desemprego elevado, seus habitantes têm um dos níveis de vida mais elevados da Europa, pois ainda possuem um amplo sistema de proteção social e serviços públicos.
Representação dos vikings
HISTÓRIA DA SUÉCIA
  A Suécia tem uma das histórias mais extensas e interessantes da Europa. A sua história se remonta a 14.000 anos atrás. Descobertas arqueológicas comprovam que a área hoje compreendida pela Suécia já era povoada durante a Idade da Pedra, quando o gelo resultante da última glaciação recuou. Aparentemente, os primeiros habitantes eram povos caçadores e coletores que viviam da pesca no Mar Báltico. Algumas evidências apontam que o sul da Suécia era densamente povoado durante a Idade do Bronze, pois aí foram encontradas ruínas de grandes comunidades comerciais.
  No ano 12.000 a.C., estabeleceram-se os primeiros momentos desta região que são conhecidos, com a chegada dos caçadores durante o Paleolítico Superior. Nos anos subsequentes, a resolução de muitas tribos desta região foi crescendo, levando ao desenvolvimento de muitos núcleos de populações, que contribuíram para a construção de megalíticos, como as famosas Pedras de Ale. Durante a Idade do Bronze, a Suécia foi um grande exportador de bronze para a Europa.
Ales Stenar ou Pedras de Ale, na Suécia
  Durante o auge do Império Romano, a região da Suécia foi ameaçada de invasão pelos romanos, mas as emboscadas dos suecos e o clima dificultaram a invasão romana.
  No século II d.C., a agricultura e a pecuária foram as principais atividades econômicas desenvolvidas na Suécia, principalmente no sul, onde o clima era mais propício para essas atividades.
  No século VIII, os suecos passaram a ser conhecidos como os vikings da Europa do Norte, um povo feroz que estendia seu império da península da Escandinava até a direção dos países do Báltico, Rússia e do Mar Negro. Durante os séculos IX e X, a cultura viking prosperou na Suécia, principalmente por meio do comércio.
Cidades vikings da Escandinávia
  No século XIV, os três estados escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca) se uniram sob um único monarca. Essa união ficou conhecida como União de Kalmar, que começou com uma união pessoal, quando o rei Valdemar IV da Dinamarca, resolveu casar sua filha Margarida com o rei Haquino VI da Noruega. Essa união dos três estados escandinavos ocorreu em 1397, com a morte de Haquino e a vitória da Noruega e da Dinamarca sobre a Suécia, ficando esses três reinos sob a hegemonia dinamarquesa, tendo como soberana a rainha Margarida I.
União de Kalmar
  Em 1523, após longas lutas pela independência, a Suécia separou-se da União de Kalmar e elegeu como soberano Gustavo I, líder da luta antidinamarquesa, deixando essa união sendo composta apenas por Noruega e Dinamarca. Em 1814, a Noruega separou-se da Dinamarca e passou a pertencer à coroa sueca até 1905, quando declarou sua independência.
  No século XVI, nasce o conhecido Império Sueco, transformando o país numa potência europeia. Era um país pobre, escassamente povoado, mas mesmo assim conseguiu ter um grande crescimento econômico e militar. Esse império surgiu após a assinatura do Tratado de Roskilde, em 26 de fevereiro de 1658, quando a Suécia derrotou as tropas do rei Frederico III da Dinamarca e Noruega.
O Império Sueco após a assinatura do Tratado de Roskilde, em 1658
  Suécia
  Condado de Kexholm
  Ingria Sueca
  Estônia Sueca
  Livônia
  Domínios alemães
  Scania, Gotland, Bohuslän
  Tromdheim
  Härjedalen
  No século XVII a Suécia tornou-se uma das principais potências europeias devido a participação na Guerra dos Trinta Anos, iniciada pelo Rei Gustavo Adolfo II. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), foi uma série de guerras que diversas nações europeias travaram entre si, especialmente na Alemanha, por causa de rivalidades religiosas, dinásticas, territoriais e comerciais.
   As rivalidades entre católicos e protestantes e assuntos constitucionais germânicos foram gradualmente transformados numa luta europeia. A Suécia e a França buscavam diminuir a força da dinastia dos Habsburgos, que governavam a Áustria. As hostilidades entre os países causaram sérios problemas econômicos e populacionais na Europa Central. Essa guerra chegou ao fim após a assinatura de alguns tratados, no ano de 1648, que ficou conhecido como Paz de Vestfália.
Mapa da Europa em 1648, após o Tratado de Vestfália
  No século XVIII, a posição de potência europeia sueca começou a desmoronar após a derrota na Grande Guerra do Norte. Essa guerra foi travada entre uma coligação composta pelo Império Russo, Reino da Dinamarca e Noruega e a Saxônia-Polônia, de um lado, e o Império Sueco, do outro. A guerra começou após um ataque coordenado pela coligação anti-sueca em 1700 e teve fim em 1721 com a assinatura dos Tratados de Nystad e de Estocolmo. Essa guerra provocou o fim do Império Sueco, com a separação, em 1809, da parte oriental da Suécia e a criação da Finlândia, como um grão-ducado russo.
  No século XIX, a Suécia renunciou de suas províncias do norte da Alemanha a favor do país em troca de parte da Noruega por meio do Tratado de Kiel. De acordo com esse tratado, o reino dinamarquês, que foi um dos grandes perdedores nas Guerras Napoleônicas, cedeu o Reino da Noruega para a Suécia em troca dos territórios suecos na Pomerânia. A soberania sobre a Pomerânia passou para a Prússia, e a Noruega declarou-se independente. Esse tratado não incluiu as possessões ex-norueguesas da Groenlândia, da Islândia e da Ilhas Faroe, que permaneceram sob o controle dinamarquês.
Divisão do antigo reino da Dinamarca pelo Tratado de Kiel
  Na época contemporânea, a paz proporcionou um grande desenvolvimento econômico no país. No século XIX, surgiu vários movimentos sociais e sindicais na Suécia, processo este ligado ao desenvolvimento industrial e a proliferação de fábricas.
  Durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, a Suécia manteve-se neutra, bem como durante a Guerra Fria, não participando de alianças militares. Essa neutralidade beneficiou o país, principalmente por causa da procura por aço, rolamentos, fósforo e pasta de papel. A prosperidade pós-guerra possibilitou a implementação de políticas de proteção social na Suécia moderna.
  A Suécia continua a ser um país não-alinhado militarmente, apesar de participar de alguns exercícios militares conjuntos com a Otan e alguns outros países, além de cooperar com países europeus na área de tecnologia de defesa.
  Mais recentemente, participou de operações militares no Afeganistão e em operações de paz em Kosovo, Bósnia-Herzegovina e no Chipre.
  Em 13 de novembro de 1993, após um referendo aprovado por 52% da população, a Suécia aderiu à União Europeia, ingressando nesse bloco econômico no dia 1º de janeiro de 1995.
Países que ingressaram na União Europeia em 1995
GEOGRAFIA DA SUÉCIA
  Geograficamente, a Suécia está tradicionalmente dividida em três regiões: Norrland, Svealand e Götaland.
  A região de Norrland localiza-se no centro-norte da Suécia. É  uma área de montanhas e florestas que cobre cerca de 59% do território sueco. Essa região está localizada na metade norte da Suécia, fazendo divisa ao sul com a região histórica de Svealand, a oeste e a noroeste com a Noruega e no nordeste com a Finlândia.
  Com exceção das áreas costeiras, Norrland é pouco povoada, abrigando apenas 12% da população da Suécia. Norrland é conhecida por sua natureza: grandes florestas, rios, e áreas intactas, sendo a principal reserva de recursos vegetais do país. A maioria da população vive em áreas rurais e pequenas vilas.
Paisagem de Norrland
  A região de Svealand encontra-se no centro-sul da Suécia. É uma extensa zona plana na parte oriental e de terras altas no setor ocidental, é arenosa e contém mais de 90 mil lagos. A paisagem é bastante diversificada, com a presença de florestas de faias e carvalhos no sul e áreas quase desprovidas de árvores no norte da região. Durante o verão há uma sinfonia de cores na paisagem, com brejos, liquens e musgos. Nas áreas selvagens aves migratórias disputam o espaço com alces, veados e renas.
Paisagem de Svealand
  A região de Götaland está localizada no sul da Suécia. É composta por florestas profundas e suas áreas costeiras são relativamente planas, consistindo de arquipélagos e praias arenosas. As duas maiores ilhas da Suécia (Gotland e Öland) estão incluídas nessa região, bem como os dois maiores lagos do país (Värnern e Vätern).
Paisagem de Götaland
  Apesar de sua latitude setentrional, grande parte da Suécia possui um clima temperado, influenciado principalmente pela corrente do Golfo. Nas montanhas do norte da Suécia predomina um clima sub-ártico. Ao norte, área do Círculo Polar Ártico, o clima predominante é o polar, caracterizado por temperaturas baixíssimas durante o inverno e temperaturas que não ultrapassam os 10°C no verão. Durante o verão nessa parte do país ocorre o chamado "sol da meia-noite", onde o Sol não se põe no horizonte durante grande parte do verão. Já durante o inverno ocorre o contrário, onde o Sol não aparece em grande parte dessa estação.
Fenômeno do sol da meia-noite em Kiruna, Suécia
  A leste da Suécia, estendem-se o mar Báltico e o golfo de Bótnia, aumentando a linha de costa do país e contribuindo para amenizar o clima. No oeste surge a cadeia montanhosa dos Alpes Escandinavos, barreira natural entre a Noruega e a Suécia. No país existe muitos lagos, muitos deles, principalmente no oeste, são na forma de fiordes. Os fiordes são entradas de mar entre as montanhas. O ponto culminante do país é a montanha Kebnekaise, com 2.117 metros acima do nível do mar.
Monte Kebnekaise - ponto culminante da Suécia
ECONOMIA
  A economia da Suécia é uma das que mais se destacam na Europa. Após um período de recessão, aumento do desemprego e altas taxas de inflação no início da década de 1990, a Suécia retomou o seu crescimento por meio de ajustes fiscais e dinamização da economia. Atualmente, o país ocupa a terceira posição no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial.
  A economia sueca é mista, orientada para a exportação com um sistema de distribuição moderno, excelente comunicação interna e externa e uma força de trabalho bastante qualificada. O principal setor econômico do país é o de serviços, principalmente de telecomunicações e tecnologias da informação. Os seus principais recursos naturais de exportação são a hidreletricidade, a madeira e o minério de ferro. As indústrias de telecomunicações, automobilísticas e farmacêuticas são de grande importância para a economia do país. Devido grande parte de suas terras serem impróprias para a agricultura, esse setor representa apenas 2% do PIB.
Arranha-céu na cidade de Malmö - símbolo de modernidade do país
  Em termos de estrutura, a economia sueca é caracterizada por uma grande indústria transformadora intensiva em conhecimento e orientada para a exportação. O país é sede de importantes empresas transnacionais. Dentre as transnacionais suecas destacam-se: Atlas Copco (produtora de compressores e equipamentos de mineração e da indústria de automóveis), H & M (loja de roupas e cosméticos), Ericsson (equipamentos de telefonia fixa e móvel), Electrolux (eletrodomésticos), Scania (caminhões, ônibus e motores diesel), Volvo (ônibus e caminhões) e SAAB (aeroespacial e defesa militar).
Sede da Ericsson em Estocolmo - Suécia
  O Fórum Econômico Mundial classificou a Suécia em 2013-2014 como a 6ª economia mais competitiva do mundo no Índice de Competitividade Global. Os principais parceiros comerciais da Suécia são: Alemanha, Estados Unidos, Noruega, Reino Unido, Dinamarca e Finlândia.
  A Suécia dispõe hoje de um extensivo programa de bem-estar social. Os serviços públicos como saúde e educação estão entre os mais elogiados do planeta. A sociedade sueca é a mais igualitária do mundo. Consequência disso é o fato do país a ter um dos IDHs mais elevados do planeta.
A população da Suécia desfruta uma das melhores qualidade de vida do planeta
DESAFIOS DA SUÉCIA
  Embora ocupe uma situação privilegiada no cenário internacional, a Suécia tem alguns obstáculos a enfrentar para continuar em crescimento e manter o bem-estar de sua população.
  A população da Suécia está em processo contínuo e profundo de envelhecimento. Os gastos com saúde e previdência, que já são altos, tende cada vez a aumentar. Uma elevação das taxas de impostos, opção teórica para solucionar o problema, é considerada inoportuna, pois a Suécia já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo.
Assim como em várias partes do mundo, o envelhecimento da população está trazendo sérios problemas para a Suécia
  Apesar das reformas na década de 1990, a política fiscal sueca ainda não é considerada ideal. O governo tem ampla participação na economia e os serviços públicos exigirão mais recursos para os idosos no futuro. Contenção de gastos, privatizações, aumento da produtividade e da eficiência governamental são algumas das possibilidades para a superação deste problema. Mas a Suécia é um país que empenha em manter o bem-estar social e a proteção dos trabalhadores que foi historicamente conquistada.
  Para isso, o governo busca constante diálogo com a população para que todos os setores saiam ganhando e o conjunto social continue sendo prioridade e exemplo para os demais países que pensam em construir uma nação autossuficiente.
  Com o envelhecimento da população, o mercado de trabalho sueco enfrenta problemas por falta de oferta de mão de obra. Para tentar resolver esse problema, o governo sueco vem dando apoio e incentivo aos estudantes imigrantes para manter a estabilidade social e a garantia de crescimento.
Em algumas cidades da Suécia, as crianças suecas já são minoria em relação às crianças imigrantes
ALGUNS DADOS DA SUÉCIA
NOME: Reino da Suécia
CAPITAL: Estocolmo

Gamla stan - a cidade velha de Estocolmo
LÍNGUA OFICIAL: sueco
GOVERNO: Monarquia Constitucional
FORMAÇÃO:

Consolidação: Pré-história
GENTÍLICO: sueco
LOCALIZAÇÃO: Península Escandinava - Europa Setentrional
ÁREA: 450.295 km² (55º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2013): 9.045.389 habitantes (86º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 20,08 hab./km² (164º)
MAIORES CIDADES (Estimativa 2013): 
Estocolmo: 1.423.213 habitantes

Estocolmo - capital e maior cidade da Suécia
Gotemburgo: 564.921 habitantes
Gotemburgo - segunda maior cidade da Suécia
Malmö: 304.322 habitantes
Malmö - terceira maior cidade da Suécia
ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE GLOBAL (Fórum Econômico Mundial2013-2014): 5,42 (6º)
PIB (FMI - 2013):
 U$ 520,256 bilhões (21º)
IDH (ONU - 2012): 0,916 (7º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 80,88 anos (8º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO (ONU - 2005-2010): 0,45% ao ano (168º)
MORTALIDADE INFANTIL (
CIA World Factbook - 2012): 2,56/mil (4º)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2011): 85% (25º)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (Pnud - 2009/2010): 99% (19º)
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 56.956 (8º)
MOEDA: Coroa Sueca

RELIGIÃO: até 1 de janeiro de 2000 a Igreja foi parte do Estado da Suécia e até essa data todos os suecos eram considerados membros da Igreja Luterana. Em 2012, cerca de 84,5% dos suecos pertenciam a Igreja Luterana da Suécia, 2,5% de católicos, 1% de cristãos evangélicos pentecostais, e 12% praticavam outras religiões.

Catedral de Uppsala
DIVISÃO: a Suécia está dividida em três grandes regiões históricas: a Götland ao sul, a Svealand na parte central, e a Norrland, ao norte. Cada uma dessas três partes é subdividida em regiões menores chamadas landskap - províncias históricas. As landskap não têm mais significado administrativo, sendo apenas um termo histórico. Atualmente, os län - províncias administrativas modernas, também chamadas de condados - são os equivalentes ao landskap e com significado administrativo aproximado dos antigos landskap. A letra corresponde ao condado no mapa. Blekinge (K), Dalarna (W), Estocolmo (AB), Götland (I), Gäyleborg (X), Halland (N), Jämtland (Z), Jönköping (F), Kalmar (H), Kronoberg (G), Norrbotten (BD), Skäne (M), Södermanland (D), Uppsala (C), Värmland (S), Västerbotten (AC), Västernorrland (Y), Västmanland (U), Västra Götaland (O), Örebo (T) e Östergötland (E).
Condados da Suécia
FONTE: Sampaio, Fernando dos Santos. Para viver juntos: geografia, 9º ano: ensino fundamental / Fernando dos Santos Sampaio, Marlon Clóvis de Medeiros. - 3. ed. - São Paulo: Edições SM, 2012. - (Para viver juntos).

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