domingo, 14 de setembro de 2014

OS SOLOS DA AMAZÔNIA

  Solo é um corpo de material inconsolidado que cobre a superfície emersa da Terra, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo.
  O solo pode ser visto sob diferentes óticas. Para um engenheiro agrônomo o solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida (vegetal e animal). Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, solo é um corpo possível de ser escavado, sendo utilizado como suporte para construções ou material de construção. Para um biólogo, através da ecologia e da pedologia, o solo infere sobre a ciclagem biogeoquímica dos nutrientes minerais e determina os diferentes ecossistemas e habitats dos seres vivos. Os solos possuem várias camadas no seu perfil.
Camadas do solo
  A Amazônia é uma enorme floresta localizada na América do Sul, ocupando uma área de mais de 7 milhões de km². A região que abriga a Amazônia é caracterizada pela temperatura elevada, grande umidade atmosférica e enorme quantidade de rios. Esses fatos garantem a Floresta Amazônica ser a maior floresta equatorial do mundo.
  Apesar da exuberância apresentada pela floresta, os solos nos quais está fixada não possuem grande riqueza em nutrientes.  A Amazônia caracteriza-se por ser um ambiente extremamente complexo, em que tanto as altitudes do relevo como as águas dos rios influem diretamente na fertilidade dos solos da região.
Floresta Amazônica
  Os solos mais férteis da Amazônia são encontrados principalmente ao longo das várzeas, ou seja, das planícies situadas às margens dos principais rios. Essas áreas são constantemente inundadas, na época das cheias, pelas águas ricas em nutrientes que descem das encostas da cordilheira dos Andes. Além das várzeas, algumas áreas dos estados de Rondônia e do Acre se destacam pela boa fertilidade de terras.
  Entretanto, os demais solos amazônicos são, na maior parte, pobres em nutrientes, apresentando apenas uma fina camada superficial de matéria orgânica (húmus). O húmus é produzido pela própria floresta, e promove uma espécie de reciclagem ao se decompor, o que leva à autos-sustentação desse ambiente. As folhas caídas das árvores, os galhos e os excrementos dos animais acumulam-se no chão da floresta, formando uma espessa camada denominada serrapilheira.
Esquema do processo da serrapilheira
  Devido às precipitações e as temperaturas elevadas, o solo sofre alterações em seu material de origem (minerais) e lixiviação em suas bases, tornando-se profundos e bem drenados, apresentando coloração vermelha ou amarela, pouco férteis e ácidos. Caracteriza-se, então, como:
  • Oxissolo (latossolo) - excelente textura granular, baixíssima fertilidade natural, propriedade uniforme em sua profundidade, ocupando 45% da área amazônica.
  • Ultissolo (podzólico vermelho-amarelo) - horizonte de acumulação de argila, propriedade física menos favorável para a agronomia e baixa fertilidade natural. Ocupa 30% da Amazônia.
Serrapilheira
  Aproximadamente 6% da área são ocupados por solos férteis bem drenados; 2% por solos de espessos horizontes de areais quartzosas e solos aluviais, alguns bastante férteis.
FONTE: Geografia espaço e vivência: a organização do espaço brasileiro. 7° ano / Levon Boligian ... [et al.]. -- 4. ed. -- São Paulo: Saraiva, 2012.

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