segunda-feira, 6 de junho de 2011

CONHEÇA O VIETNÃ


DADOS SOBRE O PAÍS
Nome: República Socialista do Vietname/ Vietnã
Capital: Hanói
Independência: da França: 
Declarada: 02 de setembro de 1945
Reconhecida: 21 de julho de 1954
Área: 331.689 km² (65°)
População: 86.116.559 - 2011 (13°)
PIB: 103,574 bilhões (59°)
IDH: 0,572 (113°)
Expectativa de vida: 74,2 anos (65°)
Mortalidade Infantil: 19,5 (93°)
Alfabetização: 90,3 (94°)
Moeda: Dong (VND)
Religião: budismo (67%), catolicismo (8%), outras (25%
Maiores cidades
Ho Chi Minh City - antiga Saigon (7.387.258 habitantes - 2009)
Ho Chi Minh City - maior cidade do Vietnã
Hanói (6.448.837 habitantes - 2009)
Hanoi - capital e segunda maior cidade do Vietnã
Haiphong (2.120.300 habitantes - 2009)
Haiphong - terceira maior cidade do Vietnã
HISTÓRIA
  A história do Vietnã está documentada há mais de 2500 anos. Durante mil anos, esta região foi dominada por sucessivas dinastias do império chinês, mas obteve a independência em 938 e estabeleceu a dinastia Ngô. O período dinástico terminou no século XIX, quando o país foi colonizado pela França em 1858.
  Durante a Segunda Guerra Mundial, com a derrota da França na primeira fase da Guerra, o Vietnã foi ocupado pelo Japão e estabeleceram no trono do Imperador Bao Dai.
Bao Dai - último imperador do Vietnã
  Quando a guerra terminou, a França tentou restabelecer o controle, mas não conseguiu. Os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu, após oito anos de luta armada, comandada por Giap em 1954, na primeira guerra da Indochina, mesmo com ajuda dos EUA. Mas na Conferência de Genebra o Vietnã foi dividido em dois países separados: o Vietnã do Norte, socialista, e o Vietnã do Sul, capitalista.
  Durante a Guerra Fria, o norte, comunista, tinha o apoio da China e da União Soviética, enquanto o sul, anti-comunista, era apoiado pelos EUA. Isso gerou a Guerra do Vietnã ou, segundo os vietnamitas, a Guerra Americana.
  Essa guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os Estados Unidos, com a participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; do outro, a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietnã (FNL), com o apoio da China, da Coreia do Norte e, principalmente, da União Soviética, porém, esses países não se envolveram efetivamente no conflito.
Imagens da Guerra do Vietnã
  Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que haviam se juntado na Frente Nacional para a Libertação do Vietnã (FNL).
Soldado do Vietnã do Sul apontando arma para um rebelde do Vietnã do Norte
  Entretanto, apesar de seu imenso poder militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973 e dois anos depois o Vietnã foi reunificado sob um governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.
  Na guerra, aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados morreram, além de outros milhões de cambojanos e laocianos, arrastados para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de 50 mil soldados norte-americanos.
  Durante o conflito, as tropas do exército do Vietnã do Norte travaram uma guerra convencional contra as tropas norte-americanas e sul-vietnamitas, e as milícias da FNL menos equipadas e treinadas, lutaram por meio de uma guerra de guerrilha na região, usando as selvas do Vietnã, espalhando armadilhas mortais aos soldados inimigos, enquanto os Estados Unidos se armaram de grande poder de fogo, em artilharia e aviação de combate para destruir as bases inimigas e impedir suas ofensivas.
Soldados Vietcongues
  À exceção das linhas de combate ao redor dos perímetros fortificados de bases e campos militares, não houve nesta guerra a formação clássica de linhas de frente e as operações aconteceram em zonas delimitadas; missões de busca e destruição por parte das forças norte-americanas, com o uso de bombardeios maciços com armas químicas desfolhantes e sabotagens da guerrilha na retaguarda das zonas urbanas (em particular, sobre as devastadoras consequências do uso do napalm, uma mistura de sais alumínicos e ácidos orgânicos, usados na indústria bélica para a fabricação de bombas, precisamente pelo seu alto poder incendiário).
Bombardeio B-66 e quatro F - 105 Thunderchiefs lançando suas bombas em uma cidade do Vietnã do Norte
  Travada com uma grande cobertura diária dos meios de comunicação, a guerra levou a uma forte oposição e divisão da sociedade norte-americana, que gerou os Acordos de Paz de Paris em 1973, causando a retirada das tropas do país do conflito. Ela prosseguiu com a luta entre o Norte e o Sul do Vietnã dividido, terminando em abril de 1975, com a invasão e ocupação comunista de Saigon, então capital do Vietnã do Sul e a rendição total do exército sul-vietnamita.
Uma das cenas mais chocantes da guerra. Crianças  correndo por causa de queimaduras provocadas pelos produtos químicos lançados pelos soldados norte-americanos. Essa cena causou revolta entre a população dos Estados Unidos, que reivindicavam cada vez mais o fim da guerra.
  Para os Estados Unidos, a Guerra do Vietnã resultou na maior confrontação armada que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a "Síndrome do Vietnã" em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematrográfica e grande mudança na sua política exterior.
  Durante mais de 15 anos de guerra os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas do que em toda a Segunda Guerra Mundial, além de terem feito teste com armas químicas e bacteriológicas e destruírem mais de 70% de todos os povoados do norte.
Platoon - filme estadunidense de 1986, do gênero drama de guerra, escrito e dirigido por Oliver Stone. O filme mostra os horrores da guerra do Vietnã através dos olhos de Chris, um jovem recruta estadunidense que se alista voluntariamente para o combate. Na guerra, o jovem trava contato com os sargentos Barnes e Elias: o primeiro, um assassino brutal e psicopata; o segundo um pacifista inteligente e sensível.
  Em julho de 1976, a República do Vietnã do Sul e a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) uniram-se, formando a República Socialista do Vietname. Saigon, que era a capital do Vietnã do Sul passa a se chamar Ho Chi Minh, em homenagem ao ex-presidente do Vietnã do Norte.
Ho Chi Minh - ex-presidente do Vietnã do Norte
A REUNIFICAÇÃO POLÍTICA
  Completado o processo de reunificação, nasceu a República Socialista do Vietnã com posições pró-soviéticas. Todavia, as consequências do conflito foram gravíssimas: os intensos bombardeamentos norte-americanos tinham destruído cerca de 70% das instalações industriais do Norte, tornado impraticáveis quase todas as vias de comunicação e queimado com bombas químicas vastas extensões de florestas. De uma maneira geral, as operações militares tinham tirado a mão de obra das atividades industriais, causando a interrupção de todos os investimentos profundos do Norte; haviam impedido as atividades agrícolas no Sul; limitado fortemente em todo o país a pesca marítima.
Área destruída pelo lançamento de nalpam no Vietnã
  Essas problemáticas tiveram de ser imediatamente enfrentadas já na primeira fase da reconstrução, procurando uma resposta para ela, através do política de plano, em linha com os princípios ideológicos do socialismo e com o modelo de desenvolvimento já adotado nos países comunistas. 
  Hoje, passados quase trinta anos, a República ainda tem de resolver problemas importantes, como a integração de duas estruturas econômicas profundamente diferentes uma da outra.
GEOGRAFIA
  O Vietnã é um país longo e estreito que ocupa a costa oriental da península da Indochina, sobre o Golfo de Tonkin e o Mar da China. O clima predominante é o clima de monções, que é quente e muito chuvoso.
  As monções são um fenômeno típico da região sul e sudeste da Ásia, onde o clima é condicionado por massas de ar que ora viajam do interior do continente para a costa (monção continental), ora da costa para o continente (monção marítima).
   Predominam as florestas tropicais e a rede hidrográfica é muito rica. Os principais rios são o rio Song Cai (Red River ou Rio Vermelho), que corta a capital Hanói, ao norte, e o rio Mekong, ao sul, que é o rio mais importante da Indochina. Esse rio corta a maior cidade do país, Ho Chi Minh.
Rio Mekong no sul do Vietnã
  A parte norte é mais elevada, sob a influência das cadeias montanhosas formadoras do Himalaia do sul da China, onde se localiza o Fan Si Pan, cuja altitude é de 3.144 metros, sendo o ponto mais alto do país e de toda a Indochina.
 Fan Si Pan - ponto culminante do Vietnã
  Em toda a sua fronteira oeste com o Laos e com o nordeste do Camboja, estende-se a Cordilheira Anamita, com altitudes chegando em torno dos 2.000 metros, servindo de divisor de águas entre o vale do rio Mekong, em território laosiano, e a bacia hidrográfica costeira do Mar da China Meridional.
Cordilheira Anamita - Vietnã
  O norte do país é rico em antracito, linhito, carvão, minério de ferro, manganês, bauxita e titânio.
  A agricultura ocupa a maioria da população economicamente ativa (PEA) do país, sendo que o arroz é o principal produto.
Cultivo de arroz no Vietnã
ECONOMIA
  Entre os países do Sudeste Asiático, foi o Vietnã quem seguramente atingiu a independência política com maiores dificuldades e com altos custos sociais e ambientais. A região a norte do paralelo 17 obteve a independência da França em 1954 e organizou-se como República Democrática. O novo regime exerceu imediatamente um controle direto sobre a economia, nacionalizando as empresas industriais estrangeiras e implantando outras, especialmente nos setores de base.
Cabana e mercado sobre o rio Mekong no Vietnã
  Nos campos, depois das expropriações dos latifúndios, formaram-se primeiro cooperativas e, depois, empresas agrícolas estatais. A seguir, a República empreendeu, com a ajuda do governo soviético, uma guerra para alcançar a reunificação das províncias do Sul, que ainda eram colônias da França.
  Depois da derrota da França, os Estados Unidos, determinados a impedir o avanço do comunismo, envolveram-se cada vez mais no conflito e, a partir de 1965, intensificaram a sua presença no país.
  Pelo menos até a segunda metade dos anos oitenta, o desenvolvimento econômico do Vietnã se deu sem acelerações especiais. Nos campos, disponibilizaram-se globalmente, 500.000 hectares de terras abandonadas ou danificadas pela guerra; arrotearam-se mais de um milhão de novas terras; introduziram-se maquinarias e fertilizantes.
  A agricultura, já amplamente coletivizada, conseguiu superar as dificuldades subsequentes à guerra e alcançar os resultados positivos; a produção de arroz, distribuída por cerca de 90% das terras cultivadas, mostrou um crescimento notabilíssimo, a ponto que, pela primeira vez na história, o Vietnã - um país eminentemente agrícola - se tornou auto-suficiente quanto ao consumo interno de arroz, de que é também exportador e o 5º maior produtor mundial.
  Além da rizicultura, estão em expansão as culturas do milho, batata-doce, mandioca, hortaliças, frutas (ananás e cítricos), cana-de-açúcar, borracha, chá, café (cujo país é o segundo maior produtor mundial depois do Brasil), dentre outros.
  Nos últimos anos, graças aos investimentos estrangeiros, principalmente de Hong Kong e Taiwan, o Vietnã, foi um dos países que mais cresceram no Sudeste Asiático, a ponto de se tornar um Novíssimo Tigre Asiático.
Trabalhadores em uma indústria de eletroeletrônicos no Vietnã

quarta-feira, 1 de junho de 2011

TEMPO E CLIMA

  Para entender o significado de clima, é importante distingui-lo de tempo atmosférico. O tempo corresponde a um estado momentâneo da atmosfera num determinado lugar, com relação à combinação de fenômenos como temperatura, umidade, pressão do ar, ventos e nebulosidade. Ele pode mudar em poucas horas ou até mesmo de um instante para outro.
  Já o clima corresponde ao comportamento do tempo em um determinado lugar durante um período longo, de pelo menos 30 anos. O clima é a sucessão dos diferentes tipos de tempo que resultam do movimento constante da atmosfera.
  O clima depende de diversos fatores. Os fatores climáticos são:
1. LATITUDE
  De forma geral, quanto maior a latitude, ou seja, quanto mais nos afastamos do Equador, em direção aos polos, menores são as temperaturas médias anuais. Nos locais próximos ao Equador, a inclinação é menor e os raios solares incidem sobre uma área menor. Em contrapartida, conforme aumenta a latitude, maior se torna a inclinação com que os raios solares incidem, abrangendo uma área maior. Como resultado, a intensidade de luz incidente é diferente, e a temperatura média tende a ser maior quanto mais próximo ao Equador e menor quanto mais próximo aos polos.
  Assim, a variação latitudinal é o principal fator de diferenciação das zonas climáticas - polar, temperada e tropical. Porém, em cada uma dessas zonas encontramos variados tipos de clima, explicados pelas diferentes associações dos demais fatores climáticos.
2. ALTITUDE
  Quanto maior a altitude, menor a temperatura média do ar. No alto de uma montanha a temperatura é menor do que a verificada no nível do mar no mesmo instante e na mesma latitude. Isso porque quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica, o que torna o ar mais rarefeito, ou seja, há uma menor concentração de gases, umidade e materiais particulados. Como há menor densidade de gases e partículas de vapor de água e poeira, diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em consequência, a temperatura é menor. Além disso, nas maiores altitudes, a área de superfície que recebe e irradia calor é menor.
  O tipo de superfície atingida pela luz solar exerce também influência na diferença de temperatura atmosférica porque o aquecimento do ar é feito por meio da reflexão dos raios solares por essa superfície.
3. ALBEDO
  Os raios solares que penetram na atmosfera e são por ela refletidos, sem incidir na superfície, retornam ao espaço sideral e não alteram a temperatura do planeta, já que não há retenção de energia. O índice de reflexão de uma superfície - o albedo - varia de acordo com sua cor. A cor, por sua vez, depende de sua composição química e de seu estado físico. A neve, por ser branca, reflete até 90% dos raios solares incidentes, enquanto a Floresta Amazônica, por ser verde-escura, reflete apenas cerca de 15%. Quanto menor o albedo, maior a absorção de raios solares, maior o aquecimento e, consequentemente, a irradiação de calor.
4. MASSAS DE AR
  São grandes porções da atmosfera que possuem características comuns de temperatura, umidade e pressão e podem estender por milhares de quilômetros. Formam-se quando o ar permanece estável por um tempo sobre uma superfície homogênea (o oceano, as calotas polares ou uma floresta) e se deslocam por diferença de pressão, levando consigo as condições de temperatura e umidade da região em que se originaram. À medida que se deslocam, vão se transformando pela interação com outras massas, com as quais trocam calor e/ou umidade. De maneira geral, podemos distinguir as massas de ar da seguinte forma: as oceânicas são úmidas e as continentais, secas (embora haja continentais úmidas, como as que formam sobre grandes florestas); as tropicais e equatoriais são quentes e as temperadas e polares são frias.
5. Continentalidade e maritimidade
  A maior ou menor proximidade de grandes corpos de água, como oceanos e mares, exerce forte influência não só sobre a umidade relativa do ar, mas também sobre a temperatura. Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente distante do litoral), há maior variação de temperatura ao longo de um dia, ou mesmo de uma estação do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade de oceanos e mares). Isso ocorre porque o calor específico da água é maior do que o da terra. Em consequência, os oceanos demoram mais para se aquecer do que os continentes. Em contrapartida, a água retém calor por mais tempo e demora mais para irradiar a energia absorvida; assim, os continentes esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui ou cessa. Um dos resultados dessas diferenças é o fato de que no litoral a amplitude térmica diária é menor que no interior dos continentes.
  Nas regiões litorâneas, há também o sistema de brisas, que são os ventos que ocorrem próximos da superfície do mar.
  As altitudes baixas e os ventos locais são extremamente influenciados pela superfície, sendo deflectidos por obstáculos e zonas mais rugosas, e sua direção resulta da soma dos efeitos globais e locais. No começo do dia, o aquecimento do sol faz com que o ar estagnado no fundo do mar, mais denso e pesado, comece a fluir ao longo das encostas sob a forma de ventos de vales. Quando os ventos globais são fracos, os ventos locais podem dominar. É o caso das brisas marítimas.
  Como as massas de terra são aquecidas pelo sol mais rapidamente do que o oceano, o ar em cima delas ascende e cria uma baixa pressão no solo, que atrai o ar mais fresco do mar: é o que chamamos de brisa marítima. Ao cair da noite, há muitas vezes um período de calma durante o qual a temperatura em terra e no mar são iguais. De noite, como o oceano arrefece mais lentamente, a brisa sopra da terra na direção oposta, mas é geralmente mais fraca porque a diferença de temperatura é menor.
  É por isso que quase sempre os pescadores marítimos preferem sair para pescar à noite, pois é a brisa continental que contribuirá para levar o barco até o alto-mar.
6. Correntes marítimas
  São extensas porções de água que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direções, como se fossem larguíssimos "rios" dentro do mar, movimentadas pela ação dos ventos e pela influência da rotação da Terra, que as desloca para oeste - no Hemisfério Norte as correntes circulam no sentido horário e no Hemisfério Sul, anti-horário.
  Diferenciam-se em temperatura, salinidade e direção das águas do entorno do continente. Causam forte influência no clima, principalmente porque alteram a temperatura atmosférica, e são importantes para a atividade pesqueira: em áreas de encontro de correntes quentes e frias, aumenta a disponibilidade de plâncton, o que atrai cardumes.
  A corrente do Golfo, por ser quente, impede o congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores climáticos do inverno em toda a faixa ocidental da europa.
Corrente do Golfo - percurso em laranja
  A corrente de Humboldt, no Hemisfério Sul e a da Califórnia, no Hemisfério Norte, ambas frias, causam queda da temperatura nas áreas litorâneas, respectivamente, do norte do Chile e do sudoeste dos Estados Unidos. Isso provoca a condensação do ar e chuvas no oceano, fazendo com que as massas de ar percam a umidade. Ao atingirem o continente, as massas de ar estão secas e originam desertos, como o de Atacama, no Chile, e o da Califórnia, nos Estados Unidos.
  Já as correntes quentes do Brasil (no leste da América do Sul), das Agulhas (no sudeste da África)  e Leste-Australiana, estão associadas a massas de ar quente e úmido, que aumentam a pluviosidade e provocam fortes chuvas de verão no litoral, fato que acentua quando há a presença de serras.
7. VEGETAÇÃO
Mata de Araucárias no Paraná
  Os diferentes tipos de cobertura vegetal, apresentam grande variação de umidade, o que influencia diretamente a absorção e a irradiação de calor, além da umidade do ar. Numa região florestada, as árvores impedem que os raios solares incidam diretamente sobre a superfície terrestre, diminuindo a absorção de calor e a temperatura. As plantas, por sua vez, retiram umidade do solo pelas raízes e a transferem para a atmosfera pelas folhas (transpiração), aumentando a umidade do ar. Isso ajuda a transferir parte da energia solar ao processo de evaporação, diminuindo a quantidade de energia que aquece a superfície e, consequentemente, o ar. 
  Quando ocorre um desmatamento de grandes proporções, há acentuada diminuição da umidade e elevação significativa das temperaturas médias por causa do aumento da absorção e irradiação do calor.
Desmatamento na Amazônia
  Além dos fatores climáticos, existem os atributos  ou elementos climáticos. Os mais importantes são a temperatura, a umidade e a pressão atmosférica.
1. TEMPERATURA
  A temperatura é a intensidade de calor existente na atmosfera. O Sol não aquece o ar diretamente. Se não incidirem sobre uma partícula em suspensão,(como poeira e vapor d'água), os raios solares atravessam a camada da atmosfera sem aquecê-la e atingem a superfície do planeta. Só depois de aquecidas, as terras, as águas e demais elementos presentes na superfície - prédios, calçadas, áreas agrícolas etc., irradiam o calor para a atmosfera.
Deserto do Saara - possui grande amplitude térmica diária
2. UMIDADE
  A umidade é a quantidade de vapor de água presente na atmosfera num determinado momento, resultado do processo de evaporação das águas da superfície terrestre e da transpiração das plantas.
  A umidade relativa do ar, expressa em porcentagem, é uma relação entre a quantidade de vapor existente na atmosfera num dado momento (umidade absoluta, expressa em g/m³) e a quantidade de vapor de água que essa atmosfera comporta. Quando este limite é atingido, a atmosfera atinge o seu ponto de saturação e ocorre a chuva.
  Se ao longo do dia a umidade relativa estiver aumentando, chegando próximo de 100%, há grande possibilidade de ocorrer precipitação, pois a atmosfera está atingindo seu ponto de saturação. Para chover, o vapor d'água tem de se condensar, passando do estado gasoso para o líquido, o que acontece com a queda de temperatura. Em contrapartida, se a umidade relativa do ar for constante ou estiver diminuindo, dificilmente choverá.
Neblina - o efeito mais visível da umidade do ar
  É importante destacar que a capacidade de retenção de vapor d'água na atmosfera também está associada à temperatura. Quando a temperatura está elevada, os gases estão dilatados e aumenta sua capacidade de retenção de vapor; ao contrário, com temperaturas baixas os gases ficam mais adensados e é necessária uma menor quantidade de vapor para atingir o ponto de saturação.
  As condições de umidade relativa do ar são importantes para a saúde e a sensação de conforto ou desconforto térmico. Nos dias quentes e úmidos, nosso organismo sente maior necessidade de transpirar, enquanto nos dias secos se agravam os problemas respiratórios e de irritação de pele.
  A precipitação pode ocorrer de várias formas, dependendo das condições atmosféricas. Além das chuvas, existem outros tipos de precipitação, como a neve e o granizo. A neve é característica de zonas temperadas e frias, quando a temperatura do ar está abaixo de zero. Quando isso ocorre, o vapor d'água contido na atmosfera se congela e os flocos de gelo, formados por cristais, precipitam-se.
Neve - um dos tipos de precipitação
  O granizo é constituído por pedrinhas formadas pelo congelamento das gotas de água contidas em nuvens chamadas cúmulos-nimbo, que também estão associadas aos temporais com a presença de raios. Esse congelamento acontece quando uma nuvem carregada de gotículas de água encontra uma camada de ar muito fria.
Chuva de granizo
  Os três principais tipos de chuva são:
Chuva frontal: nas frentes, que são zona de contato entre duas massas de ar de características diferentes, uma quente e outra fria, ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água na forma de chuva. A área de abrangência e o volume de água precipitada estão relacionados com a intensidade das massas, variável no decorrer do ano.
Chuva de relevo ou orográfica: barreiras de relevo levam as massas de ar a atingir elevadas altitudes, o que causa queda de temperatura e condensação do vapor. Esse tipo de chuva costuma ser localizada, intermitente e fina e é muito comum nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, onde as serras e chapadas dificultam o deslocamento das massas úmidas provenientes do oceano Atlântico para o interior do continente.
Chuva de convecção ou de verão: em dias quentes, o ar próximo à superfície fica menos denso e sobe para as camadas superiores da atmosfera, carregando umidade. Ao atingir altitudes maiores, a temperatura diminui e o vapor se condensa em gotículas que permanecem em suspensão. O ar fica mais denso e desce frio e seco para a superfície, iniciando novamente o ciclo convectivo. Ao fim da tarde, a nuvem resultante está enorme, chegando a atingir até 10 quilômetros de altura e provocando chuvas torrenciais rápidas e localizadas. Após a precipitação, o céu costuma ficar claro novamente. Essas chuvas são as principais responsáveis por alagamentos, especialmente em centros urbanos, onde há grandes áreas impermeabilizadas.
3. PRESSÃO ATMOSFÉRICA
  A pressão atmosférica é a medida da força exercida pelo peso da coluna de ar contra uma área. Quanto mais elevada a temperatura, maior a movimentação das moléculas e mais elas se distanciam uma das outras; como resultado, mais baixo é o número de moléculas em cada metro cúbico de ar e menor se torna seu peso; portanto, menor a pressão exercida sobre uma superfície. Inversamente, quanto menor a temperatura, maior é a pressão atmosférica.
  Quando o ar é aquecido, fica menos denso e sobe, o que diminui a pressão sobre a superfície e forma uma área de baixa pressão atmosférica, também chamada de ciclonal, que é receptora de ventos. Ao contrário, quando o ar é resfriado, fica mais denso e desce formando uma zona de alta pressão, ou anticiclonal, que é emissora de ventos. Esse movimento pode ocorrer entre áreas que distam apenas alguns quilômetros ou em escala regional, como a Massa Equatorial Continental, que atua sobre a Amazônia.
  Já os furacões se formam sobre os oceanos em áreas de águas quentes e baixa pressão.
  Já em escala planetária temos os ventos alísios, que atuam ininterruptamente , se deslocando das regiões subtropicais e tropicais (alta pressão) para a região equatorial (baixa pressão), e são desviados para oeste pelo movimento de rotação da Terra. Com esse desvio, formam-se os ventos alísios de sudeste no Hemisfério Sul e os ventos alísios de nordeste, no Hemisfério Norte.
    Quando ocorre o deslocamento provocado pela expansão de massas de ar quente e, consequentemente, formação de frentes quentes, temos uma situação na qual o ar se desloca das áreas de maior temperatura para as de menor.
Fonte: SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio/ Eustáquio de Sene, João Carlos Moreira. - São Paulo: Scipione, 2010.

terça-feira, 24 de maio de 2011

PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS

  As novas unidades federativas do Brasil estão em dicussão e em diferentes estágios de aprovação no Congresso Nacional. Chegou a ser proposta oficialmente a criação de 18 novos estados e 3 novos territórios federais, o que elevaria o total de unidades da federação para 48. A região com o maior número de unidades federativas seria a região Norte, enquanto a região Sul seria a única sem uma única unidade federativa nova. Os estados com estágio de criação mais avançados são Gurgueia e Maranhão do Sul, ambos na região Nordeste, e Carajás e Tapajós, na região Norte. Estes últimos já foram aprovados a realização dos plebiscitos para saber se a população aprova ou não a criação desses estados.
Congresso Nacional
  Com vistas a organizar e acelerar o debate e trâmites no Congresso, foi instalada no ano de 2003, a Frente Parlamentar sobre a Criação de Novos Estados e Territórios, por iniciativa dos deputados federais Ronaldo Dimas (PSDB - TO) e Sebastião Madeira (PSDB - MA). Segundo a proposta, esse seria um mecanismo para conduzir a redivisão territorial do País como forma de reduzir as desigualdades socioeconômicas e favorecer o desenvolvimento das regiões menos assistidas pelo Poder Público. A ideia é seguir o exemplo bem sucedido do estado de Tocantins.
Tocantins - estado mais novo da Federação
  Os projetos da região Norte também foram submetidos à Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR). Caso os projetos sejam aprovados, o passo seguinte é conduzir um plebiscito junto aos moradores de cada estado, com a coordenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Havendo aprovação nas urnas, a proposta é encaminhada ao Palácio do Planalto, para que a Presidência da República envie ao Congresso um projeto de lei complementar propondo a criação da nova unidade. Os argumentos desfavoráveis à criação de novas unidades se concentram nos altos custos e, segundo o artifício tem motivações políticas. O Tocantins, na época da sua criação, onerou aos cofres públicos nacionais, cerca de R$ 1,2 bilhão.
  Caso todas as novas unidades sejam aprovadas, o custo total pode chegar a R$ 20 bilhões. Os gastos são gerados pela instalação de uma sede de governo, uma assembleia legislativa, secretarias estaduais, entre outros.
Palácio Araguaia - sede do governo de Tocantins
   Além do custo de instalação, também cria-se um gasto anual entre salários e custeio que chegam a R$ 30 milhões para cada novo estado. Os senadores de cada unidade também teriam um custo adicional de R$ 150 mil só em salários anuais.
  Veja abaixo como se deu o processo de divisão do Brasil em estados durante a sua história.
COLÔNIA E IMPÉRIO
  O conceito de criação de novas unidades da federação não é novo. Desde que os portugueses invadiram a porção espanhola da América do Sul estabelecida no Tratado de Tordesilhas, forçando, inclusive à assinatura de um novo acordo, o Tratado de Madri. A partir daí, o mapa do país não parou mais de mudar.
  Em 1709, o Brasil já contava com a maior parte do território atual, mas apenas sete províncias: Grão-Pará (com a área da atual região Norte), Maranhão, Pernambuco, Bahia (os três formando o que hoje é a região Nordeste, além do Espírito Santo), Rio de Janeiro, São Paulo (compreendendo todas as atuais regiões Centro-Oeste e Sudeste, menos o Rio de Janeiro) e São Pedro (onde hoje é a região Sul).

Mapa do Brasil em 1709
  Já no final do século XVIII, várias outras províncias são criadas, com o desmembramento de São Paulo, como Goyaz, Minas Geraes e Mato Grosso, além da divisão do território da Bahia, dando origem ao Espírito Santo.
Mapa do Brasil em 1779
  Com o advento do Império, no início do século XIX, acontece a divisão das províncias do Nordeste, criando as unidades que hoje se configuram nos estados daquela região. Também no Sul, em um desmembramento de São Paulo, surge Santa Catarina. Em 1853, a porção sul da província de São Paulo foi desmembrada, criando o Paraná, como punição pela participação paulista na revolta anti-imperial de 1842. A comarca de São Francisco, foi passada para a Bahia, como punição a Pernambuco pela participação na Confederação do Equador em 1830.
Mapa do Brasil em 1853
  Em 1943, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o governo de Getúlio Vargas decide desmembrar seis territórios estratégicos de fronteira do país para administrá-los diretamente: Ponta Porã, Iguaçu, Amapá, Rio Branco, Guaporé e o arquipélago de Fernando de Noronha. Ponta Porã e Iguaçu retornam à condição original após a guerra, enquanto os quatro restantes são mantidos (Rio Branco é renomeado como Roraima e Guaporé é batizado de Rondônia, em homenagem ao Marechal Rondon).
  No ano de 1960, um território quadrangular foi desmembrado do estado de Goiás para abrigar a nova capital, Brasília, como novo Distrito Federal. Simultaneamente, o território do antigo DF foi transformado em estado da Guanabara, compreendendo apenas a cidade do Rio de Janeiro e sua área rural. Em 1975, o estado da Guanabara foi incorporado como município ao estado do Rio de Janeiro e a cidade do Rio de Janeiro passou a ser sua capital.
  Já em 1977 a porção sul do Mato Grosso foi emancipada como o novo estado do Mato Grosso do Sul, tendo como capital a cidade de Campo Grande. Em 1978 a proposição da PLP-194 da Câmara dos Deputados prevê a criação do estado de Santa Cruz, desmembrado a partir dos territórios de Minas Gerais e Bahia. No ano seguinte a proposta é rejeitada pela Mesa Diretora e arquivada. Em 22 de dezembro de 1981, foi criado o estado de Rondônia e instalado em 4 de janeiro de 1982, quando, após 16 anos, os eleitores brasileiros voltaram a eleger seus governadores estaduais pelo voto direto.
  A Constituição de 1988 deixou a estrutura das divisões como ela é hoje. Apesar de manter a definição legal de Territórios Federais, acabou com os existentes até então, elevando Roraima e Amapá à condição de estados e integrando Fernando de Noronha ao estado de Pernambuco. No mesmo ato, a porção norte de Goiás foi desmembrada como estado de Tocantins tendo como capital a cidade de Palmas.
  Veja abaixo como ficará se for aprovado cada um dos novos estados da Federação.
Gurgueia
  O estado de Gurgueia, com 87 municípios, seria desmembrado do estado do Piauí, ao sul deste e foi batizado com o nome do Rio Gurgueia. Criado, o novo estado teria uma área de 155.568 km², correspondendo a 61,85% da área total do estado do Piauí. Em seu território, morariam cerca de 645.296 habitantes, em torno de 21,46% da população estadual. A capital do novo estado seria a cidade de Alvorada do Gurgueia.
Rua de Alvorada do Gurgueia
  Esse novo Estado já contaria com uma universidade federal, a Universidade Federal do Vale do Gurgueia (UVG), com sede na cidade de Bom Jesus, já em processo de aprovação no Congresso, como desmembramento da Universidade Federal do Piauí. A região é considerada fértil para a agricultura.
Produção de soja no município de Ribeiro Gonçalves - PI
  Dividido em dois, o Piauí ainda seria maior que sete estados e o Gurgueia, maior que doze.
Carajás
  O estado de Carajás será fruto do desmembramento do Pará. Se sair do papel, Carajás, que está localizado no sudeste do Pará, terá uma população de 1,3 milhão de habitantes e 289.799 km² de área, um terço do atual estado do Pará. Será o nono maior estado e possuirá 39 municípios. A capital do novo estado seria a cidade de Marabá.
Praça em Marabá - PA
  A economia de Carajás é baseada no tripé econômico: agropecuária-indústria madeireira-exploração mineral. Outra atividade bastante desenvolvida na região é o extrativismo, principalmente dos produtos retirados da Floresta Amazônica. Nesse estado localiza-se também a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, maior usina 100% brasileira.
Maranhão do Sul
   Desmembrado do Maranhão, o Maranhão do Sul, nasceria com uma área de 150 mil quilômetros quadrados, 49 municípios e uma população de 1,1 milhão de habitantes. Sua capital seria a cidade de Imperatriz.
Imperatriz - MA
  A economia do novo Estado se baseia na indústria de ferro gusa, com algumas reservas de carvão, bauxita e calcário. A região vem se transformando, nas últimas décadas, em um novo polo agrícola, com destaque para o cultivo de arroz, soja, milho e ealgodão.
Cultivo de soja na região de Balsas - MA 
  O novo estado tem recebido grandes investimentos nos últimos anos, como a construção da Hidrelétrica de Estreito e infraestrutura de transporte, como a Ferrovia Norte-Sul, parte da Ferrovia Carajás e a Hidrovia Tocantins-Araguaia.
Tapajós
  O estado de Tapajós, é uma proposta resultante do desmembramento de uma área do noroeste e do oeste do Pará. Se sair do papel, Tapajós será o 3º maior estado brasileiro, com 29 municípios e uma população aproximada de 1,3 milhão de habitantes. Santarém, seria a capital do novo estado, que atualmente possui uma população de quase 300 mil habitantes.
Santarém - PA
  O novo estado contaria com uma universidade federal, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), com sede na cidade de Santarém.
   A economia da região é baseada na agropecuária e no extrativismo mineral e vegetal, além da atividade pesqueira.
Triângulo Mineiro
 
  O estado do Triângulo Mineiro, com 66 municípios, seria fruto do desmembramento da parte oeste de Minas Gerais e foi batizado com o nome da mesorregião Triângulo Mineiro. se criado, o novo estado terá uma área de 90.545 km². Em seu território morariam cerca de 2.159.047 habitantes. A capital do novo estado seria a cidade de Uberlândia, que atualmente possui uma população de mais de 600 mil pessoas, e já nasceria maior que nove capitais brasileiras, representando cerca de 28% da população do Triângulo.
Uberlândia - MG
  O novo estado, já contaria com duas universidades federais, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com sede na cidade do mesmo nome, e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), com sede na cidade de Uberaba.
  O Triângulo Mineiro é uma das regiões mais ricas do estado, com a economia voltada para agropecuária. As principais indústrias instaladas nessa região, relacionam-se aos setores de processamento de alimentos e de madeira, de açúcar e álcool, fumo e de fertilizantes.
  Nos últimos anos o Triângulo Mineiro é a região que mais tem recebido investimentos e mais empregos tem gerado.
  A região é marcada por eventos de grande importância nacional, como a Expozebu, em Uberaba, a Feniub, em Uberlândia, e a EXPOPEC e Carnaval, em Ituiutaba, a Feira e Exposição agropecuária anual, que tem abrangência nacional, e acontece no mês de aniversário da cidade, setembro.
Expozebu 2009 - Uberlândia - MG
Rio São Francisco
  Localizado no oeste do estado da Bahia, esse estado compreendia todas as terras baianas da margem esquerda do rio São Francisco.
  A região possui aspectos físicos peculiares, com notáveis distinções entre os demais espaços do estado da Bahia. O clima predominante é o Tropical Continental, caracterizado por dois períodos bem distintos: um verão chuvoso e um inverno seco, além de possuir áreas de Clima Semiárido. A vegetação na maior parte é uma vegetação de cerrado, e nas áreas de clima semiárido predomina a caatinga.
Vegetação de cerrado- predomina no oeste da Bahia
   Esse estado contaria com 35 municípios, uma área de 174.298 km², e uma  população de quase 1 milhão de habitantes. Barreiras poderia ser a futura capital do Estado.
Barreiras - BA
  A economia da região se baseia na agropecuária, e nos últimos anos a área se tornou uma das fronteiras agrícolas do Brasil, graças ao avanço do cultivo da soja.
Planalto Central
  O Planalto Central é uma proposta para uma nova unidade federativa do Brasil, baseada no Projeto Decreto Legislativo nº 298 de 2002. Se desmembraria dos atuais estados de Goiás, Minas Gerais e também do Distrito Federal. Sua capital seria a cidade-satélite de Taguatinga. A maior parte do estado e da população seria a parte de Goiás
Taguatinga- DF
  Se esse estado fosse aprovado, Brasília passaria a ser, exclusivamente, a capital administrativa do Brasil. O novo estado absorveria 25 municípios de Goiás e 4 de Minas.
  A área total desse Estado seria de 75.470 km² para uma população de 645.296 habitantes.
Estado da Guanabara
  A Guanabara foi um estado do Brasil de 1960 a 1975, no território do atual município do Rio de Janeiro. Em sua área, esteve localizado o antigo Distrito Federal do país (1891-1960).
Rio de Janeiro - RJ
  Se for recriado, o estado da Guanabara seria a unidade da federação com o menor número de municípios, pois iria fazer parte apenas a cidade do Rio de Janeiro.
  A área do estado da Guanabara é de 1.356 km² para uma população de 6.323.037 habitantes.
Estado do Juruá
  O Estado do Juruá é uma proposta de uma nova unidade federativa do Brasil. Formado por sete municípios, seria fruto do desmembramento do estado do Amazonas. A provável capital do novo estado seria a cidade de Eirunepé, que possui atualmente 30.666 habitantes.
Eirunepé - AM
  Inicialmente esse estado iria incorporar todas as cidades que são banhadas pelo rio Juruá, porém este projeto não foi aceito, pois pegaria áreas do estado do Acre. Com isso ficou delimitado apenas as cidades banhadas por esse rio do estado do Amazonas.
  A área total desse Estado é de 122.114 km² para uma população de 130.000 habitantes.
Estado de Solimões
  A criação do estado de Solimões iria desmembrar a parte sudoeste do estado do Amazonas. Seria composto por nove municípios e sua capital seria a cidade de Tabatinga.
Tabatinga - AM
  O novo estado teria uma área de 213.281 km² e uma população de 224.068 habitantes.
Estado do Araguaia e do Mato Grosso do Norte

7. Araguaia; 8. Mato Grosso do Norte
  O estado do Araguaia seria uma divisão do Mato Grosso. O novo Estado localiza-se na porção norte do Estado e terá como provável capital, a cidade de Barra do Garças.
Barra do Garças - MT
  Se for transformado em Estado, Araguaia terá uma população de aproximadamente 640 mil habitantes e uma área de 550 mil quilômetros quadrados, e será composto por 37 municípios.
  A principal atividade econômica da região é a agropecuária, sendo que essa área é uma das maiores produtoras de grãos do país e grande produtora de carne.
  O Mato Grosso do Norte seria composto por 47 municípios, e sua provável capital seria a cidade de Sinop.
Sinop - MT
  O argumento para criar o estado do Mato Grosso do Norte é a distância da população da região à capital estadual, Cuiabá. Já sobre a criação do Araguaia, seus defensores dizem que, ao criar o estado do Mato Grosso do Sul, no final da década de 1970, o governo agiu partindo corações, gerando decepções de um lado e esperanças do outro.
Minas do Norte
  Se for criado, esse estado compreenderá as regiões Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e do Mucuri. A área abrangida por essas regiões possui características fisiográficas bastante semelhantes às do Nordeste do Brasil.
  Esse estado poderá contar com 165 municípios. Montes Claros ou Teófilo Otoni poderão ser a possível capital.
Montes Claros - MG

   Além desses estados poderiam ser criados alguns territórios, como o Território do Marajó, do Oiapoque, Alto do Rio Negro e Fernando de Noronha.

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