terça-feira, 26 de julho de 2011

SAIBA UM POUCO SOBRE A COREIA DO SUL E A COREIA DO NORTE

  A Coreia do Sul e a Coreia do Norte dividem a extensa península de Han, no extremo leste da Ásia.
  A história da Coreia é marcada por longas dinastias, que governaram o país durante séculos. No fim do século XIX e início do século XX o país foi invadido pelo Japão, que dominou violentamente toda a península, buscando recursos naturais e a expansão do seu poder econômico.
  Derrotados na Segunda Guerra Mundial, os japoneses abandonaram a Coreia. Mas com o acirramento das tensões da Guerra Fria, a Coreia passou por uma divisão interna. Os socialistas tomaram o poder no norte, apoiados pela União Soviética e pela China, e tentaram impor seu regime ao sul, apoiado pelos Estados Unidos.
Soldados da Coreia do Sul em marcha rumo ao combate durante a Guerra do Coreia
  Em julho de 1950, tropas norte-coreanas ultrapassaram o paralelo 38, que separava a área de influência soviética da área de influência americana desde o final da Segunda Guerra Mundial, dando início à Guerra da Coreia. Temendo perder toda a região, em 1953 os Estados Unidos aceitaram um acordo para dividir a Coreia. Surgiram dois estados: a República Popular Democrática da Coreia, mais conhecida como Coreia do Norte, socialista; e a República da Coreia, também chamada de Coreia do Sul, capitalista.
Mapa da Guerra da Coreia
  A Coreia do Norte manteve a aliança com chineses e russos. Assim, pôde contar com recursos desses aliados e, em parte, aplicá-los em saúde e educação. No início da década de 1970, o analfabetismo estava erradicado e o sistema de saúde estatal atendia a toda a população.
  Nas últimas décadas, porém, o desenvolvimento de uma política militarista e armamentista, inclusive de um programa nuclear, consumiu os recursos financeiros do país, levando à redução da produção agrícola e ao empobrecimento da população. Para agravar ainda mais a situação, a ajuda soviética acabou em meados da década de 1980 e a China passou a buscar novos parceiros comerciais, isolando ainda mais o país.
Desfile militar na Coreia do Norte
  A Coreia do Sul é muito diferente da Coreia do Norte. Como se manteve aliada aos Estados Unidos, recebeu ajuda financeira e técnica. A ajuda financeira norte-americana foi generosa e incessante - superou toda a ajuda à África Subsaariana e chegou a metade da assistência a toda a América Latina no mesmo período. Isso demonstra como era importante para os Estados Unidos manter um país aliado capitalista naquela região.
  Contando com dinheiro e tecnologia industrial dos Estados Unidos, a Coreia do Sul expandiu sua economia, parcialmente destruída durante os conflitos. Suas antigas indústrias foram reconstruídas e muitas outras surgiram, diversificando a produção de mercadorias.
Porto de Seul
  As grandes transnacionais sul-coreanas, compostas de capitais estatais e privados nacionais, são denominados de chaebols e fabricam bens de consumo, como automóveis e os mais variados produtos eletroeletrônicos. São exemplo dessas empresas a Hyundai, Kia Motors, Samsung, Daewoo, Lucky Gold Star (LG).
Hyundai - exemplo de chaebol
  Nessa fase de reorganização do país, os líderes sul-coreanos investiram em educação, primeiro alfabetizando e depois oferecendo ensino básico a toda a população. Desse modo, nas décadas de 1950 e 1960 toda a população coreana teve acesso ao ensino e passou a ter qualificação necessária para trabalhar nas fábricas, que começavam a se expandir.
  Na década de 1970, quando o ensino primário já havia se estendido a toda a população, o governo coreano investiu no nível educacional secundário, profissionalizando toda a mão de obra do país. Essa fase coincidiu com a chegada de grandes investimentos japoneses e com a geração de inúmeros empregos.
  Essas políticas educacionais de grande impacto promoveram, pouco a pouco, uma profunda transformação do espaço geográfico sul-coreano.
Seul - símbolo do desenvolvimento do país
  Mas grande parte desses avanços ocorreu durante a fase em que o país era controlado por governos autoritários, frequentes até 1987. A partir daquele ano a população promoveu manifestações até conseguir que começasse a democratização da Coreia do Sul. Na década de 1990 os governantes sul-coreanos aprofundaram as mudanças na economia e passaram a atrair mais e mais transnacionais - notadamente norte-americanas e japonesas -, oferecendo menores impostos.
  A Coreia do Sul transformou-se em uma plataforma de exportação. E para poder exportar tamanha quantidade de mercadorias desenvolveu uma moderna indústria naval, responsável atualmente por 45% do mercado mundial de embarcações.
Indústria naval - a Coreia do Sul é um dos líderes desse ramo
  Entre 1980 e 1993, o PIB sul-coreano cresceu em média 9,1% ao ano, uma das taxas mais altas do mundo.
  Desde a década de 1980, o governo e as empresas sul-coreanas têm realizado pesados investimentos em pesquisas. Os conhecimentos adquiridos com esses estudos são aplicados na melhoria dos produtos e na produção de novas e lucrativas mercadorias.
LG - empresa sul-coreana que investe pesado em tecnologia
  Na atual fase da Coreia do Sul, governantes e empresários têm incentivado bastante o ensino universitário. Entre as áreas do conhecimento que mais evoluíram, destacam-se os cursos de engenharia  e de ciências em geral: os investimentos em laboratórios cresceram dez vezes em menos de vinte anos. Em consequência, cresceu muito o número de cientistas sul-coreanos com trabalhos editados.
  Uma vez exportada, a tecnologia sul-coreana garante ao país grandes saldos comerciais. Parte desses recursos é reinvestida na educação, o que proporciona mais qualificação profissional, maior renda e melhor qualidade de vida para grande parte dos habitantes da Coreia do Sul.
O governo sul-coreano investe pesado em educação
  A Coreia do Norte tem uma economia industrializada, autárquica e altamente centralizada. Dos cinco países comunistas restantes no mundo, a Coreia do Norte é um dos apenas dois (junto com Cuba), com uma economia inteiramente planejada pelo governo, e própria do Estado.
  A política de isolação da Coreia do Norte faz com que o comércio internacional seja muito restrito, dificultando um potencial significativo do crescimento da economia.
Mulheres trabalham em fábrica de calçados na Coreia do Norte
  A economia da Coreia do Norte é completamente nacionalizada, o que significa que alimentos, habitação, saúde e educação são oferecidos pelo Estado gratuitamente. A cobrança de impostos foi abolida desde 1° de abril de 1974. A fim de aumentar a produtividade da agricultura e da indústria, desde 1960, o governo norte-coreano introduziu inúmeros sistemas de gestão tais como o sistema de trabalho Taean.
  O governo norte-coreano investe pesado no setor militar, e usa a técnica de enriquecimento de urânio, inclusive o país possui armas nucleares.
Teste de míssel pelo exército da Coreia do Norte
ALGUNS DADOS SOBRE OS DOIS PAÍSES
COREIA DO SUL
NOME OFICIAL: República da Coreia
INDEPENDÊNCIA: do Japão
Declarada: 1º de março de 1919
Governo provisório: 13 de abril de 1919
Liberação: 15 de agosto de 1945
Constituição: 17 de julho de 1948
LOCALIZAÇÃO: Ásia Oriental (sul da península da Coreia)
CAPITAL: Seul
Centro financeiro de Seul
ÁREA: 99.678 km² (107°)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 48.754.657 habitantes (25º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 487,54 hab./km² (12°)
CIDADES MAIS POPULOSAS:
Seul: 10.464.051 habitantes (2009)
Seul - capital e maior cidade da Coreia do Sul
Busan: 3.574.340 habitantes (2009)
Busan - segunda maior cidade da Coreia do Sul
Incheon: 2.710.579 habitantes (2009)
Incheon - terceira maior cidade da Coreia do Sul
LÍNGUA: coreano
IDH (ONU - 2010): 0,877 (12°)
PIB (FMI - 2010): U$ 1,007 trilhão (15°)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 78,6 anos (34º)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 4,1 / mil (10°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 81% (33°)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2007/2008): 99% (19°)
MOEDA: Won
RELIGIÃO: sem religião (48,9%), budistas (23,3%), protestantes (19,8%), católicos (6,7%), outras religiões (0,9%), confucionismo (0,4%)
DIVISÃO: a Coreia do Sul é subdividida em nove províncias, seis cidades metropolitanas e uma cidade especial que é Seul (capital).
Cidade especial
1. Seul
Cidades metropolitanas
2. Busan 3. Daegu 4. Incheon 5. Gwangju 6. Daejeon 7. Ulsan
Provícias
8. Gyeonggi 9. Gangwon 10. Chungcheong do Norte 11. Chungcheong do Sul 12. Jeolla do Norte 13. Jeolla do Sul 14. Gyeongsang do Norte 15. Gyeongsang do Sul
Provícia autônoma especial
16. Jeju
COREIA DO NORTE
NOME OFICIAL: República Democrática Popular da Coreia
INDEPENDÊNCIA: do Japão
Declarada: 15 de agosto de 1945
Reconhecida: 9 de setembro de 1945
LOCALIZAÇÃO: Ásia Oriental (norte da Península da Coreia)
CAPITAL: Pyongyang
Arco da reunificação em Pyongyong
ÁREA: 120.538 km² (97°)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 24.457.492 habitantes (46º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA (ONU): 202,90 gab./km² (41°)
CIDADES MAIS POPULOSAS:
Pyongyong: 3.255.388 habitantes (2008)
Pyongyong - capital e maior cidade da Coreia do Norte
Hamhung: 768.551 habitantes (2008)
Hamhung - segunda maior cidade da Coreia do Norte
Nampo: 455.000 (2008)
Nampho - terceira maior cidade da Coreia do Norte
LÍNGUA: coreano
IDH (ONU - 2010): 0,766 (75°)
PIB (FMI - 2010): U$ 40 bilhões (95º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 67,3 anos (125º)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 48,2 / mil (134°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 63% (78°)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2007/2008): 99% (19°)
MOEDA: Won norte-coreano
RELIGIÃO: irreligião (64,31%), xamanismo (16%), chondoismo (13,5%), budismo (4,5%), cristianismo (1,69%).
DIVISÃO: a Coreia do Norte é subdividida em nove províncias, duas cidades controladas diretamente pelo Governo Central e três regiões administrativas especiais com várias designações.
1. Pyongyong 2. Região Industrial de Kaesong 3. Região Turística de Kumgang-san 4. Região Administrativa Especial de Shinuiju 5. Pyongan Sul 6. Pyongan Norte 7. Changang 8. Hwanghae Sul 9. Hwanghae Norte 10. Kangwon 11. Hamgyong Sul 12.  Hamgyong Norte 13. Ryanggang
FONTE: Tamdjian, James Onnig. Estudos de geografia: o espaço do mundo II, 9° ano / James Onnig Tamdjian, Ivan Lazzari Mendes. -- 1. ed. -- São Paulo: FTD, 2008. (Coleção estudos de geografia).

segunda-feira, 25 de julho de 2011

REGIÃO NORDESTE

  A Região Nordeste é composta por 9 estados da Federação: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.
  A área total desses nove estados compreende mais de 1.500.000 km², representando um quinto da superfície brasileira. A Região Nordeste possui a terceira maior área regional do país, sendo superada apenas pelas regiões Norte e Centro-Oeste.
  De acordo com o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a região possui uma população de 53.081.951 habitantes, perdendo apenas para a Região Sudeste, que possui 80.364.410 habitantes.
  A Região Nordeste está subdividido em quatro regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio-Norte.
ZONA DA MATA
Paisagem da Zona da Mata em Alagoas 
   A Zona da Mata engloba toda a porção oriental da Região Nordeste, voltada para o Atlântico. Foi nessas terras que os portugueses estabeleceram as primeiras ocupações efetivas da América. Durante o século XVI, a Zona da Mata foi ocupada pela cultura da cana-de-açúcar, baseada em grandes propriedades (latifúndios), nas quais o trabalho era realizado pelos escravos. 
Cultivo da cana-de-açúcar - permitiu o povoamento da Zona da Mata nordestina
  As condições naturais adequadas para o desenvolvimento da cultura canavieira eram oferecidas pelo clima tropical úmido e pelo solo de massapé, formado pela decomposição do gnaisse e do calcário. O padrão de explorações agropecuárias que se estabeleceu na Zona da Mata no início de sua colonização, acarretou contínuas derrubadas das matas.
Salvador (BA) - maior cidade da Zona da Mata
  A região da Zona da Mata apresenta altas temperaturas (médias térmicas anuais de 26°C) e elevada pluviosidade, com índices de chuvas que variam entre 1.800 a 2.000 mm anuais. As condições climáticas favoreceram o desenvolvimento da floresta tropical úmida, daí a denominação Zona da Mata.
Mata Atlântica - vegetação original da Zona da Mata
  A exploração do pau-brasil, seguido pela atividade canavieira, assim como a ocupação urbana, foram responsáveis pela intensa devastação da cobertura original dessa sub-região. Na atualidade, as porções de cobertura original encontram-se ocupadas por cana-de-açúcar, coco, cacau e pelas áreas urbanas.
  Além da produção da cana-de-açúcar e do cacau, a Zona da Mata possui importantes polos industriais.
Cacau - cultivado principalmente no sul da Bahia
  A Zona da Mata é a região mais populosa, mais urbanizada e mais industrializada.  Suas principais cidades são as capitais dos Estados banhadas pelo Atlântico Leste (Salvador, Recife, Maceió, Natal, João Pessoa e Aracaju), sendo que Salvador e Recife são as maiores concentrações urbanas dessa sub-região.
   Salvador, é uma metrópole nacional, e foi a primeira capital do Brasil. Segundo o censo do IBGE (2010), o município possui uma população de 2.675.656 habitantes, sendo o município mais populoso do Nordeste, a terceira mais populosa do Brasil e a oitava da América Latina.
Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador
  A Região Metropolitana de Salvador, ou Grande Salvador, é composta por 13 municípios (Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Simões Filho, Candeias, Dias d'Ávila, Vera Cruz, São Francisco do Conde, Itaparica, Madre de Deus, Mata de São João, São Sebastião do Passé e Pojuca), cuja população é de 3.574.804 habitantes (IBGE - 2010).
  Na Região Metropolitana de Salvador, destaca-se o Polo Petroquímico de Camaçari.
 Polo Petroquímico de Camaçari - o maior polo industrial do Nordeste
  Dentre as atividades econômicas de Salvador, as mais importantes são o setor de serviços (comércio, turismo, hotelaria, hospitais, escolas etc.) e da construção civil. Devido ser uma cidade histórica, Salvador é uma das capitais mais visitadas do Brasil.
Uma das ruas do Centro Histórico de Salvador
  Recife, é a capital estadual mais antiga do país. De acordo com o IBGE, em 2010 o município possuía uma população de 1.537.704 habitantes, sendo a terceira cidade mais populosa do Nordeste.
  A Região Metropolitana do Recife ou Grande Recife, apresenta-se como a mais populosa e densamente povoada área metropolitana do Nordeste, a quinta do Brasil e uma das 120 maiores do mundo, além de ser a terceira metrópole mais densamente habitada do país, com uma população de 3.688.428 habitantes (IBGE - 2010). É composta por 14 municípios (Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Igarassu, Abreu e Lima, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Araçoiaba, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Moreno e Itapissuma).
Praia de Boa Viagem - Recife
  Conhecida como a "Veneza brasileira", Recife foi eleita por pesquisa encomendada pela Master Card Worldwide como uma das 65 cidades com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes no mundo. Apenas cinco cidades brasileiras entraram na lista, tendo Recife recebido a quarta posição, após São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e à frente de Curitiba.
  Recife destaca-se por possuir o mais importante polo médico do Norte/Nordeste; um grande polo tecnológico, o Porto Digital, que abriga várias empresas multinacionais; uma forte indústria de construção civil: a cidade detém um grande número de arranha-céus em comparação a outras capitais do país.
Recife - PE
  Com um grande potencial turístico e forte vocação para o turismo de negócios, frequentemente a cidade é escolhida como sede de diversos eventos, como simpósios, jornadas e congressos. O Aeroporto Internacional de Recife é o maior do Nordeste em capacidade anual de passageiros e está entre os mais modernos do país. Na Grande Recife, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, encontra-se o Porto de Suape, um dos mais movimentados do país.
Aeroporto dos Guararapes em Recife
  Maceió, de acordo com o censo do IBGE 2010, possui uma população de 932.748 habitantes, sendo a quinta mais populosa cidade nordestina. A Região Metropolitana de Maceió, possui uma população de 1.160.393 habitantes e é composta por 11 municípios (Maceió, Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba).
Maceió - AL
  O município é rico em sal-gema e tem um setor industrial diversificado (indústrias químicas, açucareiras e de álcool, de cimento e alimentícias), além da agricultura, pecuária e extração de gás natural e petróleo. Alagoas é um dos maiores produtores de gás natural do Brasil.
 Orla marítima de Maceió
  Natal, de acordo com o censo do IBGE (2010), possui uma população de 803.739 habitantes. Sua região Metropolitana reúne 10 municípios (Natal, São Gonçalo do Amarante, Extremoz, Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Nísia Floresta, São José de Mipibu, Monte Alegre e Vera Cruz), possuindo uma população de 1.350.840 habitantes.
Praia de Ponta Negra - Natal
  A economia da cidade está assentada no turismo e na indústria têxtil. Natal é sede da segunda maior loja de departamentos do Brasil, a Riachuelo. A cidade possui diversos shoppings centers, sendo os principais o Midway Mall, o Natal Shopping e o Norte Shopping. Devido à grande quantidade de supermercados e principalmente de hipermercados, Natal está sendo chamada pelos empresários de "paraíso dos supermercados". Nos últimos anos, foram inaugurados vários hipermercados de grande porte, como o Carrefour, o Extra, o Sam's Club, Bom Preço e Atacadão.
Shopping Midway Mall - maior shopping do RN
  João Pessoa, capital da Paraíba, possui uma população de 723.515 habitantes (IBGE - 2010), e é conhecido como "Porta do Sol", devido ao fato de no município estar localizado a Ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas e, portanto, conhecida como "A cidade que o Sol nasce primeiro na Américas".
Ponta do Seixas - ponto mais oriental das Américas
  A Região Metropolitana de João Pessoa é composta por 12 municípios (João Pessoa, Alhandra, Bayeux, Caaporã, Cabedelo, Conde, Cruz do Espírito Santo, Lucena, Mamanguape, Pitimbu, Rio Tinto e Santa Rita), possuindo uma população de 1.171.641 habitantes (2010). O turismo é um grande produtor de renda e gerador de empregos, além do comércio, que também possui grande participação econômica na cidade. João Pessoa possui um parque industrial complexo, formado por diversos segmentos: alimentos, automobilístico, bebidas, cimento, têxteis, calçados etc.
João Pessoa - PB
  Aracaju, capital de Sergipe, segundo o censo do IBGE (2010), possui uma população de 571.149 habitantes. É apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste, como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do país e a capital com menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde.
Aracaju - SE
  A Região Metropolitana de Aracaju é composta por quatro municípios (Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão), possuindo uma população de 835.564 habitantes (2010). Os serviços, a indústria e o turismo são a base da economia aracajuana.
  O turismo foi a atividade econômica que teve o maior crescimento nas últimas décadas na Zona da Mata. Esse crescimento se deu graças à melhoria da infraestrutura de portos, aeroportos, da rede rodoviária e hoteleira, bem como pelas belíssimas paisagens e a presença de dias ensolarados na maior parte do ano, além de uma maior divulgação nos meios de comunicação por parte dos governos estaduais e municipais.
Praia de Pipa, em Tibau do Sul - RN. Uma das praias mais visitadas do Estado do RN
AGRESTE
Guarabira - PB
  É a região de transição entre a Zona da Mata, bastante úmida, e o semiárido, região bastante seca. Como o Agreste se encontra entre dois domínios distintos, suas características físicas englobam uma mescla das sub-regiões vizinhas. Possui solos profundos (latossolos e argissolos), com relevo extremamente variável, associados a solos rasos (litossolos), relativamente férteis, vegetação variável com predominância de vegetação caducifólia.
Serra da Raiz - PB
  Nas porções voltadas para a Zona da Mata, predomina o clima mais úmido, com presença de espécies típicas da floresta tropical; nas porções voltadas para o oeste, há maior aridez e espécies também encontradas na caatinga, que é a vegetação típica do sertão nordestino. Devido ser área de transição, está sujeita a secas, cuja precipitação pluviométrica varia entre 300 e 1.200 mm/ano, oscilando predominantemente entre 700 e 800 mm/ano.
Areia - PB
  No Agreste, predominam os minifúndios dedicados à produção de subsistência e a pecuária leiteira, sendo o excedente comercializado na região da Zona da Mata. Outra característica marcante do Agreste e que contribuiu para o seu povoamento, é a realização das feiras-livres, que duram até os dias de hoje.
Feira-livre
  O Agreste possui os maiores festivais de São João do Mundo, se destacando o de Campina Grande e Caruaru. Estes festivais se centram na figura do milho, que é o único dos grandes cerais nativo da América e era a base alimentar dos Incas. Etno-culturalmente, o Agreste está mais próximo da cultura e etnografia do Sertão que da Zona da Mata.
  As principais cidades do Agreste são: Campina Grande (PB), Caruaru (PE), Arapiraca (AL) e Feira de Santana (BA).
Campina Grande - PB
  Campina Grande é conhecida como cidade universitária, pois conta com 16 universidades, sendo três delas públicas. Além do ensino superior, o município oferece capacitação para o nível médio e técnico. De acordo com o censo do IBGE (2010), o município de Campina Grande possui uma população de 385.213 habitantes.
  A revista norte-americana Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, nove cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico. O Brasil está presente na lista com Campina Grande, que foi a única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o "Vale do Silício brasileiro", graças, além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto.
São João de Campina Grande
  Segundo a revista, o motivo para o sucesso foi a Universidade Federal da Paraíba, Campus II (que em 2002 tornou-se Universidade Federal de Campina Grande). Desde 1967, quando os acadêmicos conseguiram apoio para comprar o primeiro computador do Nordeste, um mainframe IBM, criou-se uma tradição na área de computação que hoje tem reconhecimento em todo o mundo.
Antigo Núcleo de Processamento de Dados da UFCG. O primeiro computador em universidades do Norte-Nordeste do Brasil (um IBM 1130), foi instalado aqui, em 1967. 
  Caruaru é a cidade mais populosa do interior do Estado de Pernambuco. De acordo com o censo de 2010, o município possui uma população de 314.912 habitantes, e devido à sua importância regional é conhecida como "Capital do Agreste" e "Princesinha do Agreste".
Caruaru - PE
  Distante cerca de 130 km de Recife, é também chamada de "A Capital do Forró", devido o seu tradicional São João. A festa dura 30 dias e toma o mês de junho inteiro, por vezes até adentrando os meses de maio e julho.
  O ponto central da economia é o comércio, notadamente as feiras livres de confecções. A feira localizada próximo ao rio Ipojuca congrega feiras de ervas, legumes e verduras, calçados e produtos eletrônicos, além de artesanato e os mercados de farinha e carne. Outra feira livre de destaque é a do bairro do Salgado, sazonal. A Feira da Sulanca é outro ponto forte de Caruaru. É conhecida como a maior feira livre do mundo. Ao lado de Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, ambas em Pernambuco, Caruaru é a maior produtora de confecções do Nordeste.
Pátio da Feira da Sulanca em Caruaru
  Arapiraca é a principal cidade do Agreste alagoano. De acordo com o censo de 2010, o município possui uma população de 210.006 habitantes. Na década de 1970, Arapiraca ficou conhecida como a "Capital do Fumo", por ser o maior produtor de tabaco do país.
Arapiraca - AL
  A cultura do fumo teve importância fundamental para a elevação de Arapiraca a categoria de município, uma vez que o conhecido "ouro verde" brotava nos latifúndios das tradicionais famílias que resolveram se estabelecer no local. Paralelo ao desenvolvimento da cultura fumageira, Arapiraca desenvolveu uma feira livre, que funciona às segundas-feiras, onde comerciantes locais e de municípios vizinhos mantém bancas onde se oferecem uma infinidade de mercadorias.
Avenida Rio Branco - centro de Arapiraca
  Feira de Santana é a maior cidade do interior do Nordeste. De acordo com o censo de 2010, o município conta com uma população de 556.642 habitantes.
Feira de Santana - BA
  A economia de Feira de Santana é diversificada, com destaque para a pecuária bovina, os setores comercial e industrial. O setor de serviços é bastante forte, e o município abriga a Universidade Estadual de Feira de Santana e várias universidades particulares. As indústrias que se destacam são de transformação, alimentícias, de produção de biodiesel, além de contar com uma fábrica de aviões ultraleves.
Paisagem típica dos arredores de Feira de Santana
SERTÃO
  O Sertão é a maior das sub-regiões do Nordeste, estendendo-se pelos estados da região, excetuando-se o Maranhão. Compreende uma extensa área sujeita ao clima tropical semiárido e ao domínio da vegetação da caatinga.
  Nos séculos XVII e XVIII, a ocupação portuguesa do Sertão foi intensa, primeiro com a expansão da pecuária e depois pelo cultivo do algodão por pequenos agricultores. Formava-se aí uma estrutura social bem diferente daquela da Zona da Mata.
Vaqueiro - personagem típico do Sertão
  Enquanto, no litoral, o predomínio era da grande propriedade escravocrata, no Sertão, os agricultores do algodão utilizavam as terras dos grandes pecuaristas para estabelecerem seus sítios. Em troca pelo uso da terra, parte da produção e a comercialização do algodão ficava sob o controle dos grandes fazendeiros.
Cultivo do algodão - atividade que contribuiu para o povoamento do Sertão
  Além do gado bovino curraleiro ou "pé-duro", como é mais conhecido no Sertão, e do jumento, destaca-se na atividade pecuária sertaneja a criação de cabras e ovelhas. Dentre as raças de caprinos, a cabra Canindé é a mais importante, por causa de sua produção leiteira.
Caprinocultura - atividade bastante desenvolvida no Sertão
  A maior parte dos rios que atravessam o território sertanejo são intermitentes. No período de estiagem, eles secam, devido à presença de solos impermeáveis, que dificultam a infiltração da água e à intensa evaporação. Assim, o abastecimento de água fica comprometido durante longos períodos, o que prejudica o desenvolvimento econômico de muitos municípios. A intermitência dos rios também interfere na agricultura e na pecuária regional.
Rio Carnaúba, em Carnaúba dos Dantas (RN) durante a estação seca
  Nos últimos anos, novas atividades econômicas vêm-se desenvolvendo no Sertão nordestino. A construção de barragens, propiciou, por meio da irrigação artificial, o cultivo de produtos, que são, na maior parte, destinados à exportação. Dentre essas áreas se destacam o Vale do São Francisco  (PE/BA) e o Vale do Piranhas-Açu (RN).
Barragem Eng° Armando Ribeiro Gonçalves - Açu (RN)
  Há também a exploração petrolífera, principalmente na região Oeste do Rio Grande do Norte e leste do Ceará, com destaque para os municípios de Mossoró e Macau, ambos no RN. Nesses municípios também se destaca a produção de sal marinho que, junto com outros municípios potiguares, respondem por mais de 95% da produção nacional.
  O maior polo geopolítico e civilizacional do Sertão, fica na parte mais setentrional e costeira, e é a única capital nordestina que se encontra nessa sub-região. Há também importantes cidades polos e centros urbanos que exercem significativa influência na região, tais como: Petrolina, Serra Talhada, Arcoverde e Araripina, em Pernambuco; Patos, Souza, Pombal, Catolé do Rocha, Itaporanga e Cajazeiras, na Paraíba; Vitória da Conquista, Juazeiro, Jequié, Barreiras, Paulo Afonso e Jacobina, na Bahia. Picos, no Piauí; Juazeiro do Norte, Sobral, Icó e Crato, no Ceará; e Mossoró e Caicó, no Rio Grande do Norte. Os únicos estados sertanejos que não possuem polos notáveis são Sergipe e Alagoas, pois nesses estados, o Sertão atinge suas menores áreas e populações.
Árvore típica do Sertão, o umbuzeiro
  Fortaleza possui, segundo o censo do IBGE (2010), uma população de 2.452.185 habitantes, sendo, portanto, a segunda cidade mais populosa do Nordeste e a quinta do Brasil. A Região Metropolitana de Fortaleza é composta por 15 municípios (Fortaleza, Caucaia, Aquiraz, Pacatuba, Maranguape, Maracanú, Eusébio, Guaiúba, Itaitinga, Chorozinho, Pacajus, Horizonte, São Gonçalo do Amarante, Pindoretama e Cascavel), possuindo uma população de 3.655.259 habitantes (2010).
Fortaleza - CE
  Dentre as capitais do Nordeste, Fortaleza é a que possui o segundo maior PIB, sendo superado apenas por Salvador. O comércio diversificado é o maior gerador de riquezas da economia de Fortaleza. A principal área de comércio é o Centro da cidade. Ao redor do Porto de Pecém está sendo estruturado o Complexo Industrial e Portuário Pecém, que abrigará uma siderúrgica e uma refinaria.
Complexo Portuário de Pecém
  O Distrito Industrial de Maracanaú abriga boa parte das indústrias da metrópole. O turismo e a expansão imobiliária são os principais mercados dos municípios com litoral.
Distrito Industrial de Maracanaú
  Petrolina, em Pernambuco, é outro importante município do Sertão. De acordo com o censo do IBGE (2010), o município contava com uma população de 293.962 habitantes.
Petrolina - PE
  A Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro, é a maior exportadora de frutas e o segundo maior polo vitivinicultor do Brasil. Essa região engloba os seguintes municípios: Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó e Cabrobró (PE) e Juazeiro, Casa Nova, Curaçá e  Sobradinho (BA). Essa área possui uma população, segundo dados do IBGE (2010), de 717.413 habitantes. Petrolina foi reconhecida como a maior rede hoteleira da região turística do sertão do São Francisco e Pajeú.
Ponte sobre o rio São Francisco que separa Juazeiro de Petrolina
  Juazeiro, junto com Petrolina, forma o maior aglomerado urbano do semiárido. De acordo com o censo do IBGE (2010), o município contava com uma população de 197.984 habitantes.
Juazeiro - BA
  A base da economia é a agricultura, e junto com  Petrolina, é o maior centro produtor de frutas tropicais do país, com destaque para a manga, uva, melancia, melão, coco, banana, dentre outras. Juazeiro dispõe de um importante distrito industrial, o Distrito Industrial do São Francisco (DISF), com indústrias diversas e outros tipos de empresas.
Área agrícola no Vale do São Francisco
  Vitória da Conquista é a terceira cidade mais populosa da Bahia. De acordo com o censo do IBGE (2010), o município contava com uma população de 306.374 habitantes, e é considerada uma capital regional, devido influenciar mais de 80 municípios baianos e 16 municípios do norte de Minas Gerais. Possui um dos PIBs que mais crescem no interior baiano, e tem uma economia baseada no comércio e no turismo.
Vitória da Conquista - BA
  Barreiras, é um município localizado no oeste do estado da Bahia. De acordo com o IBGE (2010), o município possuía uma população de 137.428 habitantes. A cidade é um importante polo agropecuário e o principal centro urbano, político, educacional, tecnológico, econômico, turístico e cultural do oeste da Bahia. Barreiras, junto com as suas cidades circunvizinhas, compõe a maior região agrícola do Nordeste, além da agricultura irrigada familiar presente no município, com destaque para a produção de frutas.
Barreiras - BA
  Além dessas potencialidades, o município oferece uma intensa atividade comercial, que abastece toda a região num raio de 300 km. Graças ao desempenho nos setores do comércio e serviços, Barreiras é conhecida pela força do seu agronegócio, e desponta como uma das mais promissoras da Bahia e do país, graças à introdução, nas últimas décadas, do cultivo da soja.
Cultivo de soja em Barreiras - BA
  Patos, na Paraíba, é outro importante município do Sertão. A cidade contava em 2010, com uma população de 100.732 habitantes. Localizada no Pediplano Sertanejo, Patos se apresenta como um importante polo comercial, detendo um grande e diversificado número de serviços. Cidade rica em minério e centro de comercialização da agricultura regional, possui várias indústrias, com destaque para as de calçado, extração de óleos vegetais e beneficiamento de algodão e cereais.
Patos - PB
  Mossoró, é o segundo município mais populoso do Rio Grande do Norte, contando em 2010, com uma população de 259.886 habitantes. Atualmente, o município vem passando por um intenso crescimento econômico e de infraestrutura e é considerada uma das cidades de médio porte do Brasil mais atraente para investimentos no país.
Mossoró - RN
  O município é o maior produtor de petróleo em terra do país e também maior exportador brasileiro de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, é outro atrativo econômico do município. As festividades realizadas na cidade anualmente, atraem uma enorme quantidade de turistas. Destaque para o Mossoró Cidade Junina, uma das maiores festas de São João do país, e o Auto da Liberdade, o maior espetáculo brasileiro em palco ao ar livre.
  Reduto cultural, o município é marcado por vários acontecimentos históricos: o motim das mulheres, pelo primeiro voto feminino, por ter libertado seus escravos cinco anos antes da Lei Áurea e pela resistência histórica da cidade ao bando de Lampião.
Espetáculo Chuva de balas no país de Mossoró
  Caicó, é outra importante cidade do Sertão do Rio Grande do Norte. De acordo com o censo do IBGE (2010), o município contava com uma população de 62.727 habitantes, sendo a sétima maior cidade do Estado. A mais importante atividade econômica foi o beneficiamento do algodão. Atualmente, o meio rural sobrevive da agricultura familiar e da produção de leite, carne-de-sol e de queijos (de manteiga e de qualho). Caicó possui o maior rebanho de bovinos e a maior produção leiteira do Rio Grande do Norte.
Caicó - RN
  A cidade destaca-se ainda por ser o maior polo de produção de bonés do Nordeste, além da produção de bordados artesanais típicos, que são valorizados no mercado interno e externo. A cidade possui várias indústrias de beneficiamento de alimentos, como de laticínios, café, arroz, milho, sorvetes e panificação. A produção de cachaças já se destaca a nível nacional. Destaca-se ainda a produção de produtos à base de argila, como tijolos, lajotas e telhas. 
Queijo - uma das especialidades de Caicó
  Juazeiro do Norte, graças à figura de Padre Cícero, é considerado um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina, atraindo milhões de romeiros todos os anos. A cidade conta com uma população de 249.936 habitantes (2010).
Estátua de Padre Cícero em Juazeiro do Norte - CE
  Juazeiro do Norte faz parte da Região Metropolitana do Cariri, que surgiu a partir da conurbação entre os municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, denominada Crajubar. Essa região metropolitana engloba nove municípios (além de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, fazem parte Caririaçu, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri), e de acordo com o censo do IBGE (2010), a população dessa região é de 537.860 habitantes.
Juazeiro do Norte - CE
  A Região Metropolitana do Cariri tem como área de influência a região sul do Ceará e a região da divisa entre o Ceará e Pernambuco. A economia dessa região é baseada, principalmente no comércio informal. Próximo às divisas com os municípios de Crato e Barbalha, foi criado um Distrito Industrial, que se destaca como o maior polo calçadista do Norte/Nordeste e o terceiro do país.
Crato - CE
  Sobral, também no Ceará, possui uma população de 188.271 habitantes (2010), e tem sua economia baseada na agricultura, na pecuária, na mineração e nas indústrias de calçados, refrigerantes e cimento.
Sobral - CE
MEIO-NORTE
  O Meio-Norte se caracteriza por ser uma faixa de transição entre dois biomas muito diferentes: o Sertão nordestino e o domínio da Floresta Amazônica. Essa sub-região abrange parte do estado do Piauí e todo o estado do Maranhão.
  Ao nos dirigirmos do Sertão para o oeste, rumo à Amazônia, o clima vai se tornando cada vez mais úmido e a vegetação vai se alterando em função do clima. Em sequência à caatinga, predomina o cerrado e, em seguida, surgem nessa transição diversos tipos de palmeiras, como o babaçu e a carnaúba, o que faz com que a vegetação dessa sub-região seja conhecida como Mata dos Cocais ou Floresta de Palmáceas.
Babaçu - árvore símbolo da Mata dos Cocais
  O aproveitamento econômico das áreas com babaçu e carnaúba se dá por meio do extrativismo e do cultivo organizado. Além dessas espécies, há o aproveitamento do palmito extraído da pupunheira.
  O avanço da agricultura ocorre sobretudo com a soja, o arroz, o milho e o algodão. A produção de soja, algodão e milho concentra-se no sul dessa sub-região, que faz parte do cerrado nordestino. Desde 1992, quando começou a funcionar o Corredor de Exportação Norte, toda a produção agrícola do sul do Maranhão passou a escoar pelo Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, por um longo trecho da estrada de ferro operado pela Companhia Vale do Rio Doce.
Cultivo de soja - um dos produtos de maior crescimento no Meio-Norte
  O cultivo nessa área é realizado em fazendas altamente mecanizadas, com os melhores índices de produtividade agrícola por hectare no Brasil. Na pecuária, se destaca a criação de bovinos no Piauí, em áreas de cerrado. A indústria é mais forte e diversificada na Região Metropolitana de São Luís e na Grande Teresina. As principais cidades dessa sub-região são São Luís e Imperatriz, no Maranhão e Teresina, no Piauí.
Terminal Ponta da Madeira em São Luís (MA)
  São Luís é a única cidade brasileira fundada por franceses. De acordo com o censo do IBGE (2010), a cidade contava com uma população de 1.027.098 habitantes, o que o torna o 15° município mais populoso do Brasil e o 4° do Nordeste. A Região Metropolitana de São Luís, também conhecida como Grande São Luís, é composta por cinco municípios (São Luís, Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar e Alcântara) e possui, segundo o censo do IBGE (2010), uma população de 1.328.194 habitantes.
São Luís - MA
  A capital maranhense tem um desenvolvido setor industrial por conta de grandes corporações e empresas de diversas áreas que se instalaram na cidade por causa de sua privilegiada posição geográfica, localizada entre as regiões Norte e Nordeste. Seu litoral estrategicamente localizado bem mais próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiros como a Europa e os Estados Unidos, permite economia de combustíveis e redução no prazo de entrega de mercadorias proveniente do Brasil pelo Porto de Itaqui, que é o segundo mais profundo do mundo e um dos mais movimentados, sofisticados e bem estruturado para o comércio exterior no Brasil.
Porto de Itaqui em São Luís
  Tudo isso aliado a ligação por linha férrea da capital São Luís ao interior do estado e aos estados vizinhos do Pará, Tocantins e Piauí, o que facilita e barateia a escoação agrícola vinda do interior do país para o porto de Itaqui, sendo que, com a conclusão da Ferrovia Norte-Sul a cidade vai estar interligada a todas as regiões brasileiras por ferrovias, por rodovia e por ar.
  A economia de São Luís baseia-se na indústria de transformação de alumínio, alimentícia, turismo e nos serviços. A cidade sedia duas universidades públicas e vários centros de ensino e faculdades particulares.
Ferrovia Norte-Sul
  Teresina localiza-se no centro-norte do Piauí e é a única capital nordestina que não é banhada pelo oceano Atlântico. De acordo com o censo do IBGE (2010), a cidade contava com uma população de 814.439 habitantes. A Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina é composta por 14 municípios (Teresina, Altos, Beneditinos, Coiavaras, Curralinhos, Demerval Lobão, José de Freitas, Lagoa Alegre, Lagoa do Piauí, Miguel Leão, Monsenhor Gil, Nazária, União e Timon) que possui uma população de 1.142.912 habitantes (2010).
Teresina - PI
  Fundada em 1852, Teresina foi a primeira capital planejada do Brasil. Sua economia se baseia na indústria, destacando-se a indústria têxtil e de confecções, que exporta para outras regiões e gera milhares de empregos. Há ainda montadoras de bicicletas, indústrias de bebidas, medicamentos, química, móveis e cerâmica, entre outras. A construção civil merece destaque por ser um setor em rápida expansão, devido à verticalização da cidade nos últimos 15 anos. Teresina é a terceira cidade onde mais acontecem sequências de descargas elétricas no mundo. Por essa razão a região recebe a curiosa denominação de "Chapada do Corisco".
Verticalização de Teresina - gerando emprego na construção civil
  Imperatriz é o segundo município mais populoso do Maranhão. Segundo o censo do IBGE (2010), o município contava com uma população de 247.553 habitantes. A cidade é sede da Região Metropolitanado Sudoeste Maranhense, que, segundo o censo do IBGE (2010) a população dessa região é de 336.474 habitantes, distribuída por oito municípios (Imperatriz, João Lisboa, Senador La Rocque, Buritirana, Davinópolis, Governador Édison Lobão, Montes Altos e Ribamar Fiquene).
Imperatriz - MA
  Imperatriz é o maior entroncamento comercial, energético e econômico do Maranhão, sendo ainda o segundo maior centro populacional, econômico, político e cultural do estado, possuindo um posicionamento estratégico útil, não só ao estado, mas também para todo o norte do país. O município está num cruzamento entre a soja de Balsas, no sul do Maranhão, a extração de madeira na fronteira com o Pará, a siderurgia em Açailândia e a agricultura familiar no resto do estado, com destaque para a produção de arroz e também das futuras potencialidades como a produção de energia e celulose, com a implantação da hidroelétrica de Estreito, Serra Quebrada e da fábrica da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz.
Obras da Usina Hidrelétrica de Estreito
FONTE: Araújo, Regina. Observatório de geografia: 7º ano: território brasileiro / Regina Araújo, Ângela Corrêa da Silva, Raul Borges Guimarães. - São Paulo: Moderna, 2009.

ADSENSE

Pesquisar este blog