terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

PAÍSES ASIÁTICOS COM ECONOMIA BASEADAS NA AGROPECUÁRIA

   Nesse conjunto de países, a maior parte da população economicamente ativa dedica-se à atividade agropecuária e é, portanto, rural. Seu PIB apresenta forte participação (e até predomínio) desse setor de produção.
  A produção agrícola é variada, podendo-se distinguir os cultivos destinados à alimentação da população e à exportação. Entre os produtos alimentares, destaca-se principalmente o arroz, base da alimentação em Bangladesh, Camboja, Laos, Myanmar  Sri Lanka e Vietnã. Já no Butão, em Nepal e na Mongólia, devido às características climáticas (clima subtropical e frio de alta montanha), são cultivados trigo, batata, frutas, cevada, centeio, aveia e, em algumas áreas ao sul do Butão e do Nepal, arroz, milho, cana-de-açúcar e tabaco.
Cultivo de arroz no Vietnã
  Arroz, cana-de-açúcar, milho, borracha natural, chá, banana, algodão, tabaco e amendoim fazem parte das exportações desses países, principalmente os de clima equatorial quente e úmido.
  A criação de gado inclui os búfalos, muito utilizados na lavoura para puxar arado e no transporte de carga, além de fornecer leite para a população. São criados gados bovino e suíno e aves; nas áreas mais secas e frias, gado caprino e ovino. Na Mongólia, o pastoreio nômade apresenta grande expressão e tradição, incluindo-se aí a criação do iaque (espécie de boi selvagem das regiões montanhosas da Ásia Central).
Iaque - animal típico de regiões montanhosas da Ásia
  Nos países litorâneos, a pesca marítima é uma atividade que se destaca, constituindo uma importante fonte de alimentação para a população. A pesca fluvial, principalmente na bacia do Rio Mekong, que abrange terras do Vietnã, do Camboja e do Laos, também não pode ser desprezada.
  Porém, a economia desses países não se restringem apenas à agropecuária. Há também indústrias de transformação (têxteis, alimentares, de móveis, vestuário etc.), e em alguns setores mais complexos, como refinarias de petróleo, usinas hidrelétricas, indústrias químicas, mecânicas, metalúrgicas etc., além do extrativismo mineral.
  Alguns países desse grupo são grandes plantadores de papoula, planta da qual se extrai o ópio, droga que tanta desgraça tem causado em todo o mundo. Esse produto origina-se principalmente das plantações realizadas no Afeganistão, em Myanmar,  na Tailândia e no Laos, na região montanhosa e fronteiriça desses países, conhecida como "triângulo da heroína", e é distribuído em todo o mundo pelo narcotráfico.
Policiais de Myanmar destroem plantação de papoula
  A exemplo do que ocorre na Bolívia, no Peru e na Colômbia, onde os camponeses plantam a coca, da qual é extraída a cocaína, na Ásia, muitos camponeses optaram pelo plantio da papoula, pois essa cultura é mais vantajosa financeiramente. A solução desse grave problema está relacionada à necessidade de os governos desses países adotarem políticas públicas que visem à elevação do nível de vida das populações rurais, enfim, a inclusão social de milhões de famílias que vivem na condição de miséria e pobreza.
  Entre os países que fazem parte desse conjunto existe uma característica social comum: a pobreza de grande parcela da população (fome ou subnutrição, baixa renda, baixo nível de instrução, elevadas taxas de mortalidade infantil, precárias condições de saneamento básico, analfabetismo etc.
A pobreza é um dos graves problemas da Ásia
TIMOR LESTE
  Conhecido como "Timor do Sol Nascente", o Timor Leste é um dos mais novos países do mundo. Foi colonizado por Portugal até 1975 e, com a saída portuguesa da região, houve uma indefinição nos rumos do poder. A partir desse contexto, desenvolve-se a Fretilin (Frente Revolucionária do Timor Leste Independente), a qual derrota o grupo timorense que tinha planos de integração à Indonésia.
História
  No ano de 1975, tropas indonésias invadiram o Timor Leste, conseguindo sua anexação à região como sua 27ª província, no ano seguinte. Esse domínio indonésio sobre a região nunca foi reconhecido pela ONU, e provocou conflitos entre o exército da Indonésia e os revolucionários da Fretilin.
  Com a derrota do movimento pró-independência, o Timor Leste foi anexado à Indonésia. A intransigência da Indonésia chegou ao ponto de proibir a população da ilha de falar o português, além de perseguir, torturar e prender aqueles que defendiam a independência da ilha.
Soldado australiano observa incêndio provocado por milícias indonésias
  Inconformada com a situação, a ONU organizou, em 1999, um plebiscito, aceito pela Indonésia, por meio do qual os timorenses teriam a oportunidade de escolher seu futuro, como um povo soberano, ou, se assim quisessem, continuar atrelados ao governo indonésio.
  O resultado foi que 80% da população optou pela independência. Mas os piores dias foram os que se seguiram ao plebiscito. Inconformado com a derrota nas urnas, o governo da Indonésia armou milícias na própria ilha, espalhando o terror entre a população, e muitos timorenses foram assassinados.

Milícias indonésia

  A ONU organizou Forças de Paz e teve papel essencial na expulsão das tropas da Indonésia e na manutenção da ordem e reconstrução do país. Nesse processo, o Brasil enviou soldados ao Timor Leste com o intuito de ajudar na sua reconstrução. Hoje, o Timor Leste é um dos oito países de língua portuguesa no mundo.

  Dois timorenses ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1996: Carlos Ximenes Belo e José Ramos Horta, porque lutaram por uma solução pacífica para o conflito em Timor Leste, ocupado pela Indonésia em 1975 e libertado em 1999. José Ramos Horta foi eleito presidente do Timor Leste no ano de 2007.
Carlos Ximenes Belo

Geografia
  A ilha do Timor Leste, caracteriza-se pela existência de uma crista central montanhosa de orientação leste-oeste, que divide o país na costa norte, mais quente e irregular, e a costa sul, com planícies de aluvião e um clima mais moderado. O ponto mais alto do país, o monte Tatamailau, possui uma altitude de 2.960 metros.
  Apesar de ser um país tropical, a morfologia do território contribui para o aumento da amplitude térmica anual, que varia entre 15ºC nas regiões montanhosas e 30ºC em Díli (capital do país) e na ponta leste da ilha.
Monte Tatamailau - ponto mais elevado do Timor Leste
Economia
  O Timor Leste é tido como um dos países mais pobres do mundo, e enfrenta uma série de problemas na tentativa de reconstruir sua economia após a devastação infligida sobre o país após a independência. A diminuição da ajuda internacional fez com que o PIB do país sofresse uma contração, aumentando a desigualdade social e a pobreza na ilha.
  Sob liderança internacional, muito do setor da agricultura timorense de razoável eficiência, foi convertida de colheitas de subsistência para colheitas de renda, em uma tentativa de criar uma economia voltada para a exportação. Essa opção tem falhado devido aos baixos preços dos produtos agropecuários no mercado internacional nas culturas escolhidas para a exportação, como é o caso do café. Por causa dessa política e sentindo a falta de suas antigas colheitas de subsistência, o Timor Leste vem enfrentando, nos últimos anos, uma carência crônica de alimentos.
Aldeia rural nas montanhas do Aileu, em Timor Leste
  Esperanças de um futuro melhor estão depositadas no desenvolvimento da exploração de petróleo no oceano, na exportação de produtos agrícolas e na entrada do país no bloco dos Tigres Asiáticos.
ALGUNS DADOS SOBRE O TIMOR LESTE
NOME: República Democrática do Timor Leste
CAPITAL: Díli
Orla marítima de Díli - capital do Timor Leste
LÍNGUA OFICIAL: português e tétum
GOVERNO: República Parlamentarista

INDEPENDÊNCIA:
De Portugal: 28 de novembro de 1975
Fim da ocupação da Indonésia: 20 de maio de 2002
GENTÍLICO: timorense
LOCALIZAÇÃO: parte ocidental da ilha do Timor, no Sudeste Asiático
ÁREA: 14.874 km² (155º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 1.108.777 habitantes (151º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 74,5 hab./km² (98°)
CIDADES MAIS POPULOSAS: 
Díli (Estimativa 2012): 203.563 habitantes
Díli - capital e maior cidade do Timor Leste
Same (Estimativa 2012): 33.563 habitantes
Same - segunda cidade mais populosa do Timor Leste
Suai (Estimativa 2012): 25.736 habitantes
Suai - terceira cidade mais populosa do Timor Leste
PIB (FMI - 2011): US$ 4,315 bilhões (149º)(2010):  habitantes
IDH (ONU - 2011): 0,495 (147º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 60,8 anos (150º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 3,5% (5°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 82,09/mil (168°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 27,9% (166°)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 58,6% (151°)
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 3.949 (104°)
MOEDA: Dólar americano
RELIGIÃO (2010): os principais grupos religiosos do Timor Leste são: católicos (90%), islâmicos (4%), protestantes (3%), hindus (0,5%), budistas e animistas (2,5%).
DIVISÃO: o Timor Leste está subdividido em 13 distritos administrativos, cada um com uma capital, e que mantêm, com poucas diferenças, os limites dos 13 concelhos existente. O país também é formado por 67 subdistritos. Os subdistritos são divididos em 498 sucos, compostos por uma localidade sede. Os distritos são: 1. Lautém; 2. Baucau; 3. Viqueque; 4. Manatuto; 5. Díli; 6. Aileu; 7. Manufahi; 8. Liquiçá; 9. Ermera; 10. Ainaro; 11. Bobonaro; 12. Cova Lima; 13. Oecusse.
MONGÓLIA
  A Mongólia é um país sem costa marítima. Faz fronteira com a Rússia, no norte, com a República Popular da China, no sul, leste e oeste. Embora a Mongólia não partilhe uma fronteira com o Cazaquistão, o seu ponto mais ocidental é de apenas 38 quilômetros da ponta leste desse país.
História
  A área que hoje compreende o território da Mongólia foi governada por diversos impérios nômades. O Império Mongol foi fundado por Genghis Khan em 1206. Após o colapso da Dinastia Yuan, os mongóis voltaram para os seus padrões anteriores. Nos séculos XVI e XVII, a Mongólia ficou sob a influência do Budismo tibetano. No final do século XVII, a maior parte da Mongólia havia sido incorporada a área governada pela Dinastia Qing. Durante o colapso da Dinastia Qing, em 1911, a Mongólia declarou sua independência, mas teve de lutar até 1921 para estabelecer firmemente sua independência de fato e até 1945 para ganhar reconhecimento internacional. Como consequência, ficou sob forte influência russa e soviética. Em 1924, a República Popular da Mongólia foi declarada e a política mongol começou a seguir os mesmos padrões da política soviética da época. Após o colapso dos regimes comunistas na Europa Oriental, no final de 1989, a Mongólia realizou a sua própria Revolução Democrática no início de 1990, levando o país a um sistema multipartidário, uma nova Constituição em 1992, e a transição para uma economia de mercado.
Genghis Khan - fundador do Império Mongol
Geografia da Mongólia
  A Mongólia é o 18º maior país em extensão, com 1.564.100 km² e o menos povoado país independente do mundo, perdendo apenas para o Saara Ocidental. É também o segundo maior país do mundo sem costa litorânea, perdendo apenas para o Cazaquistão. O país contém pouquíssima terra arável, sendo a maior parte de sua área coberta de estepes, com montanhas ao norte e ao oeste e com o deserto de Gobi, ao sul. A taiga (floresta de coníferas), cobre extensas áreas ao norte do país. O território mongol apresenta uma altitude média de 1.500 metros e as famosas montanhas Altai, que possuem altitudes superiores a 4 mil metros, sendo o Pico Khüiten, o ponto mais elevado, com 4.373 metros. O ponto mais baixo do país, localizado ao sul, possui altitude superior a 500 metros.
Paisagem mongol
  O clima é o temperado continental e muito áspero, quase subpolar, com verões geralmente amenos e invernos longos e gelados. As precipitações se concentram no verão, com 380 mm nas montanhas e 125 mm no deserto. Ulan Bator, possui uma temperatura média anual de -5ºC, sendo a capital mais fria do mundo. O mês de janeiro é o mais frio na capital, onde a temperatura média no inverno é de -25ºC chegando a 14ºC no verão. Embora tenha invernos normalmente muito secos, Ulan Bator pode ser atingida eventualmente por violentas tempestades de neve.
Paisagem do deserto de Gobi
Economia
  A Mongólia é um país economicamente pobre, sendo as atividades primárias a base da economia nacional. A atividade agropastoril responde por 90% das exportações, constituídas de animais e derivados, mas muito limitada pela distância da Mongólia com o mar e pelas precárias estradas sem infraestrutura. Outro fator importante para a captação de receitas são as jazidas de estanho, ouro e cobre, além da exploração de urânio.
  Os problemas socioeconômicos se intensificaram após a transição do comunismo para uma economia de mercado. Atualmente, mais da metade da população vive abaixo da linha de pobreza.
ALGUNS DADOS SOBRE A MONGÓLIA
NOME: Mongólia
CAPITAL:Ulan Bator
Parte de Ulan Bator - capital da Mongólia
LÍNGUA OFICIAL: mongol
GOVERNO: República Parlamentarista

FORMAÇÃO:
Fundação nacional: 1206
Independência: da China - 11 de julho de 1921
GENTÍLICO: mongol, mongólico.

LOCALIZAÇÃO: Ásia Oriental e Central.
ÁREA: 1.564.100 km² (18º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 2.996.081  habitantes (134º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 1,91 hab./km² (206°)
MAIORES CIDADES: 
Ulan Bator(Estimativa 2012): 1.144.500 habitantes
Ulan Bator - capital e maior cidade da Mongólia

Erdenet (Estimativa 2012): 88.589 habitantes.
Erdenet - segunda maior cidade da Mongólia
Darhan (Estimativa 2012): 78.897 habitantes

Darhan - terceira maior cidade da Mongólia

PIB (FMI - 2011): US$ 8,506 bilhões (133º)
IDH (ONU - 2011): 0,653 (110º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 66,8 anos (129º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 0,96% (132°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 44,76/mil (128°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 57,5% (96°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 97,4% (55°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 3.042 (118°) 
MOEDA: Togro 
RELIGIÃO (2010): predomínio do budismo tibetano.
DIVISÃO: a Mongólia é dividida em 21 aimags (províncias) que, por sua vez, são divididas em 315 distritos. A capital é administrada separadamente.
NEPAL
  O Nepal é um país asiático dos Himalaias, limitado a norte pela China e a leste, oeste e sul pela Índia. Nesse país situa-se o Monte Everest, o ponto mais elevado da Terra com 8.848 metros.
  Dentre as cidades mais importantes do país está Lumbini, onde nasceu Sidarta Gautama, conhecido como Buda, e a cidade-lago de Pokhara, situadas no vale de Catmandu. Têm grande importância para o turismo, sendo reconhecidas pela UNESCO devido ao valor histórico e por causa do grande acervo monumental que ambas apresentam.
Árvore Bodhi e a piscina onde a mãe de Buda, Maia Devi, teria se banhado antes de o dar à luz
História
  A pré-história do Nepal não é clara até o século VIII a.C. A lenda conta que o vale de Catmandu foi, nas suas origens, um belo lago no qual flutuava uma flor de lótus da qual emanava uma mágica luz. O patriarca chinês Manjushri teria decidido, por causa da grande beleza, drenar a água do lago para que a flor pousasse no solo. Para tal, teria se utilizado de sua espada para cortar a parede que fechava o vale e permitir que a água saísse. No lugar em que lótus teria pousado, o patriarca teria construído um templo (a estupa de  Swayambhunath) e uma pequena aldeia de madeira denominada Manjupatan. Se desconhece que esta lenda contém alguma verdade. Porém, geólogos comprovaram que o vale já foi coberto de água.
Manjushri
  No século VIII a.C., apareceu a cultura quirate, com a invasão destes povos que fundaram, no vale, um reino no qual governaram 28 monarcas, como Yalambar, o mais famoso deles. Os quirates eram avezados comerciantes e ganadeiros. Depois vieram os lichávis, procedentes da Índia, que reinaram desde o século IX a XII d.C. Os tacuris tiveram, como principal monarca, Amshurvarma, sucedendo-o a Dinastia Gupta, que conseguiu fazer deste país, um reinado independente. Do século XIII ao XVIII, subiram ao poder os Mallas, que consolidaram a hegemonia do Nepal. Em meados do século XIX, Jung Bahadur Rana tomou o poder assassinando o monarca legítimo e pondo, em seu lugar, um testa de ferro nomeado por ele. Essa posição de testa de ferro passou a ser hereditária, com o nome de Primeiro-Ministro Rana. Os Ranas governaram o Nepal durante um século até que, em 1940, uma revolta popular acabou com essa ditadura.
Maharajakumar Baber Shumsher Jung Bahadur Rana (1888-1860) - um dos Ranas que governaram o Nepal
  Em 1951, regressou, ao Nepal, o rei Tribhuvan Bir Bikram, que faleceria quatro anos depois. Foi, então, substituído por seu filho Mahendra Bir Bikram Shah. O país ingressou na Organização das Nações Unidas. Em 1959, se promulgou uma nova constituição e celebraram-se as primeiras eleições do país, vencidas pelo Partido do Congresso. Todavia, um ano depois, o monarca acabou com a incipiente democracia, declarando ineficaz o sistema parlamentar. A partir de 1961, proclamou-se um sistema de democracia dirigida sem partidos políticos. Em 1972, morreu o rei. Sucedeu-o o seu filho Birendra Bir Bikram Shah, que continuou a política de seu pai. Em 1980, uma consulta popular ratificou o poder do rei, desprezando a democracia parlamentar. Em 1983, o rei nomeou o Nepal como Estado de paz e recebeu o respaldo de 37 países. Em 1988, já eram 97 os países respaldando o Estado de paz, com exceção da Índia e da União Soviética, que não reconheceram esta zona de paz.
  Em 1990, o rei dissolveu a Assembleia e formou um novo governo com K. P. Bhattaral como primeiro-ministro. O monarca apresentou uma nova constituição na qual se estabeleceu a democracia multipartidarista. Em 1994, continuou, como chefe de Estado, o rei Birendra Shah e, como chefe de governo, Mohan Adhikari.
Birendra Bir Bikram Shah
  Em 15 de janeiro de 2007, entrou, em vigor, uma constituição provisória que prepararia a realização de eleições para uma Assembleia Constituinte. De acordo com a nova constituição, o rei estaria destituído de seus poderes.
  Em 24 de dezembro de 2007, os partidos políticos do país, incluindo os governistas e os ex-rebeldes maoistas, colocaram-se de acordo para abolir a monarquia a partir do primeiro semestre de 2008, com a nova constituição.
Geografia 
  O Nepal é um pequeno país localizado no sul da Ásia, entre a Índia e a República Popular da China (Tibete). O seu tamanho contrasta com uma população de quase 30 milhões de habitantes. O relevo do país é composto, em grande parte, pelas altas montanhas da Cordilheira do Himalaia, com vários picos de mais de 6.000 metros de altitude, destacando-se, entre eles, o Monte Everest, o ponto mais alto da Terra. Juntamente com o Everest, o Nepal abriga  oito das quatorze montanhas que possuem mais de 8.000 metros de altitude. As demais montanhas são: Kanchenjunga, Lhotse, Makalu, Cho Oyu, Dhaulagiri I, Manaslu e Annapurna I.
Monte Everest - ponto culminante da Terra
  O Nepal é conhecido como "o topo do mundo". A maior parte de sua população vive em vilas nas montanhas, que são demarcadas por regiões e números. O clima é frio, porém, somente nas montanhas há incidência de neve. O país segue o regime de monções, tendo três meses (de meados de junho a meados de setembro) de chuva. 
  O Nepal pode ser dividido em três regiões geográficas distintas: o Terai ao sul, com altitudes que variam de 400 a 1.000 metros, que é uma região geográfica e culturalmente semelhante à Índia; a região dos Vales, com altitudes entre 1.000 e 2.000 metros, onde se localizam as cidades de Catmandu e Pokhara; e a região do Himalaia, com altitudes superiores a 2.000 metros.
O famoso posto de Namche Bazaar Khumbur, na região próxima ao Monte Everest. A cidade é construída em uma plataforma que lembra um gigantesco anfiteatro grego
  O Nepal conta com uma das maiores diversidades  de flora do planeta. A presença de grandes altitudes, o clima e o solo da região dentro de uma pequena extensão gerou esta diversidade. É estimada a existência de aproximadamente 7.000 espécies de flores de plantas no Nepal e aproximadamente 5% delas não nascem em outras regiões do mundo.
Economia
  O Nepal é um país pobre. A população nepalesa é composta de 12 etnias, que convivem harmonicamente.
  A agricultura emprega 90% da mão de obra, tornando o país um grande fornecedor de arroz para a Ásia. Em vez de construção de estradas, conter a erosão do solo tem sido a principal preocupação dos governantes, sendo que o sistema de terraços usados na irrigação do arroz é um desafio aos meios usados no Ocidente para conter o mesmo tipo de erosão.
Cultivo de arroz em terraços no Nepal
ALGUNS DADOS SOBRE O NEPAL
NOME: República Democrática Federal do Nepal
CAPITAL: Catmandu
Parte da cidade de Catmandu - capital do Nepal
LÍNGUA OFICIAL: nepalês
GOVERNO: República Federal

FORMAÇÃO: 1093 d.C.
Reino declarado: 21 de dezembro de 1768
Estado declarado: 15 de janeiro de 2007
República declarada: 28 de maio de 2008
GENTÍLICO: nepalês, nepalesa

LOCALIZAÇÃO: Sul da Ásia
ÁREA: 147.181 km² (91º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 29.391.883 habitantes (41º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 199,69 hab./km² (39°)
CIDADES MAIS POPULOSAS: 
Catmandu (Estimativa 2012): 1.165.846 habitantes
Catmandu - maior cidade do Nepal
Pokhara (Estimativa 2012): 415.186 habitantes
Pokhara - segunda maior cidade do Nepal
Lalitpur (Estimativa 2012): 204.897 habitantes
Laliptur - terceira maior cidade do Nepal

PIB (FMI - 2011): US$ 18,580 bilhões (105º)
IDH (ONU - 2011): 0,458 (157º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 63,8 anos (143º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 1,97% (55°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 55,32/mil (138°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 17,8% (185°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 60,3% (150°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 653 (162°) 
MOEDA: Rúpia nepalesa 
RELIGIÃO (2010): hinduísmo (91%), budismo (5%), muçulmanos (2%), outras religiões (2%).
DIVISÃO: o Nepal é dividido em 14 zonas e 75 distritos, agrupados em 5 regiões de desenvolvimento. As cinco regiões de desenvolvimento e as 14 zonas (entre parênteses), são: Extremo-Oeste (9. Mahakali e 14. Seti), Centro-Oeste (6. Karnali, 2. Bheri e 12. Rapti), Oeste (3. Dhawalagiri,  4. Gandaki,  e 8. Lumbini), Centro (1. Bagmati, 5. Janakpur e 11. Narayani) e Leste (13. Sagarmatha, 7. Kosi e 10. Mechi).
AFEGANISTÃO
  O Afeganistão é um Estado sem litoral soberano localizado no centro da Ásia, fazendo parte do Sul da Ásia, Ásia Central e Ásia Ocidental. O país faz fronteira com o Paquistão ao sul e a leste, Irã a oeste, Turcomenistão, Uzbequistão e Tadjiquistão ao norte, e com a China no nordeste. O território afegão foi um ponto essencial para a rota da seda e a migração humana. Arqueólogos encontraram evidências de habitação humana desde 50.000 a.C. A civilização urbana pode ter começado entre 3.000 e 2.000.
Rota da Seda
  O país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio com a Ásia Central e o Subcontinente Indiano, foi a casa de vários povos através dos tempos. O país tem testemunhado muitas campanhas militares desde a antiguidade, as mais notáveis feitos por Alexandre o Grande, Chandragupta Maurya, Genghis Khan, a União Soviética e a OTAN. Também foi local de origem de várias dinastias locais como os Greco-bactrianos, Kushans, Saffarides, Ghaznavides, Ghorides, Timurides, Mogols, entre outros.
Rota do império de Alexandre o Grande
História
  Desde a Antiguidade, a guerra é constante na região onde fica hoje o Afeganistão, local já ocupado no século VI a.C. pela civilização bactriana, formada por um povo que incorporava elementos das culturas hindu, grega e persa. Depois disso, o território foi atacado por sucessivos invasores.
  A história política moderna do Afeganistão começa em 1709 com a ascensão dos Pachtuns, quando a dinastia Hotaki foi criada em Kandahar, seguida por Ahmad Shah Durrani, que subiu ao poder em 1747. A capital do Afeganistão foi transferida, em 1776, de Kandahar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado tampão no grande jogo entre os impérios britânicos e russos. Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi, em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos.
Homem da etnia pachtun
  Após a revolução marxista de 1978 e a invasão soviética em 1979, uma guerra de nove anos teve lugar entre as forças rebeldes do Mujahidin, apoiadas pelas forças armadas dos Estados Unidos, e o governo pró-soviético do Afeganistão, em que mais de um milhão de afegãos perderam a vida, principalmente devido a minas terrestres. Na década de 1990 ocorreu a Guerra Civil do Afeganistão, a ascensão e queda do governo extremista Talibã, e a Guerra do Afeganistão. Em dezembro de 2001, o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação da Força Internacional de Assistência para Segurança, objetivando ajudar e manter a segurança no Afeganistão, além de ajudar a administração do presidente Hamid Karzai.
Hamid Karzai - presidente do Afeganistão
  As décadas de guerra fizeram do Afeganistão o país mais perigoso do mundo, incluindo o título de maior produtor de refugiados e requerentes de asilo. Enquanto a comunidade inernacional está reconstruindo o Afeganistão, dilacerado pela guerra, grupos terroristas, como a rede Haqqani e Hezbi Islâmica estão ativamente envolvidos em uma insurgência talibã por todo o país, que inclui centenas de assassinatos e ataques suicidas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, os insurgentes foram responsáveis por 75% das mortes de civis em 2010 e 80% em 2011.
Soldados norte-americanos em combate nas montanhas do Afeganistão
Geografia
  O Afeganistão é um país com um enclave montanhoso, com planícies a norte e sudoeste. O país é descrito como sendo localizado no Sul da Ásia ou na Ásia Central. Faz parte do Grande Oriente Médio no mundo islâmico. O ponto mais alto do país é Noshaq, que possui uma altitude de 7.492 metros acima do nível do mar.
Noshaq - ponto culminante do Afeganistão
  Apesar de ter numerosos rios e reservatórios, grande parte do país é seco. A bacia endorreica de Sistan é uma das regiões mais secas do mundo. Além da chuva habitual que cai no Afeganistão, o país recebe neve durante o inverno em Hindu Kush e nas montanhas do Pamir, e o derretimento dessa neve na primavera entra no rios, lagos e riachos. No entanto, dois terços da água do país flui para os países vizinhos do Irã, Paquistão e Turcomenistão. O estado necessita de mais de 2 bilhões de dólares para reabilitar os sistemas de irrigação, de modo que a água é gerida corretamente.
Montanhas do Hindu Kush
  Ao nordeste da cordilheira de Hindu Kush e em torno da Província de Badakhshan está uma área geologicamente ativa que ocorre terremotos quase todos os anos. Eles podem ser mortais e destrutivos, por vezes causando deslizamento de terra e, no inverno, avalanches. Os últimos fortes terremotos ocorreram em 1998, em Badakhshan, perto do Tadjiquistão, que matou 6.000 pessoas. Isto foi seguido pelos terremotos de 2002 em Hindu Kush, no qual mais de 150 pessoas morreram em vários países da região, e mais de 1.000 ficaram feridos. O terremoto de 2010 deixou 11 afegãos mortos, mais de 70 feridos, e 2.000 casas destruídas.
Moradores vasculham escombros no distrito de Sherzad em Nangarhar após um terremoto ocorrido em abril de 2009
Economia
  O Afeganistão é um país extremamente pobre, muito dependente da agricultura (principalmente da papoula - matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma forte seca contribuiu para aumentar as dificuldades do país entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.
  Os principais recursos naturais do país são: carvão mineral, cobre, minério de ferro, lítio, urânio, terra-rara, cromita, ouro, zinco, talco, barita, enxofre, chumbo, mármore, pedras preciosas e semi-preciosas, gás natural e petróleo.

Vendedor de romã em feira livre na cidade de Cabul
  Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibãs em novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população está abaixo da linha de pobreza.
ALGUNS DADOS SOBRE O AFEGANISTÃO
NOME: República Islâmica do Afeganistão
CAPITAL: Cabul 
Mesquita Abdul Rahman em Cabul, capital do Afeganistão
LÍNGUA OFICIAL: pachto e dari
GOVERNO: República Islâmica

INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido
Declarada: 8 de agosto de 1919
Reconhecida: 19 de agosto de 1919
GENTÍLICO: afegão
LOCALIZAÇÃO: centro da Ásia, fazendo parte do Sul da Ásia, da Ásia Central e da Ásia Ocidental
ÁREA: 652.090 km² (40º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 29.835.392 habitantes (40º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 45,75 hab./km² (131°)
MAIORES CIDADES: 
Cabul (Estimativa 2012): 3.983.854 habitantes
Cabul - capital e maior cidade do Afeganistão
Kandahar (Estimativa 2012): 532.256 habitantes
Kandahar - segunda maior cidade do Afeganistão
Herat (Estimativa 2012): 486.700 habitantes
Herat - terceira maior cidade do Afeganistão

PIB (FMI - 2011): US$ 18,181 bilhões (106º)
IDH (ONU - 2011): 0,398 (172º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 43,8 anos (188º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 3,85% (3°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 144,01/mil (194°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 24,7% (175°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 28,1% (175°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 585 (164°) 
MOEDA: Afegani 
RELIGIÃO (2010): islamismo (99%, sendo 84% sunitas e 15% xiitas), outras religiões (1%).
DIVISÃO: o Afeganistão divide-se em 34 províncias. As províncias são: 1. Badakhshan; 2. Badghis; 3. Baghlan; 4. Balkh; 5. Barmiyan; 6. Daikondi; 7. Farah; 8. Fariab; 9. Ghazni; 10. Ghowr; 11. Helmand; 12. Herat; 13. Jozjan; 14. Cabul; 15. Kandahar; 16. Kapisa; 17. Khost; 18. Konar; 19. Konduz; 20. Laghman; 21. Logar; 22. Nangarhar;  23. Nimroz; 24. Nurestão; 25. Paktia; 26.  Paktika; 27. Panjshir; 28. Parwan; 29. Samangan; 30. Sa-i-Pol; 31. Takhar; 32. Uruzgan; 33. Vardak; 34. Zabol.
BANGLADESH
  Bangladesh é um país asiático rodeado quase por inteiro pela Índia, exceto a sudeste, onde tem uma pequena fronteira terrestre com Myanmar, e a sul, que é banhado pelo Golfo de Bengala.
  Bangladesh conquistou sua independência do Paquistão em 1971, depois de uma guerra civil que durou nove meses e envolveu o Paquistão Ocidental e o Paquistão Oriental. De 1947 a 1971, a região que hoje é Bangladesh foi o Paquistão Oriental.
  O nordeste da Índia possui fronteiras com Bangladesh em três lados. Muitos dos aspectos físicos e culturais de Bangladesh são partilhados com Bengala Ocidental, um estado da Índia, vizinho à Bangladesh. Bangladesh e Bengala Ocidental forma uma região da Ásia conhecida como Bengala. Muitas vezes Bangladesh é chamado de Bengala Oriental. O nome Bangladesh significa "nação de Bengala".
  O rápido crescimento poplacional do país trouxe um sério problema de superpopulação. Bangladesh é um pouco menor que o estado do Ceará, mas o número de habitantes é, aproximadamente, 18 vezes maior.

Moradores de rua em Daca
História
  Existem evidências de ocupação da grande região de Bengala em mosteiros budistas antes de 700 a.C. Bengala adotou o islão no século XIII e prosperou como parte do Império Mongol durante o século XVI. Os navegadores europeus descobriram a região no final do século XV, mas só no final do século XVIII a Companhia Britânica das Índias Orientais dominou a região.
  Com a independência da Índia, parte de Bengala constituiu o território do Paquistão, com o nome de Bengala Oriental ou Bengala do Leste (também chamada de Paquistão do Leste ou Paquistão Oriental) e parte ficou com a Índia, vindo a formar a unidade administrativa de Bengala Ocidental (ou Bengala do Oeste). Depois de uma guerra de libertação contra as forças do Paquistão do Oeste (ou Paquistão Ocidental), em 1971, o Bangladesh finalmente se tornou independente.
Geografia
  Bangladesh é um país com poucas elevações acima do nível do mar, com grandes rios em todo seu território situado ao sul da Ásia. Sua costa é uma imensa selva pantanosa de 710 km de comprimento, limitando ao norte do Golfo de Bengala. Formada por uma grande planície composta pelo delta dos rios Ganges, Brahmaputra e Meghna e seus afluentes, as terras de aluvião do Bangladesh são muito férteis, uma vez que são vulneráveis à inundações e à secas.
Rio Ganges em Bangladesh
  As únicas montanhas fora da planície são os trechos de colinas de Chittagong, onde situa-se o ponto culminante do país, o Keokradong com 1.230 metros, localizado no sudeste, e a divisão de Sylhet, no nordeste. Próximo ao trópico de Câncer, Bangladesh tem um clima subtropical de monções, caracterizado pela temporada de intensas chuvas anuais, temperaturas moderadamente calorosas e uma grande umidade.
Keokradong - ponto culminante de Bangladesh
  Os desastres naturais como inundações, ciclones tropicais, tornados e marés em rios, são normais no Bangladesh todos os anos. O país é afetado por grandes ciclones a uma média de 16 por década. Em maio de 1991, um ciclone arrasou a costa sudeste do país, matando mais de 136.000 pessoas.
Golfo de Bengala
Economia
  Na economia de Bangladesh o desenvolvimento da agricultura é dificultado pela elevada fragmentação da propriedade fundiária e pelas chuvas irregulares. A produção alimentar, sobretudo de cereais, é destinada ao consumo interno. O principal cultivo industrial é o arroz, nas áreas de Mymensingh, Rangpur, Comilla e Daca. A criação de bovinos é abundante, mas destinado ao trabalho no campo. Grande parte da população de Bangladesh sofre de subnutrição crônica.
Rua em Daca
  A economia do país tem crescido em média 5 a 6% ao ano desde 1996, apesar da ineficiência das empresas estatais, do atraso na exploração do gás natural, a insuficiência de fontes de energia e a demora na implantação de reformas econômicas. O país permanece pobre, superpovoado, e governado de modo ineficiente. Apesar de metade do Produto Interno Bruto (PIB) ser gerado pelo setor de serviços, quase 2/3 da população está empregada na agricultura, sendo o arroz o principal produto agrícola. A fabricação de roupas e as remessas de dinheiro de cidadãos do país residentes no exterior, principalmente no Oriente Médio e no Extremo Oriente, sustentam o crescimento econômico do país.
ALGUNS DADOS SOBRE O BANGLADESH
NOME: República Popular do Bangladesh
CAPITAL: Daca

Lalbagh Fort, em Daca, capital do Bangladesh
LÍNGUA OFICIAL: bengali
GOVERNO: Estado Unitário

INDEPENDÊNCIA: do Paquistão, em 26 de março de 1971
GENTÍLICO: bangladeshiano ou bengali

LOCALIZAÇÃO: Sul da Ásia
ÁREA: 143.998 km² (92º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 158.570.535 habitantes (7º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 1.101,19 hab./km² (6°)
MAIORES CIDADES: 
Daca (Estimativa 2012): 11.645.510 habitantes
Daca - capital e maior cidade de Bangladesh
Chittagong (Estimativa 2012): 4.629.987 habitantes
Chittagong - segunda maior cidade de Bangladesh
Khulna (Estimativa 2012): 1.789.963 habitantes
Khulna - terceira maior cidade de Bangladesh
PIB (FMI - 2011): US$ 113,032 bilhões (60º)
IDH (ONU - 2011): 0,500 (146º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 64,1 anos (142º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 1,67% (76°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 60,69/mil (148°) 
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 27,5% (168°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 56,8% (153°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 678 (159°) 
MOEDA: Taka 
RELIGIÃO (2010): islamismo (88,3%),hinduísmo (10,5%), budismo (0,6%), cristianismo (0,3%), outras religiões (0,3%).
DIVISÃO: o Bangladesh está dividido em seis regiões e estas em 64 distritos. O mapa abaixo apresenta as regiões de Bangladesh.
MYANMAR
  Myanmar ou Birmânia, é um país do sul da Ásia continental, limitado ao norte e  nordeste pela China, a leste pelo Laos, a sudeste pela Tailândia, ao sul pelo Mar de Andamão e pelo Canal do Coco, a oeste pelo Golfo de Bengala e a noroeste por Bangladesh e pela Índia. Em 2006, a capital do país foi transferida de Yangon para Naypidaw.
  Myanmar tornou-se independente do Reino Unido em 4 de janeiro de 1948, com o nome oficial de União da Birmânia, designação que voltou a adotar após um período como República Socialista da União da Birmânia (4 de janeiro de 1974 a 23 de setembro de 1988). Em 18 de junho de 1989, o regime militar birmanês anunciou que o nome oficial do país passaria a ser União de Myanmar. A nova designação foi reconhecida pelas Nações Unidas e pela União Europeia, mas não pelos governos dos Estados Unidos e Reino Unido. Conforme a Constituição de 2009, o nome do país mudou para República da União de Myanmar, medida implementada em 21 de outubro de 2010.
História
  O primeiro grupo étnico a migar para o vale do baixo Irauádi foi o dos mons que, dominantes no sul da região por volta de 900 a.C., estiveram entre os primeiros do Sudeste da Ásia a adotar o budismo teravada. No século I a.C., seguiram-se os pyus, de língua tibetano-birmanesa, que fundaram diversas cidades-Estado no Irauádi central. O reino pyu foi dizimado no século IX pelo reino de Nan chao (no atual Yunnan).
  Os birmanes ou bramás (atualmente a etnia principal de Myanmar) começaram a migrar do reino de Nan chao (Yunnan) para o vale do Irauádi a partir do século VII e, em 849, fundaram um pequeno reino com centro em Pagan. No reinado de Anawrahta (944-1077), a influência de Pagan expandiu-se para o território aproximado ao de Myanmar atual. Após conquistar a capital mon em 1057, os birmaneses adotaram o budismo teravada e desenvolveram a escrita birmanesa, baseada na escrita mon. Os reis de Pagan construíram muitos templos e pagodes no país, aproveitando-se da prosperidade trazida pelo comércio.
Reino de Pagan no início do século XII
  A ascendência da Pagan no vale do Irauádi chegou ao fim com a invasão mongol pelas forças de Cublai Cã, a partir de 1277; Pagan foi saqueada em 1287. Embora os mongois não tenham permanecido no vale do Irauádi, o povo tai-shan, que os acompanhava, instalou-se na região. Sucedeu ao reino Pagan um conjunto de pequenos Estados, em geral controlados por shans incorporados à cultura local, como os conjuntos de pequenos Estados, em geral controlados por shans incorporados à cultura local, como os reinos de Ava e de Pegu. Em 1527, os shans conquistaram a capital Ava.
  Com a ajuda de birmanes que haviam fugido de Ava, o pequeno reino birmane de Taungu derrotou o poderoso reino mon de Pegú, de modo a reunificar a Baixa Birmânia, por volta de 1540. Posteriormente veio a conquistar a Alta Birmânia (1555), Manipur (1556), Estados Shans (1557), Chiang Mai (1557), o reino sianês de Ayutthaya (1564, 1569) e o reino laosiano de Lan Xang (1574), assim controlando a maior parte da porção ocidental do Sudeste da Ásia.
Bagan - capital do império birmanês aé o século XVIII
  Com a morte do Rei Bayinnaung, em 1851, seu reino desmoronou. Os siameses de Ayutthaya expulsaram os birmaneses, enquanto que em 1599 forças da etnia arracanesa, ajudada por mercenários portugueses, saquearam Pegu (agora capital do reino de Taungu). O principal mercenário português, Filipe de Brito e Nicote, revoltou-se contra seus mestres arracaneses e passou a controlar o que era então o mais importante porto da Birmânia, Sirião (hoje Thanlyn).
Ruínas em Thanlyn - marcas da ocupação portuguesa no século XVII
  Os birmaneses, chefiados pelo Rei Anaukpetlun (1605-1628), reorganizaram-se e derrotaram os portugueses em 1611. Anaukpetlun restabeleceu um reino de dimensões menores com base em Ava e que incluía a Alta e Baixa Birmânias e os Estados shans (mas sem os arracaneses ou Tanintharyi). O posterior declínio daquele reino assistiu a uma revolta bem-sucedida dos mons, a partir de 1740, com a ajuda francesa e incentivo siamês; os mons conquistaram a Baixa Birmânia em 1747 e terminaram por extinguir a Casa de Taungu em 1752, com a queda de Ava.
Estátua do Rei Anaukpetlun
  O Rei Alaungpaya (1752-1760) instituiu a dinastia Konbaung em Shwebo, em 1752, fundou Rangum em 1755 e, na altura de sua morte havia reunificado o país. Os conflitos com a China Qing e os siameses na segunda metade do século XVIII não tiveram resultado decisivo, mas os birmaneses lograram conquistar os arracaneses a oeste, além de anexar formalmente Manipur, em 1813.
Trecho em Rangun
  Os birmaneses sufocaram uma revolta em Manipur, em 1819 e naquele ano conquistaram o reino de Assã, até então independente. Tais aquisições estenderam o território birmanês até a Índia Britânica. Os britânicos derrotaram os birmaneses na Primeira Guerra Anglo-Birmanesa (1824-1826), resultando na cessão, por parte de Myanmar, de Assã, Manipur, Arracão e Tenassarim.
  A Segunda Guerra anglo-Birmanesa, em 1852, durou três meses, após o que os britânicos anexaram as restantes províncias litorâneas: Irauádi, Rangum e Pegu, renomeadas Baixa Birmânia. Após o reinado do popular Rei Mindon (1853-1878), fundador de Mandalay, os britânicos depuseram o fraco Rei Thibaw (1878-1885), na Terceira Guerra Anglo-Birmanesa.
  Com essa guerra, a Família Real birmanesa foi exilada para a Índia. As Alta e Baixa Birmânias foram reunidas e administradas como uma única província da Índia Britânica.
Tropas britânicas e birmanesas enfrentando-se em Assam
Época Colonial (1886-1948)
  Os britânicos construíram prisões e estradas de ferro. O ressentimento birmanês com a ocupação colonial, manteve-se forte e ocasionalmente provocava distúrbios violentos. O descontentamento era provocado particularmente pelo que era visto como desrespeito à cultura e tradições birmanesas, como o uso de sapatos pelos britânicos, ao entrar em templos e santuários budistas. O Budismo passou a ser empregado como foco de resistência pelos birmaneses e os monges budistas tornaram-se a vanguarda do movimento pela independência.

Vila em Myanmar
  Em 1º de abril de 1937, Myanmar passou a ser um território administrado separadamente da Índia.
  Durante a Segunda Guerra Mundial, Myanmar transformou-se numa das principais frentes de batalha do "Teatro" do Sudeste Asiático. A administração britânica, desmoronou face ao avanço japonês e cerca de 300.000 refugiados cruzaram a selva para a Índia; apenas 30.000 chegaram com vida. A campanha militar japonesa expulsou os britânicos de Myanmar, mas o Reino Unido contra-atacou com tropas do exército indiano britânico e, na altura de 1945, havia retomado o país. Tropas autóctones lutaram nos dois lados da guerra.
Tropas britânicas lutando na Segunda Guerra Mundial
República Democrática (1948-1962)
  Em 4 de janeiro de 1948, o país tornou-se uma república independente, fora da Commonwealth Britânica (Comunidade Britânica de Nações - fazem parte alguns países que foram colônias do Reino Unido e que, apesar de serem independentes, têm a Rainha da Inglaterra como chefe de Estado), com o nome oficial União da Birmânia. Sao Shwe Thaik assumiu a presidência e U Nu, o cargo de primeiro-ministro. Institui-se um parlamento bicameral (prática política em que a legislatura de um país é dividida em duas câmaras).
Sao Shew Thaik
  Em 1961, o birmanês U Thant foi eleito Secretário-Geral das Nações Unidas, o primeiro indivíduo não-ocidental a ocupar a chefia de uma organização internacional; ele permaneceria no cargo por dez anos.
U Thant
Regime Militar (desde 1962)
  O regime democrático terminou em 1962, quando o General Ne Win comandou um golpe de Estado militar. Ele governou por quase 26 anos e suas políticas  foram implementadas com o mote "caminho birmanês para o socialismo". Em 1974, as forças armadas reprimiram com violência protestos contra o governo durante o funeral de U Thant.
General Ne Win
  Em 1988, a má gestão econômica e a repressão política provocaram manifestações pró-democracia generalizadas. As forças de seguranças sufocaram as manifestações com a morte de centenas de pessoas. O General Saw Maung chefiou um Golpe de Estado e criou o Conselho de Estado para a Restauração da Lei e da Ordem (na prática, o governo do país).
General Saw Maung
  Em 1989, o Conselho declarou lei marcial para lidar com mais protestos e alterou o nome oficial do país em inglês para Union of Myanmar (adaptado em português como União de Myanmar).
  Em maio de 1990, o governo promoveu eleições livres pela primeira vez em quase 30 anos. A Liga Nacional pela Democracia, partido de Aung San Suu Kyi, ganhou 392 dos 489 assentos na Assembleia Popular, mas os resultados foram anulados pelo Conselho, que se recusou a deixar o poder. Chefiado por Than Shwe desde 1992, o regime militar logrou negociar acordos de cessar-fogo com a maioria dos grupos de guerrilha étnica. em 1997, o Conselho passou a ser denominado de Conselho de Estado para a Paz e Desenvolvimento.
  Em 23 de junho de 1997, Myanmar aderiu à Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Em 27 de março de 2006, a junta militar transferiu a capital de Rangun para um local próximo a Pyinmana, dando-lhe o nome de Naypyidaw, que significa "cidade dos reis".
  Em novembro de 2006, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou que procuraria processar na Corte Internacional de Justiça os membros da junta militar de Myanmar por crimes contra a humanidade, devido à prática de trabalho forçado de seus cidadãos.
 
  Em agosto de 2007, surgiram novos protestos pela democracia no país, chefiados por monges busdistas e reprimidos com força pelo governo.
Monges budistas protestando contra a falta de liberdade em Myanmar
   Em 3 de maio de 2008, um devastador ciclone tropical atingiu o litoral do país e, segundo algumas estimativas, deixou pelo menos 134.000 mortos e desaparecidos, e talvez um milhão de desabrigados.
Imagens do ciclone que devastou Myanmar
Geografia
  Mianmar é o maior país do sudeste da Ásia continental. O país mantém fronteira a noroeste com Bangladesh e com a Índia, a nordeste com a China, a sudeste com Laos e a Tailândia. Myanmar possui um litoral contínuo com 1.930 km.
  No norte do país, os montes Hengduan Shan formam fronteira com a China. O ponto culminante do país é o Hkakabo Razi, com 5.882 metros. As três cordilheiras em território birmanês, a Rakhine Yoma, a Bago Yoma e o planalto Shan, correm no sentido norte-sul a partir do Himalaia e dividem os três sistemas hidrográficos do país, os rios Irauádi, Thanlwin e Sittang. O primeiro é o mais longo rio de Myanmar, com quase 2.170 km de extensão, e em seu vale vive a maioria da população do país. Os vales entre as cordilheiras possuem planícies férteis.
Bacia do rio Iruádi
  Grande parte do território birmanês encontra-se entre o Trópico de Câncer e o Equador. O país localiza-se na região asiática das monções, fazendo com que suas regiões litorâneas recebam mais de 5.000 mm anuais de chuva. A precipitação na região do delta do Irauádi é de cerca de 2.500 mm.
Economia
  Myanmar é um dos países mais pobres do Sudeste da Ásia e sofre há décadas de estagnação econômica, má administração e isolamento. O seu PIB cresce 2,9% ao ano, taxa considerada baixa em comparação com outras economias da região.
  Sob o controle britânico, Myanmar era um dos países mais ricos do Sudeste da Ásia e o maior exportador mundial de arroz. Produzia petróleo e possuia recursos naturais e humanos, com uma população altamente alfabetizada. Cerca de 75% da teca (Tectona grandis, também chamada comercialmente de teak ou djati, é uma madeira bastante usada na construção naval, devido à sua durabilidade) produzida no mundo, originava-se em Myanmar.

Tectona grandis - bastante utilizada na construção naval
  Após o Golpe de Estado de 1962, o goerno procurou estatizar as indústrias, mas em 1989 passou a descentralizar a economia. Em anos recentes, a China e a Índia têm se aproximado de Myanmar, com vistas a obter benefícios econômicos. Muitos países, como os EUA, Canadá e a União Europeia, impuseram snações comerciais e de investimento. O investimento estrangeiro é proveniente da China, Cingapura, Coreia do Sul, Índia e Tailândia.
  Além da produção de drogas ilegais, como o ópio, a atividade econômica birmanesa inclui produtos agrícolas, têxteis, produtos de madeira, material de construção, pedras preciosas, metais e gás natural. Os arrozais cobrem cerca de 60% da área cultivada e 97% da produção de grãos no país.
ALGUNS DADOS SOBRE MYANMAR
NOME: República da União de Myanmar
CAPITAL: Naypyidaw
Pagode Uppatasanti em Naypyidaw - capital de Myanmar
LÍNGUA OFICIAL: República da União de Myanmar
GOVERNO: República presidencialista

INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido em 4 de janeiro de 1948
GENTÍLICO: birmaanês, birmane, mianmarense
LOCALIZAÇÃO: Sul da Ásia
ÁREA: 676.578 km² (39º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 53.999.804 habitantes (24º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 79,81 hab./km² (91°)
MAIORES CIDADES: 
Yangon (Estimativa 2012): 5.342.800 habitantes
Yangon - maior cidade de Myanmar
Mandalay (Estimativa 2012): 1.387.654 habitantes
Mandalay - segunda maior cidade de Myanmar
Naypyidaw (Estimativa 2012): 1.102.430 habitantes
Naypyidaw - terceira maior cidade de Myanmar
PIB (FMI - 2011): US$ 51,925 bilhões (74º)
IDH (ONU - 2011): 0,483 (149º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 62,1 anos (148º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 0,85% (138°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 60,06/mil (146°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 33,6% (152°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 89,9% (97°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 832 (154°) 
MOEDA: Quiat 
RELIGIÃO (2010): budistas (89%), cristãos (4%), muçulmanos (4%), animistas (1%),outras religiões (2%).
DIVISÃO: Myanmar é dividida em 14 divisões administrativas, que incluem 7 estados (pyi-ne) e 7 divisões (tyne). Os estados e divisões são divididas em distritos (kayaing), que por sua vez são divididos em townships que consistem em vilas,  wards e aldeias. Os estados são: Rakhine (anteriormente Arracão), Chin, Kachin, Shan, Kayah (anteriormente Karenni), Kayin (anteriormente Karen) e Mon. As divisões são: Sagaing, Tanintharyi (anteriormente Tenasserim), Ayeyarwady (anteriormente Irrawady), Yangon (anteriormente Rangún), Bago (anteriormente Pegú), Magway e Mandalay.
Divisões de Myanmar
BUTÃO
  Butão é um pequeno e fechado reino nos Himalaia, encravado entre a China, a norte e oeste, e a Índia, a leste e a sul.
História
  A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.
  Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.
Mosteiro Taktshang (Ninho do Tigre).
  Nos séculos seguintes, a atividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia. No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete no século VII, unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se o primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostraram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função evitar as múltiplas invasões mongóis e tibetanas. O relato da época foi feito por Estevão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através do Himalaia 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens. Este é o único relato deste Shabdrung que resta. A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão de Shabdrung.
  Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladakh e Sikkim) e com o reino de Cooch Behar, na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direito de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul. Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.
Mosteiro Chagri, onde Cacella escreveu seu relato, Butão
  Um desses goernadores, o "Penlop" de Tongsa, Ugyen Wangchuck, que já controlava o Butão central e oriental, conseguiria dominar os seus opositores de Thimphu e, assim, implantar a sua influência sobre todo o país. Em 1907, seria coroado rei do Butão, após cpnsulta ao clero, à aristocracia e ao povo, e com a aliança dos ingleses. Foi assim criada a monarquia hereditária que hoje vigora.
Ugyen Wangchuck
Geografia
  O Butão é uma nação muito montanhosa de interior, situado nos Himalaias orientais. Os picos do norte atingem mais de 7.000 metros de altitude, e o ponto mais elevado é o Gangkhar Puensum, com 7.550 metros. A parte sul do país tem menor altitude e contém vários vales férteis densamente florestados, que se escoam para o rio Bramaputra, na Índia. A maioria da população vive nas terras altas centrais.
Gangkhar Puensum - ponto culminante do Butão
  O clima varia de tropical sul a um clima de invernos frescos e verões quentes nos vales centrais, e com invernos severos e verões frescos nos Himalaias.
Economia
  O Butão tem sua economia essencialmente baseada na agricultura, na extração florestal e na venda de energia hidroelétrica para a Índia. A agricultura é essencialmente de subsistência, e a criação animal são os meios de vida para 60% da população. É uma das menores e menos desenvolvidas economias do mundo e o país depende consideravelmente da Índia, que lhe fornece substancial ajuda financeira.
  Em 2004, o Butão foi o primeiro país do mundo a banir o consumo público e a venda de cigarros. Nesse mesmo ano, o país aderiu ao SAFTA, o Acordo de Livre Comércio do Sul da Ásia.
Países integrantes da SAFTA
  Em 1972, o então rei Jigme Singye Wangchuck proclamou a criação de um índice de mensuração de desempenho para seu país chamado "Felicidade Interna Bruta" (FIB), declarando o fim da importância do produto interno bruto como medidor do desempenho do país. A ideia principal do FIB é a convicção de que o objetivo da vida não pode ser limitado a produção e consumo seguidos de mais produção e mais consumo, de que as necessidades humanas são mais do que materiais, mas em achar fidelidade no percurso da vida. O conceito segue 4 diretrizes: desenvolvimento econômico sustentável, preservação da cultura, conservação do meio ambiente e "boa governança".
Jigme Khesar Namgyal Wangchuck, filho mais velho de Jigme Singye Wangchuck e atual rei do Butão
  Em 2008, devido à retração econômica da Índia, a venda de energia elétrica àquele país teve um decréscimo. Ainda assim, novos projetos hidrelétricos deverão ser importantes geradores de empregos e dar sustentabilidade ao crescimento econômico butanês.
ALGUNS DADOS SOBRE O BUTÃO
NOME: Reino do Butão
CAPITAL: Thimphu
Visão geral de Thimphu - capital do Butão
LÍNGUA OFICIAL: butanês
GOVERNO: Monarquia constitucional

INDEPENDÊNCIA: da Índia em 8 de agosto de 1949
GENTÍLICO: butanês, butanense, butani
LOCALIZAÇÃO: Sul da Ásia
ÁREA: 47.000 km² (129º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 682.321 habitantes (158º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 14,51 hab./km² (176°)
MAIORES CIDADES: 
Thimphu (Estimativa 2012): 98.876 habitantes
Thimphu - capital e maior cidade do Butão
Phuntsholing (Estimativa 2012): 72.543 habitantes
Phuntsholing - segunda maior cidade do Butão
Punakha (Estimativa 2012): 32.654 habitantes
Punhakha - terceira maior cidade do Butão
PIB (FMI - 2011): US$ 1,488 bilhão (163º)
IDH (ONU - 2011): 0,522 (141º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 65,6 anos (133º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 1,43% (92°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010):
55,64/mil (139°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 35,2% (148°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 47,0% (165°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 2.121 (125°) 
MOEDA: Ngultrum; Rúpia indiana
RELIGIÃO (2010): budismo (69,6%), hinduísmo (24,6%), islamismo (5%), outras religiões (0,8%). 
DIVISÃO: o Butão está dividido em quatro zonas (dzongdey): Oriental, Sul, Central e Ocidental (atualmente não possuem mais caráter oficial). Para fins administrativos, as zonas estão subdivididas em 20 distritos (dzongkhang). Os distritos estão, por sua vez, divididos em subdistritos (dungkhang). No nível básico os grupos de vilas formam um ciclo eleitoral chamado gewog e são administrados pelo gup que é eleito pelo povo. Os distritos são: 1. Bumthang; 2. Chukha; 3. Dagana; 4. Gasa; 5. Haa; 6. Lhuntse; 7. Mongar; 8. Paro; 9. Pemagatshel; 10. Punakha; 11. Samdrup Jongkhar; 12. Samtse; 13. Sarpang; 14. Thimphu; 15. Trashigang; 16. Trashiyangste; 17. Trongsa; 18. Tsirang; 19. Wangdue Phodrang; 20. Zhemgang.
Divisão de Butão. Zonas: Oriental (azul), Sul (rosa), Central (amarelo) e Ocidental (verde). Os distritos estão numerados de 1 a 20.
LAOS
  Laos é um país asiático localizado na Indochina e limitado a norte pela China, a leste pelo Vietnã, a sul pelo Camboja e pela Tailândia, a oeste pela Tailândia e a noroeste por Myanmar.
História
  A história conta que no século XII os laos, imigrantes de China, chegaram a zona do império Jemer, onde séculos de luta entre as regiões deram início à unificação do país em mãos de governantes de Luang Pradang que dominavam Laos e Tailândia.  O país foi ocupado por muito tempo pelos imigrantes Tais (uma família etno-linguística que incluía a Shans, Siameses, Laos e muita tribos pequenas) e pelas tribos de Hmong-Mien. A região foi dominada pelo reino Nanzhao até o século XIV, sucedido pelo reino local de Lan Xang. A dinastia de Lan Xang foi ao declínio no século XVIII, quando a Tailândia assumiu o controle da área setentrional do reino. Em 1707 o reino se dividiu em dois estados e obtiveram a supremacia no começo do século XVII.
Estátua de um Shans
  No século XIX, a França, que já dominava o Vietnã, assume também o protetorado do Laos, formando assim a Indochina, em 1893.
  Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses invadiram a Indochina. Ao terminar esta guerra, um grupo de resistência de Laos Issara, fez pressão para evitar que voltasse o domínio francês. Em 1949, Laos obteve sua autonomia dentro da União Francesa, e por meio dos termos da Conferência de Genebra de 1954, que pois fim a guerra da Indochina, o país consegue a independência completa, e o Pathet Lao, movimento nacionalista e comunista, fundado alguns anos antes, ocupa duas províncias no norte.
  Com o apoio das forças internacionais, o movimento vai se impondo até que em 1975 a monarquia e o governo de coalizão são abolidos estabelecendo a República Popular Democrática de laos e se nomeia presidente o líder do movimento Pathet Lao.
Pathet Lao - líder revolucionário de Laos
  Mais tarde é reaberta a fronteira com Tailândia e em 1977 se firma um tratado de amizade com Vietnã. Em 1990 o Japão concede ajuda financeira ao país para a realização de diversos projetos. Na atualidade o chefe de estado é Nouthak Phoumsavan, sendo o chefe de governos Khamtai Siohandon desde o ano de 1991.
Geografia

  O Laos é uma nação sem saída para o mar, localizado no Sudeste Asiático. Basicamente é formado ao oeste pela planície florestal do mais importante rio do país, o Mekong, e os planaltos escarpados da região central, onde localiza-se o ponto mais elevado do país, o Phou Bia, com 2.817 metros.
Phou Bia - ponto culminante de Laos
  O clima dominante no país é o tropical de monção. A estação chuvosa começa em abril e termina em outubro. As chuvas são mais importantes no sul de Laos que no norte. No Laos, o clima é muito quente durante os meses de abril, maio e outubro. A estação seca é agradável, com temperaturas relativamente suaves. Na altitude, as temperaturas são mais frescas entre dezembro e janeiro.
Economia
  A economia do Laos é subdesenvolvida, tendo mais de 75% de sua população economicamente ativa trabalhando no campo.
  O Laos é um dos poucos países que adotam a economia socialista no mundo. O Governo começou a descentralizar o controle e a promover a iniciativa privada em 1986. Os resultados se fizeram sentir: o crescimento econômico alcançou a média de 6% a.a., no período de 1988-2004, exceto no curto período da crise asiática (1997/98).
  O país ainda depende, em grande parte da agricultura, principalmente do cultivo do arroz, que é praticado na baixada fértil do rio Mekong e seus afluentes, ou em algumas partes montanhosa, no sistema de terraceamento.
Cultivo de arroz nas montanhas do Laos, adotando o sistema de cultivo por terraceamento
  Laos possui uma infraestrutura bastante deficiente. O país não possui ferrovias e as principais rodovias do país conectam os maiores centros urbanos. A maioria das pequenas vilas só se ligam a estas rodovias por meio de pequenas estradas de terra, que nem sempre são navegáveis o ano inteiro.
  As telecomunicações internas e com o exterior são limitadas. Recentemente, o país vem investindo no turismo, graças as suas belezas naturais e arquitetônicas.
Vila no interior de Laos
ALGUNS DADOS SOBRE O LAOS
NOME: República Popular Democrática Lau
CAPITAL: Vientiane

Palácio Pha That Luang - o Stupa Dourado - símbolo nacional de Laos na capital do país, Vientiane
LÍNGUA OFICIAL: laociano
GOVERNO: República Socialista Unipartidária

INDEPENDÊNCIA: da França em 19 de julho de 1949
GENTÍLICO: laosiano, laociano
LOCALIZAÇÃO: Península da Indochina
ÁREA: 236.800 km² (81º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 6.677.534 habitantes (101º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 28,19 hab./km² (153°)
MAIORES CIDADES:
Vientiane (Estimativa 2012): 883.987 habitantes
Vientiane - capital e maior cidade de Laos
Savannakhet (Estimativa 2012): 132.654 habitantes
Savannakhet - segunda maior cidade de Laos
Pakxe (Estimativa 2012): 98.675 habitantes
Pakxe - terceira maior cidade de Laos
PIB (FMI - 2011): US$ 7,891 bilhões (135º)
IDH (ONU - 2011): 0,524 (138º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 64,4 anos (140º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 1,72% (74°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010):
57,79/mil (144°)
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 31,8% (156°) TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 73,0% (132°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 1.204 (145°) 
MOEDA: Kip 
RELIGIÃO (2010): budismo (65%), animismo (32,9%), outras religiões (2,1%).
DIVISÃO: Laos está dividido em 16 províncias, 1 uma região ou zona especial e uma municipalidade ou prefeitura. 1. Attapeu; 2. Bokeo; 3. Borikhamxai; 4. Champassak; 5. Houaphanh; 6. Khammouane; 7. Luang Namtha; 8. Luang Prabang; 9. Oudomxai; 10. Phongsali; 11. Saravane; 12. Savannakhet; 13. Vientiane (prefeitura); 14. Vientiane (província); 15. Sayaburi; 16. Saysomboun (zona especial); 17. Sesonk; 18. Xieng Khouang. As províncias são divididas em distritos e aldeias.

CAMBOJA
  O Camboja, é um país asiático da Indochina, limitado ao norte pelo Laos, a leste e a sul pelo Vietnã, a oeste pelo Golfo da Tailândia e a oeste e a norte pela Tailândia.
História
  As esparsas evidências para a ocupação humana durante o Pleistoceno são algumas ferramentas feitas a partir do quartzo e do quartzito, encontrados ao longo dos terraços do rio Mekong, nas províncias de Strung Teng, Kratié e Kampot, mas não há datas até o momento para a ocupação dessa região.
  Outras evidências arqueológicas mostram comunidades de caçadores-coletores habitando a região do atual Camboja durante o Holoceno. O sítio arqueológico considerado mais antigo do Camboja é a caverna de Laang Spean, em Battanbang, e pertence ao período Hoabinhian. Escavações nas camadas mais profundas indicam uma ocupação de 6.000 a.C. Nas camadas superficiais do mesmo sítio, existem evidências de transição para o Neolítico, contendo dados das primeiras cerâmicas cambojanas.
  Dados arqueológicos para o período entre o Holoceno e a Idade do Ferro são muito escassas. Outros sítios pré-históricos famosos na região é o Samrong Sen (não muito longe da antiga capital Oudong), onde as escavações na região iniciaram em 1877, e Phum Snay, na província do norte de Banteay Meanchey. Artefatos pré-históricos também foram encontrados em Ratanakiri durante uma mineração.
  A evidência pré-histórica que chama mais atenção, provavelmente são os canais circulares (possivelmente canais de drenagem ou irrigação) descobertos em Memot e nas adjacências do Vietnã, nos anos 1950.
O exército Khmer indo para a guerra contra Champa
  Um grande acontecimento na pré-história cambojana é a lenta introdução do cultivo de arroz pelo norte, que começou em torno de 3000 a.C.
  O ferro começou a ser trabalhado em torno de 500 a.C. Grande parte das evidências arqueológicas vem do Planalto de Khorat, atualmente na Tailândia. No atual Camboja foram encontrados alguns assentamentos da Idade do Ferro em torno dos templos Angkorianos, como Baksei Chamkrong, e alguns canais circulares -como Lovea.
Período pré-angkoriano e políticas angkorianas
  Durante os séculos III, IV e V d.C., os estados indianizados de Funan e Chenla se juntaram e tiveram o domínio do atual Camboja e sudoeste do Vietnã. Esses estados são encarados por muitos estudiosos por serem do Khmer. Por mais de dois mil anos, Camboja foi influenciado pela Índia e pela China, passando esse conhecimento e cultura para civilizações do sudeste asiático, que correspondem hoje à Tailândia, Vietnã e Laos. O Império Khmer surgiu na região do século IV ao século XIII. Em torno do século XIII, o budismo teravada foi introduzido por monges do Sri Lanka. A partir de então, o budismo teravada cresceu e se tornou a religião mais popular do país.
  A partir desse período, o Império Khmer começou a declinar, mas manteve seu poder até o século XV. O centro do poder do império estava em Angkor, onde uma série de capitais foram construídas durante o auge do império. Angkor poderia ter suportado uma população de até 1 milhão de pessoas. Angkor, uma das maiores civilizações antigas, e Angkor Wat, o mais famoso e preservado templo religioso desse período, são resquícios de um passado cambojano com um grande poder regional.
O Angkor Wat, um dos símbolos do país
Idade Média no Camboja
  Após uma longa série de guerra contra reinos vizinhos, Angkor foi saqueada pelos tailandeses e abandonada em 1432 por quebra de sua infraestrutura e desastres ecológicos. A corte moveu a capital para Lovek onde o reino pôde usufruir a glória do comércio marítimo. Mas não durou muito tempo, uma vez que as contínuas guerras contra os tailandeses e vietnamitas resultaram na perda de mais território e a conquista de Lovek em 1594. Nos três séculos seguintes, o reino Khmer alternou entre ser um estado vassalo dos tailandeses e vietnamitas e curtos períodos de relativa independência.
Sudeste Asiático por volta de 1.100 d.C.
Modernidade e Indochina Francesa
  Em 1863, o Rei Norodom, que havia sido colocado no poder pela Tailândia, pediu a proteção da França contra os tailandeses e vietnamitas, após as tensões entre esses reinados terem crescido. Em 1867, o rei tailandês assinou um tratado com a França renunciando sua suzerania sobre o Camboja, em troca do controle das províncias de Battambang e Siem Reapp, que passaram a pertencer oficialmente à Tailândia. Essas províncias voltaram a fazer parte do Camboja após um tratado entre França e Tailândia em 1906.
  O Camboja continuou como protetorado da França de 1863 a 1953, administrado como parte da colônia da Indochina Francesa, menos durante a ocupação do Império Japonês, de 1941 a 1945. Após a morte do rei Norodom, em 1904, a França manipulou quem deveria suceder o trono e Sisowath, irmão de Norodom, foi colocado no trono cambojano. O trono ficou vago novamente em 1941 com a morte de Monivong, filho de Sisowath, e a França ignorou o herdeiro legítimo Monireth, filho de Monivong, achando que ele possuía uma mentalidade de independência. Ao invés disso, Norodom Sihanouk, que tinha 18 anos na época, foi colocado no poder. A França achou que Sihanouk seria facilmente manipulado, porém, os franceses estavam errados. No dia 9 de novembro de 1953, sob o reinado de Sihanouk, o Camboja ganhou a independência da FRança.
  Assim, o Camboja se tornou uma monarquia constitucional e Norodom Sihanouk foi coroado rei. Quando a Indochina Francesa deu a independência, o Camboja perdeu oficialmente o Delta do Mekong, que passou a fazer parte do Vietnã.
Rei Norodom - responsável por salvar o Camboja de guerras
Período pós-Segunda Guerra
  Foi após a Segunda Guerra Mundial que o forte sentimento nacionalista, liderado pelo recém surgido Partido Popular Revolucionário do Kampuchea (KPRP/PPRK), patrocinado pelo Vietnã, que levou a França a conceder a independência cambojana. Norodom Sihanouk, cujo partido vence todas as eleições para a Assembleia Nacional, de 1955 a 1966, governa com amplo poder, mas enfrenta uma forte oposição de esquerda. A partir de 1964, com o surgimento do Khmer Vermelho, treinados em técnicas de combate como Wayshia, o Khmer Vermelho passa a se deparar com uma violenta rebelião comunista, que atinge seu auge nos anos 1967/68. Em 1970, enquanto Sihanouk viajava para Moscou e Pequim, seu primeiro-ministro, o Marechal Lon Nol, dá um golpe de Estado e, no dia 18 de março, a Assembleia Nacional vota por unanimidade a deposição do governante ausente. Em 17 de abril de 1975, as forças do Khmer Vermelho entram na capital, Phnom Penh, quase sem resistência, marcando o fim da administração Lon Nol. O breve, mas sangrento regime de Pol Pot e dos Khmer Vermelho terminou em 1978, com a intervenção do Vietnã, que instalou um regime "amigo". Os Khmers Vermelhos continuaram a luta armada contra o regime até os anos 1990, quando o Camboja, sob o amparo da ONU, iniciou um processo de democratização.
Norodom Sihanouk
Geografia
  O Camboja tem 181.035 km² de superfície e partilha uma fronteira de 800 km com a Tailândia no norte e oeste, 541 km com o Laos no nordeste e 1.228 km com o Vietnã, no leste e sudeste. O país possui 443 km de costa no golfo da Tailândia.
  A pincipal característica topográfica do país é a planície lacustre formada pelas inundações do Tonle Sap (Grande Lago), que tem cerca de 2.590 km² de superfície durante a estação seca e 24.605 km² na estação chuvosa. Esta planície, densamente povoada, é utilizada para o cultivo do arroz, e constitui o coração do Camboja. A maior parte (cerca de 75%) do país possui altitudes com menos de 100 metros, sendo as únicas exceções as montanhas Cardamon (cuja altitude média é de 1.771 metros), na sua extensão oriental, que se dispõe em sentido norte-sul, a cadeia Elefante (com altitudes que variam entre 500 e 1.000 metros), e as escarpas alcantiladas das montanhas Dangrek (com uma altitude média de 500 metros), que se estendem ao longo da fronteira norte com a Tailândia).
Tonle Sap (Grande Lago) no Camboja
  As temperaturas variam entre os 10ºC e os 38ºC. O Camboja sofre o efeito das monções tropicais: a monção de sudoeste, que sopra do mar em direção ao nordeste, traz ventos carregados de umidade do golfo da Tailândia e do ocenao Índico entre maio e outubro, sendo o período de maior precipitação os meses de setembro e outubro; a monção de nordeste, que sopra do interior para a costa, traz consigo a estação seca, de novembro a março, sendo janeiro e fevereiro os meses de menor precipitação.
Esquema do sistema de monções na Ásia
Economia
  O Camboja é um país predominantemente agrícola, com pouca industrialização e baixa renda per capita. Seu principal produto agrícola e de quase todos os países do Sudeste Asiático é o arroz. O cultivo do arroz é praticado nos vales fluviais de forma intensiva, com elevada produtividade. A principal forma de cultivo nessa região é denominada de agricultura de jardinagem, com o uso intenso de mão de obra e elevada produtividade, além de intensos cuidados com a plantação. Outros produtos agrícolas importantes são a borracha, o café, a cana-de-açúcar, o chá e a pimenta-do-reino. Todos esses produtos são voltados principalmente para a exportação.
Agricultura de jardinagem no Japão
  Entre 1980 e 1990, a economia cambojana cresceu 5% ao ano. Foram taxas anuais de crescimento da economia superiores a média mundial, baseadas em investimentos estrangeiros. Mas a partir da segunda metade da década de 1990, esses investimentos começaram a ficar escassos (devido à concorrência com outros países subdesenvolvidos), e essas taxas diminuíram.
ALGUNS DADOS SOBRE O CAMBOJA
NOME: Reino de Cambodja
CAPITAL: Phnom Penh
Rua comercial em Phnom Penh - capital do Camboja
LÍNGUA OFICIAL: khmer
GOVERNO: Democracia Parlamentarista Unitária e Monarquia Constitucional

INDEPENDÊNCIA: da França em 9 de novembro de 1953GENTÍLICO: camodjano
LOCALIZAÇÃO: Península da Indochina
ÁREA: 181.035 km² (87º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 14.241.640 habitantes (64º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 78,66 hab./km² (92°)
MAIORES CIDADES:
Phnom Penh (Estimativa 2012): 2.432.128 habitantes
Phnom Penh - capital e maior cidade do Camboja
Battambang (Estimativa 2012): 214.132 habitantes
Battambang - segunda maior cidade do Camboja
Siem Reap (Estimativa 2012): 198.897 habitantes
Siem Reap - terceira maior cidade do Camboja
PIB (FMI - 2011): US$ 12,861 bilhões (119º) 
IDH (ONU - 2011): 0,523 (139º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 59,7 anos (152º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 1,74% (72°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 72,88
/mil (158°) 
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 22,4% (179°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 73,6% (130°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 852 (152°) 
MOEDA: Riel 
RELIGIÃO (2010): predomínio do Budismo Teravada.
DIVISÃO: o Camboja está dividido em 20 províncias (Khet) e 4 municípios com status de província (Krong). As províncias estão subdivididas em distritos (srok), que estão, por sua vez, subdivididas em comunas (khum). Os municípios estão subdivididos em seções (khan), que por sua vez, estão subdivididos em quarteirões (sangkat). As províncias do Camboja e os municípios são: 1. Banteay Meanchey; 2. Battambang; 3. Kampong Cham; 4. Kampong Chhnang; 5. Kampong Speu; 6. Kampong Thom; 7. Kampot; 8. Kandal; 9. Koh Kong; 10. Kep (município); 11. Kratié; 12. Mondul Kiri; 13. Oddar Meancheay; 14. Pailin (município); 15. Phnom Penh (município); 16. Sihanoukville - Kompong Som (município); 17. Preah Vihear; 18. Pursat; 19. Prey Veng; 20. Ratanakiri; 21. Siem Reap; 22. Stung Treng; 23. Svay Rieng; 24. Takéo.
VIETNÃ
  O Vietnã é um país asiático localizado na Indochina e limitado a norte pela China, a leste e a sul pelo Mar da China Meridional, e a oeste pelo Golfo da Tailândia, pelo Camboja e pelo Laos.
HISTÓRIA
  A história do Vietnã está documentada há mais de 2500 anos. Durante mil anos, esta região foi dominada por sucessivas dinastias do império chinês, mas obteve a independência em 938 e estabeleceu a dinastia Ngô. O período dinástico terminou no século XIX, quando o país foi colonizado pela França em 1858.
  Durante a Segunda Guerra Mundial, com a derrota da França na primeira fase da Guerra, o Vietnã foi ocupado pelo Japão e estabeleceram no trono do Imperador Bao Dai.
Bao Dai - último imperador do Vietnã
  Quando a guerra terminou, a França tentou restabelecer o controle, mas não conseguiu. Os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu, após oito anos de luta armada, comandada por Giap em 1954, na primeira guerra da Indochina, mesmo com ajuda dos EUA. Mas na Conferência de Genebra o Vietnã foi dividido em dois países separados: o Vietnã do Norte, socialista, e o Vietnã do Sul, capitalista.
Mapa do Vietnã após a Conferência de Genebra
  Durante a Guerra Fria, o norte, comunista, tinha o apoio da China e da União Soviética, enquanto o sul, anti-comunista, era apoiado pelos EUA. Isso gerou a Guerra do Vietnã ou, segundo os vietnamitas, a Guerra Americana.
  Essa guerra colocou em confronto, de um lado, a República do Vietnã (Vietnã do Sul) e os Estados Unidos, com a participação efetiva, porém secundária, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia; do outro, a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) e a Frente Nacional para a Libertação do Vietnã (FNL), com o apoio da China, da Coreia do Norte e, principalmente, da União Soviética, porém, esses países não se envolveram efetivamente no conflito.
Imagens da Guerra do Vietnã
  Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que haviam se juntado na Frente Nacional para a Libertação do Vietnã (FNL).
  Entretanto, apesar de seu imenso poder militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973 e dois anos depois o Vietnã foi reunificado sob um governo socialista, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã.
Mapa do Vietnã
  Na guerra, aproximadamente três a quatro milhões de vietnamitas dos dois lados morreram, além de outros milhões de cambojanos e laocianos, arrastados para a guerra com a propagação do conflito, e de cerca de 50 mil soldados norte-americanos.
  Durante o conflito, as tropas do exército do Vietnã do Norte travaram uma guerra convencional contra as tropas norte-americanas e sul-vietnamitas, e as milícias da FNL menos equipadas e treinadas, lutaram por meio de uma guerra de guerrilha na região, usando as selvas do Vietnã, espalhando armadilhas mortais aos soldados inimigos, enquanto os Estados Unidos se armaram de grande poder de fogo, em artilharia e aviação de combate para destruir as bases inimigas e impedir suas ofensivas.
Soldados Vietcongues
  À exceção das linhas de combate ao redor dos perímetros fortificados de bases e campos militares, não houve nesta guerra a formação clássica de linhas de frente e as operações aconteceram em zonas delimitadas; missões de busca e destruição por parte das forças norte-americanas, com o uso de bombardeios maciços com armas químicas desfolhantes e sabotagens da guerrilha na retaguarda das zonas urbanas (em particular, sobre as devastadoras consequências do uso do napalm, uma mistura de sais alumínicos e ácidos orgânicos, usados na indústria bélica para a fabricação de bombas, precisamente pelo seu alto poder incendiário).
Bombardeio B-66 e quatro F-105 Thunderchiefs lançando bombas em uma cidade do Vietnã do Norte
  Travada com uma grande cobertura diária dos meios de comunicação, a guerra levou a uma forte oposição e divisão da sociedade norte-americana, que gerou os Acordos de Paz de Paris em 1973, causando a retirada das tropas do país do conflito. Ela prosseguiu com a luta entre o Norte e o Sul do Vietnã dividido, terminando em abril de 1975, com a invasão e ocupação comunista de Saigon, então capital do Vietnã do Sul e a rendição total do exército sul-vietnamita.
Uma das cenas mais chocantes da guerra. Crianças correndo por causa de queimaduras provocadas pelos produtos químicos lançados pelos soldados norte-americanos. Essa cena causou revolta entre a população dos Estados Unidos, que reivindicavam cada vez mais o fim da guerra.
  Para os Estados Unidos, a Guerra do Vietnã resultou na maior confrontação armada que o país já se viu envolvido, e a derrota provocou a "Síndrome do Vietnã" em seus cidadãos e sua sociedade, causando profundos reflexos na sua cultura, na indústria cinematrográfica e grande mudança na sua política exterior.
  Durante mais de 15 anos de guerra os Estados Unidos despejaram no Vietnã mais bombas do que em toda a Segunda Guerra Mundial, além de terem feito teste com armas químicas e bacteriológicas e destruírem mais de 70% de todos os povoados do norte.
Platoon  filme estadunidense de 1986, do gênero drama de guerra, escrito e dirigido por Oliver Stone. O filme mostra os horrores da Guerra do Vietnã através dos olhos de Chris, um jovem recruta estadunidense que se alista voluntariamente para o combate. Na guerra, o jovem trava contato com os sangrentos Barnes e Elias: o primeiro, um assassino brutal e psicopata; o segundo, um pacifista inteligente e sensível.
  Em julho de 1976, a República do Vietnã do Sul e a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) uniram-se, formando a República Socialista do Vietname. Saigon, que era a capital do Vietnã do Sul passa a se chamar Ho Chi Minh, em homenagem ao ex-presidente do Vietnã do Norte.
Ho Chi Minh- ex-presidente do Vietnã do Norte
A REUNIFICAÇÃO POLÍTICA
  Completado o processo de reunificação, nasceu a República Socialista do Vietnã com posições pró-soviéticas. Todavia, as consequências do conflito foram gravíssimas: os intensos bombardeamentos norte-americanos tinham destruído cerca de 70% das instalações industriais do Norte, tornado impraticáveis quase todas as vias de comunicação e queimado com bombas químicas vastas extensões de florestas. De uma maneira geral, as operações militares tinham tirado a mão de obra das atividades industriais, causando a interrupção de todos os investimentos profundos do Norte; haviam impedido as atividades agrícolas no Sul; limitado fortemente em todo o país a pesca marítima.
Área destruída pelo lançamento de nalpam no Vietnã
  Essas problemáticas tiveram de ser imediatamente enfrentadas já na primeira fase da reconstrução, procurando uma resposta para ela, através do política de plano, em linha com os princípios ideológicos do socialismo e com o modelo de desenvolvimento já adotado nos países comunistas.
  Hoje, passados quase trinta anos, a República ainda tem de resolver problemas importantes, como a integração de duas estruturas econômicas profundamente diferentes uma da outra.
GEOGRAFIA
  O Vietnã é um país longo e estreito que ocupa a costa oriental da península da Indochina, sobre o Golfo de Tonkin e o Mar da China. O clima predominante é o clima de monções, que é quente e muito chuvoso.
  As monções são um fenômeno típico da região sul e sudeste da Ásia, onde o clima é condicionado por massas de ar que ora viajam do interior do continente para a costa (monção continental), ora da costa para o continente (monção marítima).
   Predominam as florestas tropicais e a rede hidrográfica é muito rica. Os principais rios são o rio Song Cai (Red River ou Rio Vermelho), que corta a capital Hanói, ao norte, e o rio Mekong, ao sul, que é o rio mais importante da Indochina. Esse rio corta a maior cidade do país, Ho Chi Minh.
Rio Mekong no sul do Vietnã
  A parte norte é mais elevada, sob a influência das cadeias montanhosas formadoras do Himalaia do sul da China, onde se localiza o Fan Si Pan, cuja altitude é de 3.144 metros, sendo o ponto mais alto do país e de toda a Indochina.
Fan Si Pan - ponto culminante do Vietnã
  Em toda a sua fronteira oeste com o Laos e com o nordeste do Camboja, estende-se a Cordilheira Anamita, com altitudes chegando em torno dos 2.000 metros, servindo de divisor de águas entre o vale do rio Mekong, em território laosiano, e a bacia hidrográfica costeira do Mar da China Meridional.
Cordilheira Anamita no Vietnã
 ECONOMIA
  Entre os países do Sudeste Asiático, foi o Vietnã quem seguramente atingiu a independência política com maiores dificuldades e com altos custos sociais e ambientais. A região a norte do paralelo 17 obteve a independência da França em 1954 e organizou-se como República Democrática. O novo regime exerceu imediatamente um controle direto sobre a economia, nacionalizando as empresas industriais estrangeiras e implantando outras, especialmente nos setores de base.
Cabana e mercado sobre o rio Mekong no Vietnã
  Nos campos, depois das expropriações dos latifúndios, formaram-se primeiro cooperativas e, depois, empresas agrícolas estatais. A seguir, a República empreendeu, com a ajuda do governo soviético, uma guerra para alcançar a reunificação das províncias do Sul, que ainda eram colônias da França.
  Pelo menos até a segunda metade dos anos 1980, o desenvolvimento econômico do Vietnã se deu sem acelerações especiais. Nos campos, disponibilizaram-se globalmente, 500.000 hectares de terras abandonadas ou danificadas pela guerra; cultivaram-se mais de um milhão de novas terras; introduziram-se maquinarias e fertilizantes.
  A agricultura, já amplamente coletivizada, conseguiu superar as dificuldades subsequentes à guerra e alcançar os resultados positivos; a produção de arroz, distribuída por cerca de 90% das terras cultivadas, mostrou um crescimento notabilíssimo, a ponto que, pela primeira vez na história, o Vietnã - um país eminentemente agrícola - se tornou auto-suficiente quanto ao consumo interno de arroz, de que é também exportador e o 5º maior produtor mundial.
Cultivo de arroz no sistema de terraceamento no Vietnã
  Além da rizicultura, estão em expansão as culturas do milho, batata-doce, mandioca, hortaliças, frutas (ananás e cítricos), cana-de-açúcar, borracha, chá, café (cujo país é o segundo maior produtor mundial depois do Brasil), dentre outros.
  O norte do país é rico em antracito, linhito, carvão, minério de ferro, manganês, bauxita e titânio.
  Nos últimos anos, graças aos investimentos estrangeiros, principalmente de Hong Kong e Taiwan, o Vietnã, foi um dos países que mais cresceram no Sudeste Asiático, a ponto de se tornar um Novíssimo Tigre Asiático.
Trabalhadores em uma indústria de eletrônicos no Vietnã
ALGUNS DADOS SOBRE O VIETNÃ
NOME: República Socialista de Vietnã
CAPITAL: Hanói
Visão noturna do Lago Hoan Kiem em Hanói, capital do Vietnã
LÍNGUA OFICIAL: vietnamita
GOVERNO: Estado Unitário
INDEPENDÊNCIA: da França
Declarada: 2 de setembro de 1945
Reconhecida: 21 de julho de 1954GENTÍLICO: vietnamita, vietnamês, vietnamense, vietnamiano
LOCALIZAÇÃO: Península da Indochina
ÁREA: 331.212 km² (65º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 90.549.390 habitantes (14º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 273,38 hab./km² (29°)
MAIORES CIDADES: 
Cidade de Ho Chi Minh (Estimativa 2012): 7.987.453 habitantes
Cidade de Ho Chi Minh - maior cidade do Vietnã
Hanói (Estimativa 2012): 7.232.876 habitantes
Hanói - capital e segunda maior cidade do Vietnã
Haiphongh (Estimativa 2012): 2.132,876 habitantes
Haiphongh - terceira maior cidade do Vietnã
PIB (FMI - 2011): US$ 122,722 bilhões (58º)
IDH (ONU - 2011): 0,593 (128º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 74,2 anos (65º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 1,32% (98°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 24,26/mil (93°)

TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 28,8% (162°) 
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 94,0% (77°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 1.374 (139°) 
MOEDA: Dong
RELIGIÃO (2010): budismo (67%), catolicismo (8%), outras (25%). 
DIVISÃO: o Vietnã é dividido em 58 províncias e 5 cidades com estatuto de províncias. As 5 cidades com estatuto de província são: Can Tho, Cidade de Ho Chi Minh, Danang, Haiphong e Hanói. As 58 províncias são: An Giang, Bac Giang, Bac Kan, Bac Lieu, Bac Ninh, Ba Ria-Vung-Tau, Ben Tre, Binh Dinh, Binh Duong, Binh Phuoc, Binh Thuan, Ca Mau, Cao Bang, Dac Lac, Dak Nong, Dien Bien, Dong Nai, Dong Thap, Gia Lai, Ha Giang, Hai Duong, Ha Nam, Ha Tinh, Hau Giang, Hoa Binh, Hung Yen, Khan Hoa, Kien Giang, Kon Tum, Lai Chau,  Lam Dong, Lang Son,  Lao Cai, Long An, Nam Dinh, Nghe An, Ninh Binh, Ninh Thuan, Phu Tho, Phu Yen, Quang Binh, Quang Nam, Quang Ngai, Quang Ninh, Quang Tri, Soc Trang, Son La, Tay Ninh, Thai Binh, Thai Nguyen, Thanh Hoa, Thua Thien-Hue, Tien Giang, Tra Vinh, Tuyen Quang, Vinh Long, Vinh Phuc e Yen Bai.
Províncias do Vietnã
  As províncias estão agrupadas em 8 regiões. As regiões não possuem fins administrativos, apenas econômicos e estatísticos. As regiões são: Costa do Centro-Sul ou Nam Trung Bo (South Central Coast), Costa do Centro Norte ou Bac Trung Bo (North Central Coast), Delta do Rio Mekong ou Chau Tho Song Mekong (Mekong River Delta), Delta do Rio Vermelho ou Chiru Tho Song Hong (Red River Delta), Nordeste ou Dong Bac (Northeast), Noroeste ou Tay Bac (Northwest), Sudeste ou Dong Nom Bo (Southeast) e Terras Altas do Centro ou Tay Nguyen (Central Higlands).
Regiões do Vietnã
SRI LANKA
  O Sri Lanka, conhecido pela forma portuguesa de Ceilão, adotada pelo país até 1972, e chamado de Taprobana na Antiguidade, é um país insular asiático localizado ao largo da extremidade sul do Subcontinente Indiano. Tem costas para a Baía de Bengala a leste, Oceano Índico a sul e a oeste, e o Estreito de Palk a noroeste, que o separa da Índia.
História
  Os registros mais antigos da história do Sri Lanka datam do século VI a.C., quando o povo cingalês migrou para a ilha a partir de Bengala, no Subcontinente Indiano. Antes da invasão cingalesa, a ilha era ocupada pelo povo hoje conhecido como Vedas, de origem malaia. Ainda hoje, pessoas de origem Veda vivem na ilha do Ceilão.
  A crônica cingalesa de Mahavamsa relata a chegada de Vijaya, o primeiro rei cingalês, em 543 a.C. A crônica cingalesa (sinhala) é relacionada ao sânscrito, tal como ocorre com o hindi. O primeiro reino do Sri Lanka tinha sua capital em Anuradhapura. No século III a.C., os cingaleses se converteram ao budismo e a ilha se converteu em um centro de estudos e de trabalho missionário budista. Isto separou o Sri Lanka da cultura hindu do sul da Índia.
Stupa de Ruwanwelisaya na cidade santa de Anuradhapura
  Anuradhapura permaneceu como capital do reino cingalês até o século VIII, quando foi substituída por Polonnnaruwa.  Os tâmeis, do sul da Índia, começaram a chegar à ilha no início do século III e houve seguidas guerras entre os tâmeis e os cingaleses. Durante boa parte do primeiro milênio, a ilha foi controlada por vários príncipes de origem tâmil.
  O período áureo do reino do Sri Lanka ocorreu no século XII, quando o rei cingalês Prakrama Bahu derrotou os tâmeis, unificou a ilha sob o seu governo e invadiu a Índia e o atual Myanmar. No século XV, a ilha foi atacada pela China e, por trinta anos, os reis locais prestaram tributo ao imperador chinês.
  O Sri Lanka era conhecido dos gregos e dos romanos, que os chamavam de Taprobana. Depois da conquista do Oriente Médio pelos árabes, mercadores frequentemente visitavam a ilha, e existia uma comunidade árabe no Sri Lanka desde o século X. Os árabes conheciam a ilha como Serendib.
  Os primeiros europeus a visitarem o Sri Lanka foram os portugueses: Dom Lourenço de Almeida chegou à ilha em 1505 e encontrou-a dividida em sete reinos que guerreavam entre si e que seriam incapazes de derrotar um invasor. Os portugueses ocuparam, primeiro, a cidade de Kotte, mas, devido à insegurança do local, fundaram a cidade de Colombo em 1517 e, gradualmente, estenderam seu controle pelas áreas costeiras. Em 1592, os cingaleses mudaram sua capital para a cidade interior de Kandy, local mais seguro contra o ataque de invasores. Guerras intermitentes prosseguiram durante o século XVI.
Templo do Dente de Buda, na cidade santa de Kandy
  Muitos cingaleses se converteram ao cristianismo, porém a maioria budista odiava os portugueses, apoiando qualquer um que os enfrentasse. Em 1602, quando o capitão holandês Joris Spilberg chegou à ilha, o rei de Kandy pediu-lhe auxílio. Porém, somente em 1638 os holandeses atacaram pela primeira vez e, apenas em 1656, Colombo foi tomada. Por volta de 1660, os holandeses controlavam toda a ilha, exceto o reino de Kandy. Os holandeses perseguiram os católicos, porém, deixaram os budistas, os hindus e os muçulmanos professarem suas religiões. No entanto, cobravam impostos mais pesados que os portugueses. Como resultado do domínio holandês, mestiços de holandeses e cingaleses, conhecidos como burghers, existem até hoje no país; também existem, ainda hoje, muitas famílias com nomes de origem portuguesa.
Templo budista de Abhayagiri Dagaba em Anuradhapura
  Durante as guerras Napoleônicas, o Reino Unido, temendo que o controle da França sobre os Países Baixos fizesse com que o Sri Lanka passasse ao controle francês, ocuparam a ilha ( a qual chamavam de Ceylon) com pouca dificuldade, em 1796. Em 1802, a ilha foi, formalmente, cedida à Grã-Bretanha e tornou-se uma colônia real. Em 1815, Kandy foi ocupada, pondo fim à independência do reino do Sri Lanka. Um tratado em 1818 preservou a monarquia de Kandy, porém como dependência britânica.
  Os ingleses introduziram o cultivo do chá, café e borracha nas montanhas da ilha. Em meados do século XIX, o Ceilão já trouxera fortuna a uma pequena classe de plantadores de chá. Para trabalhar nas fazendas, os proprietários importaram grande quantidade de trabalhadores tâmeis do sul da Índia, que logo atingiram 10% da população.
Típica família tâmil
  Os britânicos, seguindo sua prática comum de "dividir para governar", favoreciam ora um grupo, ora outro, para fomentar a rivalidade. Também favoreceram os burghers e também alguns cingaleses de castas mais altas, fomentando divisões e inimizades que dura até os dias atuais. Os burghers receberam um certo grau de autogoverno no início de 1833. Somente em 1909 é que um desenvolvimento constitucional ocorreu, com uma assembleia parcialmente eleita. O sufrágil universal só foi introduzido em 1931 sob os protestos dos cingaleses, que rejeitavam o direito a voto para os tâmeis.
Movimento separatista
  No Sri Lanka há um forte movimento separatista representado pela minoria tâmil. Os tâmeis concentram-se principalmente na península de Jafna, norte do país.
  Um importante movimento guerrilheiro de origem tâmil vem lutando, desde 1983, contra o exército do Sri Lanka, obtendo significativas vitórias na parte norte da ilha. Esse fato - juntamente com a atuação da Índia, favorável ao separatismo tâmil - vem provocando no governo do Sri Lanka uma disposição de negociar e conceder a autonomia a esse povo, criando assim a pátria tâmil.
Mapa do Sri Lanka mostrando o território reclamado pelos Tigres Tâmeis como o Râmil Eelam (verde) e o território controlado pelos guerrilheiros (amarelo).
Geografia
  A ilha possui uma área de 65.610 km², e se situa entre as latitudes 6º e 10º N, e as longitudes de 80º e 82º E. Seu comprimento máximo é de 432 km e sua largura é de 224 km. Fica a 880 km ao norte da linha do Equador.
  O ponto culminante do país é o monte Pidurutalagala, com aproximadamente 2.520 metros.
Monte Pidurutalagala
  O clima é predominantemente tropical, com temperatura média de 27ºC nas regiões baixas. Nas montanhas centrais a média é de aproximadamente 14ºC. Entre maio e julho as monções trazem chuvas para as regiões Ocidental, Sul e Central; em dezembro e janeiro ocorrem as monções de nordeste, que fazem chover no Norte e no Leste do país.
Economia
  O regime de livre imprensa coexiste no Sri Lanka com uma forte intervenção estatal em muitos setores econômicos. Cerca de metade da força de trabalho ocupa-se na agricultura, que é responsável por quase 20% do Produto Nacional Bruto (PNB). Um terço da superfície da ilha é arável. Depois da reforma agrária, boa parte das culturas de exportação, como a borracha e o chá, passou a ser produzida em pequenas propriedades, assim como o arroz, que não atende à demanda interna. O chá, principal produto de exportação, é cultivado nos maciços centrais, enquanto as seringueiras e os coqueiros situam-se em terrenos baixos.
  A indústria, que emprega 10% da população economicamente ativa (PEA), concentra-se nas principais cidades. Destacam-se os setores alimentício, têxtil, de cerâmica, derivados de petróleo, fertilizantes e cimento. As empresas mais importantes do país são de propriedade estatal. Ao norte de Colombo, um polo industrial tenta atrair investimentos estrangeiros por meio da isenção de impostos. A maior parte da energia produzida no país provêm das hidrelétricas. O setor de serviços emprega um terço da força de trabalho.
  Em 1979, o governo permitiu que bancos financeiros abrissem filiais no país, objetivando pomover o Sri Lanka como um centro financeiro do sul da Ásia.
O chá é o principal produto de exportação do Sri Lanka
  Até o início dos anos 1990, o Sri Lanka era o maior exportador mundial de chá, porém a guerra civil promovido pela luta do povo tâmil em obter a independência, fez com que os investimentos em seu cultivo - na maior parte financiados por companhias britânicas - declinassem ano a ano. O turismo, apesar de figurar como uma importante fonte de renda, também sofreu com o conflito.
ALGUNS DADOS SOBRE O SRI LANKA
NOME: República Democrática Socialista do Sri Lanka
CAPITAL: Kotte
Kotte - capital do Sri Lanka
LÍNGUA OFICIAL: cingalês e tâmil
GOVERNO: República Semipresidencialista
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido em 4 de fevereiro de 1948
República: 22 de maio de 1972
GENTÍLICO: cingalês
LOCALIZAÇÃO: Sul da Ásia
ÁREA: 65.610 km² (119º)
POPULAÇÃO (ONU - 2011): 21.283.913 habitantes (56º)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 324,40 hab./km² (21°)
MAIORES CIDADES: 
Colombo (Estimativa 2012): 786.876 habitantes
Colombo - maior cidade do Sri Lanka
Dehiwala-Mont Lavinia (Estimativa 2012): 345.213 habitantes
Dehiwala-Mont Lavinia - segunda maior cidade do Sri Lanka
Moratuwa (Estimativa 2012): 276.542 habitantes
Moratuwa - terceira maior cidade do Sri Lanka
PIB (FMI - 2011): US$ 59,095 bilhões (69º) 
IDH (ONU - 2011): 0,691 (97º)
EXPECTATIVA DE VIDA (ONU - 2005/2010): 72,4 anos (91º)
CRESCIMENTO VEGETATIVO: 0,47% (166°)
MORTALIDADE INFANTIL (ONU - 2005/2010): 15,76/mil (70°)

TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA WORLD FACTBOOK - 2008): 15,7% (188°)
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (PNUD - 2009/2010): 91,2% (88°) 
PIB PER CAPITA (FMI - 2011): U$ 2.877 (122°) 
MOEDA:  Rúpia Ceilandesa
RELIGIÃO (2010): budismo (69%), hinduísmo (15%), islamismo (8%), cristianismo (8%).
DIVISÃO: o Sri Lanka está dividido em 8 províncias. Cada província é administrada por um conselho provincial eleito. As províncias, com as respectivas capitais (entre parênteses), são: Central (Kandy), Centro-Norte (Anuradhapura), Noroeste (Kurunegala), Sabaragamuwa (Ratnapura), Sul (Galle), Uva (Badulla), Oeste (Colombo) e Nordeste (Trincomalee). A província Nordeste pode ser dividida em duas: Este (Trincomalee) e Norte (Jaffna).
 FONTE: Adas, Melhem. Geografia / Melhem Adas. - 5. ed. - São Paulo: Moderna, 2006

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