terça-feira, 22 de agosto de 2017

O ARCO DO DESFLORESTAMENTO DA AMAZÔNIA

  A região amazônica contém cerca de um terço das florestas tropicais de todo o planeta, abrigando nada menos que metade de toda a biodiversidade mundial. Ela é responsável por manter o equilíbrio climático e ecológico, além de oferecer abrigo e alimento para uma enorme variedade de animais e pessoas. Apesar de sua importância, a Floresta Amazônica é constantemente ameaçada pela ação do desmatamento.
  Entre as causas históricas do desmatamento na Amazônia, podemos destacar a expansão urbana, a exploração madeireira e a expansão da fronteira agropecuária. Calcula-se que, desde a década de 1960 até os dias atuais, foram desmatados em torno de 700.000 km² da Amazônia, cerca de 18% de sua cobertura vegetal. Isso corresponde a uma área equivalente à dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará juntos.
Mapa do desmatamento na Amazônia
   A devastação da Floresta Amazônica não tem ocorrido com a mesma intensidade em todas as áreas da região. Ela ocorre mais intensamente nas áreas de expansão da fronteira econômica e demográfica que se desloca do Centro-Sul em direção à Amazônia.
  Desse modo, a devastação segue certa distribuição geográfica, estendendo-se pela área conhecida como "arco do desflorestamento". Esse arco estende-se desde o Maranhão, passando por Pará e Tocantins, norte de Mato Grosso, Rondônia e chegando ao Acre.
Em rosa, a área do Arco do Desmatamento da Amazônia
  A devastação acompanha, de maneira geral, os projetos de ocupação implantado pelo governo federal na região. No Tocantins e no Maranhão, a devastação é mais intensa ao longo da rodovia Belém-Brasília; no Pará, nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, do Projeto Grande Carajás e na região da cidade de Paragominas, onde foram implantados vários projetos agropecuários; no norte do Mato Grosso, ocorre principalmente nas áreas ocupadas pela expansão da monocultura da soja e da pecuária extensiva; estende-se até Rondônia, ao longo da rodovia Cuiabá-Porto Velho, e alcança os arredores de Rio Branco, capital do Acre.
  Na Amazônia Legal, o desmatamento é bastante intenso nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Pará, formando a área que se denomina arco do desmatamento.
  Nos últimos anos, a abertura de pastagens para a pecuária na Amazônia é responsável por 75% das áreas desmatadas, muito delas de forma ilegal.
Imagem de satélite que mostra queimada e desmatamento em Rondônia
  O desmatamento da Amazônia é preocupante devido aos danos ambientais que provoca como a extinção de espécies vegetais  e animais, a erosão do solo, o assoreamento dos rios e a emissão de gases de efeito estufa.
  A devastação também afeta a precipitação, diminuindo a quantidade de chuvas e o volume dos rios. Calcula-se que o processo de evapotranspiração na Amazônia é responsável por mais de 50% da chuva que ocorre nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Com a cessação da evapotranspiração, países mais distantes também seriam afetados, causando prejuízos para a agricultura e para a produção de alimentos.
O desmatamento é a principal causa das constantes secas que a região da Amazônia vem enfrentando nos últimos anos
  As intervenções humanas na Amazônia, como em qualquer meio natural, não podem ser realizadas de forma irresponsável e predatória; é preciso planejá-las. Há também a necessidade de os governos estaduais e federal resolverem a questão da posse da terra entre os vários protagonistas sociais. Especialistas sugerem como solução para a exploração econômica da região a implantação do desenvolvimento sustentável. E para minimizar os conflitos sociais, apontam a urgência da aplicação de uma política fundiária ou de terras que contemple democraticamente todos os envolvidos na questão.
O desenvolvimento sustentável é uma das soluções para preservar a Floresta Amazônica
  Para muitos especialistas em ecologia e biologia, as rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, foram o berço da criação do arco do desmatamento da Amazônia. O sucesso de ambas as estradas deram vida à construção de mais rodovias, que tiveram um maior povoamento por sua extensão, o que acarretou no desmatamento de inúmeras regiões de diferentes estados.
  Nos últimos anos, os satélites da NASA (Agência Espacial Norte-Americana) constataram que a agricultura mecanizada é responsável por desflorestar a Amazônia com bastante agressividade. Como resultado disso, a região sofre com alterações no solo, mudanças climáticas e perda da biodiversidade.
Imagem de satélite da NASA na região da Amazônia
  A gradual transformação da paisagem amazônica, ocasionada pelo avanço da fronteira econômica, produziu uma extensa mancha com cobertura florestal em franco declínio em forma de arco, facilmente visualizável em imagens de satélites. No final dos anos 1990, essa área - foco prioritário das políticas de combate ao desmatamento - passou a ser identificada como o "arco do desmatamento".
  Atualmente, esse arco corresponde ao território de 256 municípios, onde a expansão do corte de florestas tem sido observada de forma mais intensa. Nessa área se concentra aproximadamente 75% do desmatamento bruto de toda a Amazônia brasileira. É também chamado de "arco do povoamento adensado" por alguns autores, uma vez que a conotação do nome pelo qual ficou mais conhecido é evidentemente negativa.
A expansão de áreas de pastagens é um dos fatores que contribuem para aumentar a área do "arco do desmatamento" na Amazônia
  O cultivo da soja é o principal responsável pelo desmatamento da região. As grandes empresas ocupam espaços no campo antes ocupado por culturas familiares diversificadas e pela floresta, reduzindo o emprego no campo e a capacidade de produção de alimentos tradicionais, comprometendo a segurança alimentar da população, além da extinção de espécies vegetais e animais.
O desmatamento na Amazônia ameaça muitas espécies de rãs de árvore, que são muito sensíveis às mudanças ambientais
REFERÊNCIA: Valquíria, Garcia Pires
Projeto Mosaico: geografia /ensino fundamental / Valquíria Pires Garcia, Beluce Bellucci. - 1. ed. - São Paulo: Scipione, 2015.

domingo, 23 de julho de 2017

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO E AS IMPLICAÇÕES NOS COMPARTIMENTOS GEOMORFOLÓGICOS

  A Geomorfologia contribui com os estudos geográficos para entender as formas atuais do relevo terrestre, investigando a atuação dos agentes endógenos (tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos) e os exógenos (águas correntes, ventos, geleiras) no modelado. A Geomorfologia não vem apenas explicar as morfologias (formas) e a fisiologia (função) do relevo. Na atualidade, ela ganha um enfoque incorporando em seus estudos o movimento histórico da sociedade.
Rio Colorado (EUA) - um exemplo da atuação dos agentes exógenos modificadores do relevo
  O enfoque geomorfológico nos estudos geográficos atuais está adquirindo grande relevância na área de planejamento ambiental, referente à implantação de aterros sanitários, instalação de estação de tratamento de esgoto, estudos sobre ocupação de áreas de risco, entre outros. Esta importância é adquirida principalmente por causa de inserção dos fatores sociais na análise do relevo.
Um aterro sanitário deve seguir regras rígidas ambientais, para evitar o descontrole, como na foto acima
  Quando o homem apropria-se do relevo, inicia-se uma aceleração dos processos geomorfológicos, alterando o equilíbrio dinâmico natural e provocando impactos no ambiente. São as relações política e econômicas que implicam diretamente na apropriação e ocupação do relevo e por meio destes é que teremos as mais diferentes manifestações de impactos. Este quadro só se tornou mais expressivo com a intensificação da urbanização, no contexto das transformações no modo capitalista de produção. A cidade é um local propício para a ampliação das relações capitalistas e, neste contexto, os estudos do relevo ganham uma nova abordagem, cujo enfoque passa a ser as relações econômicas, políticas, culturais e sociais.
Ocupação em área de risco - é uma economia que pode trazer uma grande dor de cabeça para os seus ocupantes 
  Ao estudar o relevo no ambiente urbano, deparamos com uma paisagem construída e marcada por dinâmicas envolvendo a sociedade e a natureza ao longo de um tempo histórico. Nesta perspectiva, os estudos da morfogênese e da morfodinâmica ganham um novo ritmo em um tempo histórico, no qual os processos são acelerados dando origem a novas formações geomorfológicas (relevo tecnogênicos). As áreas urbanas são reflexos desses acontecimentos e os estudos envolvendo o relevo e a cidade tornam-se relevantes. [...]
Cidade do Rio de Janeiro - RJ
  Para se compreender estas formas torna-se necessário uma análise empírica da morfologia do relevo, que foi moldado pelas dinâmicas sociedade e natureza. É por meio do estudo da paisagem que as marcas do presente são observadas contribuindo no entendimento da construção do espaço. Essa análise empírica realiza-se com levantamento histórico da ocupação do relevo, com a investigação a campo envolvendo as observações dos compartimentos geomorfológicos, incluindo procedimentos como entrevistas, por exemplo. Estes princípios ajudam a desenvolver um estudo da paisagem, no qual se resgata o passado para entender as marcas e a configuração do espaço no presente. [...]
Monte do Galo, em Carnaúba dos Dantas - RN
  A título de exemplo, pode-se citar a construção de grandes obras de engenharia, tais como a construção de rodovias, no qual o relevo é modelado com cortes (taludes) criando novas formas, novos usos e novas dinâmicas. Outro exemplo refere-se à canalização de rios, que passam a escoar por meio de tubos e canais, alterando não só a dinâmica natural, como também a social. A sociedade idealiza e concretiza seus pensamentos por meio da produção que deixam marcas na paisagem. Na tentativa de aproximação desta discussão com a Geomorfologia, a produção se materializa amparada também no relevo. Neste contexto, a cidade é o resultado da dinâmica social por meio da produção que abrange também a dinâmica ambiental.
Trecho de serra da Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo
  A urbanização constitui-se no processo e, por meio dele, é possível analisar a dinâmica da sociedade interferindo diretamente ou indiretamente na esculturação do relevo. Isso decorre das decisões tomadas pela sociedade, a exemplo quando os compartimentos geomorfológicos são apropriados recebendo diferentes finalidades. Esta interferência ocorre pelo fato de que os agentes de produção do espaço apropriam-se dos compartimentos geomorfológicos destinados às diversas funções (seja residencial, comercial, lazer, etc.).
Área urbanizada na Baixada Santista
FONTE: PEDRO, Leda Correia. Ambiente e apropriação dos compartimentos geomorfológicos do Conjunto Habitacional Jardim Humberto Salvador e Condomínio Fechado Damha.
Presidente Prudente: Universidade Estadual Paulista, 2008. pp. 31 a 35.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

O PAN-ARABISMO

  O Pan-arabismo foi uma corrente que aglutinou forças de oposição aos governos de países árabes que eram controlados pelas potências europeias. Essa corrente surgiu no contexto da crise do sistema colonial, a partir da junção das forças de resistência ao nazismo no Marrocos, na Líbia, na Tunísia, no Egito e no Sudão, com os grupos anticolonialistas da Arábia Saudita, do Iêmen, do Iraque, da Jordânia, do Líbano e da Síria.
Mapa com os países que aderiram ao Pan-arabismo
  Esse movimento reuniu países de língua e da civilização árabe numa grande comunidade de interesses. Foi um movimento para a unificação entre entre as populações e nações árabes do Oriente Médio e do Norte da África e que possui estreita vinculação com o nacionalismo árabe. O movimento era baseado em princípios nacionalistas, seculares e estatizantes, opondo-se ao colonialismo e à política ocidental de envolvimento do mundo árabe.
  As origens do Pan-arabismo podem ser encontradas desde o início da História Contemporânea do Oriente Médio, com o desmembramento do Império Otomano ao final da Primeira Guerra Mundial. Após a criação da Liga Árabe, em 1945, e do surgimento do Nasserismo - movimento político populista, laico, modernizador e vagamente "socialista" -, o movimento ganhou força.
  Com a conquista do poder na Síria, em 1961, e no Iraque, em 1963, o Partido Baas (Partido Pan-Árabe Socialista) - partido reformista, modernizador e pan-árabe - passa a pregar a unificação dos Estados árabes, competindo com o Nasserismo e suplantando como um alternativa mais consistente na luta pelo Pan-arabismo, tanto em termos ideológicos como pragmáticos.
Países árabes e de maioria religiosa islâmica
  O presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser era o principal articulador do chamado pan-arabismo, e propunha a união de todos os países de maioria árabe-muçulmana como forma de fortalecer a cultura e a causa islâmica frente ao mundo Ocidental. Em função da identificação do Egito com o Islã, o país estava mais próximo do Oriente Médio, do ponto de vista cultural e político, do que dos países da África. Nasser lutava também contra os interesses estrangeiros no Egito e a descolonização da África por parte das potências europeias.
Gamal Abdel Nasser (1918-1970)
  Durante a Segunda Guerra Mundial, os líderes árabes passaram a discutir a formação de uma instituição que congregasse as forças e os interesses das mais diferentes populações árabes. Ao final da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Liga Árabe, que tinha como destaque primordial as gigantescas diferenças entre os objetivos de cada um de seus membros, e isso foi a grande característica do movimento pan-arábico: as eternas diferenças de objetivos entre os países e seus líderes.
Riade - capital da Arábia Saudita
  Dois fatores contribuíram bastante para a consolidação do pan-arabismo: a criação do Estado de Israel, em 1948, e a derrota dos países da Liga Árabe na tentativa de destruir o recém- criado país. A derrota uniu, em parte, os árabes num sentimento de revanche contra Israel.
  A implantação da Guerra Fria entre soviéticos e norte-americanos levou os árabes a adotar um certo sentimento terceiro-mundista que preconizava independência de ação ideal para com os Estados Unidos e com a União Soviética.
Damasco - capital da Síria
  Dentro do contexto da Guerra Fria, o pan-arabismo passa a valorizar a independência do Terceiro Mundo e o movimento anti-sionista (Israel), surgindo daí, o mais importante líder do movimento: Gamal Abdel Nasser, que havia liderado, em 1952, uma revolta contra o rei Faruk - que acabou abdicando do trono. Nasser ganhou notoriedade mundial ao nacionalizar o Canal de Suez, que até então estava sob o domínio internacional (principalmente britânico) e utilizar os lucros oriundos da travessia do canal para a construção da Barragem de Assuã. Essa decisão fez com que Nasser submergisse do conflito como o maior porta-voz do mundo árabe, tanto nas relações com os Estados Unidos, Europa e ONU, quanto no conflito com Israel.
Represa de Assuã, no Egito
  Uma das consequências dessa fase de auge do pan-arabismo foi o interesse árabe em redefinir as cláusulas estabelecidas com as empresas estrangeiras de exploração de petróleo. Essa discussão levou à criação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 1960, e da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP), em 1968, bem como a finalização do Acordo de Teerã, em 1971. O conjunto dessas medidas redefiniu as relações entre produtores, exportadores e consumidores de petróleo.
Teerã - capital do Irã
  Com a morte de Nasser, em 1970, o movimento enfraqueceu, tendo ressurgido - porém de forma tímida -, no início da década de 1990, com o presidente iraquiano, Saddam Hussein, que se declarava como grande líder do mundo árabe contra as potências capitalistas ocidentais e Israel.
  A Guerra do Golfo (1990-1991), não só colocou Saddam Hussein como "grande inimigo" do Ocidente, como também fez com que o próprio mundo árabe acabasse por ficar na defensiva, fato este verificado pelos cinco anos seguintes à Guerra do Golfo, em que os membros da Liga Árabe não se reuniram.
Bagdá - capital do Iraque
  A ascensão de Anuar Sadat no Egito, colocou o país numa trilha de aproximação com Israel e com o Ocidente, em especial os Estados Unidos. Como resultado dessa aproximação, foi assinado o Acordo de Camp David, em 1978, e que selou a paz entre Israel e Egito, sob a batuta do governo norte-americano. Esse posicionamento egípcio acabou isolando o país africano dos demais países árabes, que não aceitaram a política de aproximação egípcia com o Ocidente.
  Atualmente, pouco restou das tentativas de unificação árabe. Hoje, há muito mais a intenção de cooperação do que propriamente integração ou união árabe.
Cairo - capital do Egito
FONTE: Terra Lygia
Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul Borges Guimarães - 2. ed. - São Paulo: Moderna, 2013.

terça-feira, 30 de maio de 2017

QUÊNIA: O PAÍS DOS MARATONISTAS

  Quênia é um país da África Oriental, limitado ao norte pelo Sudão do Sul e pela Etiópia, a leste pela Somália, sudeste pelo Oceano Índico, a sul pela Tanzânia e a oeste por Uganda. O país situa-se na linha do Equador. Seu nome origina-se do Monte Quênia, seu ponto geográfico mais elevado e a segunda montanha mais alta da África.
  A região dos Grandes Lagos Africanos, do qual o Quênia faz parte, tem sido habitada por humanos desde o período Paleolítico Inferior. A expansão Bantu chegou à área da África Ocidental-Central no primeiro milênio antes de Cristo, e as fronteiras do Estado moderno do Quênia compreende áreas do continente etno-linguístico de línguas nígero-congolesas, nilo-saarianas e afro-asiáticas, tornando o Quênia um país multicultural.
  A presença europeia em Mombaça remonta ao início do período moderno, mas a exploração europeia no interior do país iniciou-se apenas no século XIX. O Império Britânico estabeleceu o protetorado da África Oriental Britânica em 1895, conhecida desde 1920 como Colônia Quênia.
Localização do Quênia no mapa do continente africano
GEOGRAFIA
  O Quênia está situado na África Oriental, tendo fronteiras ao norte com a Etiópia e com o Sudão do Sul, a leste com a Somália, a oeste com Uganda, ao sul com a Tanzânia e a sudeste é banhado pelo oceano Índico.
  A parte ocidental do país compreende ao sistema de depressões do Vale do Rift, que deu origem aos Grandes Lagos Africanos, sendo banhado por dois dos maiores lagos da África: o Vitória e o Turkana. As falhas do Rift são rodeadas por montanhas, algumas das quais de origem vulcânica, que atingem o ponto mais elevado do país, o Monte Quênia, com 5.199 metros de altitude. A leste e a sul o relevo suaviza-se, principalmente na fronteira com a Somália, onde se estende uma grande planície.
Monte Quênia - ponto mais elevado do país
  O clima do país varia de tropical ao longo da costa a temperado no interior e árido no norte e nordeste. A época de chuvas de "longa duração" ocorre principalmente entre os meses de março a junho. A temporada de chuvas de "curta duração" ocorre entre outubro e dezembro. A precipitação é, por vezes, intensa, e muitas vezes cai na parte da tarde e da noite. A temperatura é elevada ao longo do período de chuvas, sendo de fevereiro à março o período mais quente e julho até meados de agosto os meses mais frios.
Parque Nacional Masai Mara
  O Quênia tem vastas reservas de vida selvagem, como o Masai Mara, onde o gnu-azul e outros bovídeos participam de uma migração anual de grande escala. Os animais de caça, conhecidos como "Big-Five" - leão, leopardo, búfalo, rinoceronte e elefante - são encontrados no Quênia, especialmente no parque Masai Mara. Uma população significativa de outros animais selvagens, como répteis e pássaros, também são encontradas nos parques nacionais e nas reservas de caça do país.
  A migração de animais ocorre anualmente entre julho e setembro, com milhões de animais que participam, atraindo turistas do mundo inteiro. Cerca de dois milhões de gnus migram por uma distância de 2.900 quilômetros do Serengeti, na Tanzânia, até o Masai Mara em busca de comida e água. Esta migração é um espetáculo natural que está incluído entre as Sete Maravilhas do Mundo.
Comunidade rural no Quênia
  O Quênia possui vários parques de preservação ambiental, como o Monte Kulal. O Monte Kulal é um vulcão que está situado no lado leste e extremo sul do lago Turkana, no Quênia. Declarado Reserva da Biosfera Mundial pela Unesco, em 1978, é dividido em duas áreas, contando com um grande desfiladeiro, resultado de uma cratera vulcânica íngreme, que desabou há milhares de anos. A altitude do monte é de 2.285 metros.
Monte Kulal
  A montanha é coberta por florestas, mas conta com grande diversidade de paisagens e habitats, incluindo águas salobra e termal, deserto de sal, dunas de areia e cursos de água sazonais.
  O lugar é caracterizado por muita neblina e chuva. No período noturno, a temperatura fica em torno dos 10 ºC e a umidade relativa do ar fica em torno de 90%. Durante o dia, a temperatura atinge 32 ºC e a umidade relativa do ar é de cerca de apenas 22%.
Paisagem da Reserva do Monte Kulal
  Com uma área de 1.510 km², o parque Masai Mara não é o maior do Quênia, mas é o mais famoso. O parque está situado na Vale do Rift, que vai desde o Mar Mediterrâneo até a África do Sul. A reserva é coberta principalmente por pastagens, com bosques de acácias na região sudeste. Na fronteira ocidental encontram-se as escarpas, onde se concentra a vida selvagem do parque, graças ao terreno pantanoso, que oferece uma abundância de água e a interferência turística é mínima.
Migração de gnus no parque Masai Mara
  As planícies do Masai Mara são famosas devido à presença de leões e de outros animais de grande porte, como leopardos, elefantes, búfalos, rinocerontes, hipopótamos e crocodilos-do-nilo.
  Os gnus são os habitantes dominantes nos campos do Masai Mara e seu número é estimado em milhões de animais. Outros antílopes numerosos encontrados no parque são as gazelas-de-grant, os impalas, os topis e os búbalus. Grandes manadas de zebras também são encontradas no parque, além da girafa-masai.
Parque Masai Mara
  O Parque Nacional de Amboseli está situado no distrito de Kaijado, na província do Vale do Rift. Possui uma área de 39.206 hectares e situa-se no centro de um ecossistema de 8.000 km², se estendendo na fronteira do Quênia e a Tanzânia. O parque protege dois dos cinco principais pântanos e inclui um lago seco que data do Pleistoceno e a vegetação semiárida.
  Situado a cerca de 140 quilômetros a sul de Nairóbi, o Parque Nacional de Amboseli é o segundo parque mais popular do Quênia.
Elefantes no Parque Nacional de Amboseli, com o Monte Quilimanjaro ao fundo
  Os kayas das Florestas Sagradas dos Mijikenda são um Patrimônio Mundial da Unesco. Consiste em onze florestas situadas a mais de 200 quilômetros ao longo da costa do Quênia e contêm vestígios de numerosas vilas fortificadas conhecidas como kayas, feitos pelo povo Mijikenda. Os kayas foram criados no século XVI, mas abandonadas em 1940. Atualmente, são considerados os domicílios dos antepassados e venerados como locais sagrados e, como tal, mantidos por conselhos de anciões. O local é testemunha única da cultura e tradição de quem viveu ali.
Kayas das Florestas Sagradas dos Mijikendas - Quênia
  O Parque Nacional de Nairóbi foi estabelecido em 1946, e foi o primeiro parque a ser oficializado no país. Está localizado há aproximadamente 7 quilômetros ao sul do centro de Nairóbi, com uma cerca elétrica que separa a vida selvagem do parque a partir da metrópole. A proximidade dos ambientes urbanos e naturais tem causado conflitos entre os animais e os habitantes e ameaça as rotas de migração dos animais.
  O Parque Nacional de Nairóbi possui uma grande e variada população de animais silvestres. Herbívoros se reúnem no parque durante a estação seca e o local é um dos santuários de rinocerontes mais bem sucedidos do país.
Animais pastando no Parque Nacional de Nairóbi
  O Parque Nacional e Floresta Natural do Monte Quênia foi fundado em 1949, e protege a área ao redor do Monte Quênia. O parque foi reconhecido como Reserva da Biosfera em 1978 e, em conjunto com a Floresta Nacional, ocupam uma área protegida de 142 mil hectares.
Parque Nacional e Floresta Natural do Monte Quênia
  O parque é um paraíso botânico, com grande variação de flora, além de ser o lar de uma grande variedade de vida selvagem, incluindo algumas espécies únicas de macacos, colobus, baualas, elefantes, babuínos-anubis, cob-untuosos, rinocerontes-negros, leopardos, hienas, bongos e, em altitudes elevadas podem ser encontrados zebras e elandes.
Vídeo sobre a vida selvagem no Quênia
HISTÓRIA
  Fósseis encontrados no Quênia sugerem que os primatas percorriam a região há mais de 20 milhões de anos. Recentes descobertas perto do Lago Turkana indicam que hominídeos, como o Homo habilis e o Homo erectus são possíveis ancestrais diretos do Homo sapiens moderno, e viveram no Quênia durante o Pleistoceno.
  Documentos históricos mais antigos sobre a área que hoje faz parte do território do Quênia, mostram que, pelo menos desde o século VIII da era cristã, os árabes se estabeleceram na região. A costa queniana acolheu comunidades de ferreiros, agricultores de subsistência, caçadores e pescadores bantus que comercializavam com países estrangeiros.
  Os árabes do sul da Arábia colonizaram o litoral e estabeleceram muitas novas cidades-Estados autônomas, incluindo Mombasa, Malindi e Zanzibar. Eles também introduziram o islamismo na região. Essa mistura de culturas deixou uma influência árabe notável sobre a cultura e o idioma bantu suaíli da costa.
Nakuru - com uma população de 373.283 habitantes (estimativa 2017) é a quarta maior cidade do Quênia
  Os suaílis construíram Mombasa como uma grande cidade portuária e estabeleceram laços comerciais com outras cidades-Estados próximas, bem como centros comerciais na Pérsia, Arábia e até mesmo na Índia.
  No século XVII, holandeses e ingleses empreenderam o comércio na região. Os primeiros europeus a explorarem o interior do Quênia foram os alemães Johann Ludwig Krafp e Johannes Rebmann, missionários que se estabeleceram em Rabai, no território da tribo manyika, em 1848.
  Na Conferência de Berlim, em 1885, onde se delimitaram as áreas de influência das potências europeias, o Quênia foi entregue ao Reino Unido, que o confiou em regime de monopólio à Companhia Imperial da África Oriental Britânica. Em 1887, a companhia comercial assegurou o arrendamento da faixa costeira, cedida pelo sultão de Zanzibar.
Eldoret - com uma população de 350.728 habitantes (estimativa 2017) é a quinta maior cidade do Quênia
  Durante a década de 1920, houve uma considerável imigração proveniente da Grã-Bretanha. Nas duas décadas que precederam a Segunda Guerra Mundial, os europeus monopolizaram as melhores terras cultiváveis, e teve início um confronto político entre britânicos e indianos, que se consideravam insuficientemente representados nos órgãos de governo da colônia. A Associação Central de Kikuyu, fundada em 1921 e reformulada em 1925, também passou a exigir sua participação no poder.
  Em 1925, Jomo Kenyatta liderou um movimento nacionalista, que exigiu a restituição das terras aos Kikuyus, e pregava a redistribuição das terras da colônia.
Kehancha - com uma população de 310.376 habitantes (estimativa 2017) é a sexta maior cidade do Quênia
Independência
  A luta pela emancipação do Quênia foi marcada por conflitos entre os grupos favoráveis à independência e a reduzida população branca, que detinha 25% das terras férteis do país. O mais conhecido desses conflitos foi a Revolta dos Mau-Mau, entre 1952 e 1963. Os Mau-Mau eram um grupo político que lutava contra o domínio britânico na região.
  Em dezembro de 1963, o Quênia tornou-se Estado independente, membro da Comunidade Britânica (Commonwealth) e constituiu-se em república no ano seguinte, sob a presidência do carismático Kenyatta, o qual foi reeleito em 1969 e em 1974. O governo Kenyatta foi moderado, pró-ocidental e progressista. Até o final da década de 1960, o Quênia era, na prática, um Estado de partido único. Um grande número de investidores estrangeiros instalou-se no país; o turismo se expandiu e tornou-se a mais importante fonte de divisas do país.
  Após a morte de Kenyatta, em 1978, assumiu o poder Daniel Arap Moi, único candidato à presidência nas eleições do ano seguinte.
Jomo Kenyatta (1892-1978)
  A queniana Wangari Maathai (1940-2011) tornou-se a primeira mulher africana a ganhar o Prêmio Nobel da Paz. Bióloga, professora universitária e ativista do meio ambiente, Wangari criou o Movimento Cinturão Verde na década de 1970, que plantou cerca de 30 milhões de árvores no Quênia. Além disso, combateu o antigo regime opressivo de seu país. Seus principais objetivos eram preservar a biodiversidade no Quênia, criar empregos em áreas rurais e combater o desmatamento no país.
Wangari Maathai
  No mandato do primeiro presidente Jomo Kenyatta (1963-1978), foi instituído o regime de partido único, mantido por seu sucessor, Daniel Arap Moi (1978-2002).
  Nas eleições de 2002, venceu o candidato da oposição, Mwai Kibaki, reeleito para um segundo mandato de cinco anos.
  Em 2010, os quenianos reformaram sua Constituição, reduzindo os poderes do presidente e reconhecendo a igualdade de direito à terra entre homens e mulheres.
Ruiru - com uma população de 289.495 habitantes (estimativa 2017) é a sétima maior cidade do Quênia
CULTURA
  No Quênia, quando algum feriado cai no domingo, ele também é comemorado na segunda-feira. No dia 6 de novembro de 2008, o então presidente queniano, Mwai Kibaki, declarou o dia como feriado nacional no país, em comemoração à vitória de Barak Obama, filho de um queniano, nas eleições presidenciais norte-americana.
  O Quênia tornou-se mais conhecido através da visão que Karen Blixen deixou no seu livro "África Minha" que, mais tarde, seria adaptado ao cinema por Sydney Pollack, com Meryl Streep.
  Por direito próprio, o Quênia tem uma cultura predominantemente popular e multifacetada em virtude do número extraordinário de tribos diferentes, como os masai, os cambas, os pokots, os quicuios e os calenjins, fazendo do país uma nação megadiversa e cosmopolita.
Mulheres da tribo Pokot
  Os Masai, a tribo mais representativa do país, vive como os seus ancestrais viviam há mais de mil anos, alheio às mudanças e evolução, sendo uma das civilizações mais impressionantes do mundo.
  Outra cultura bastante importante no Quênia é a dos Luo, que está localizada na área do Lago Vitória. É uma tribo que vive da pesca e da agricultura e têm uma forte ligação com seus antepassados. Os Kalenjin, que vive no noroeste do país, os Kikuyus e os Meru, são tribos que foram mais socializadas com as mudanças da sociedade.
Habitantes do Quênia
  No esporte, o Quênia se destaca na resistência de seus atletas, onde sempre são favoritos nas diversas maratonas que disputam no mundo todo.
  Mas por que os quenianos são bastante resistentes nas maratonas de média e longa distância? Dentre as supostas respostas está a de que, determinados, os quenianos acordam antes do sol nascer para dar início a um intenso treinamento. Sozinhos ou em dupla, no asfalto ou na terra batida, eles treinam com bastante garra.
  Diversas regiões do Quênia, como os vilarejos de Bugar, são conhecidas por fabricarem medalhistas de ouro nas provas de longa distância. São lugares pequenos e isolados, mas que possuem capacidade de produzir atletas natos.
Paul Tergat - com cinco títulos é o maior vencedor da Maratona Internacional de São Silvestre
  A vida de corredor para os quenianos inicia desde cedo, ainda na época da escola. Vivendo longe das escolas, elas precisam andar pelo chão duro, vencendo os quilômetros que separam suas casas da escola. Para muitos quenianos, estudar é como ganhar uma maratona todos os dias.
  Outra coisa que pode explicar também o boom de atletas quenianos é a oportunidade de ganhar dinheiro. Um atleta do Quênia chega a sustentar até 20 pessoas de uma única família.
Vídeo sobre o treinamento dos atletas quenianos (Fonte: Record)
POPULAÇÃO
  O Quênia tem uma população bastante diversificada, que inclui a maioria dos principais grupos etno-linguísticos encontrados na África. Há uma estimativa de 47 comunidades diferentes, sendo que os bantus (67%) e os nilotas (30%) constituem a maioria dos residentes locais. Grupos cuchíticos formam uma pequena minoria étnica, assim como árabes, indianos e europeus. Em termos de etnia os Kikuyu representam 22%, os Luhya 14%, Luo 13%, Kalenjin 12%, Cambas 11%, Kisii 6%, Meru 6%, outras etnias africanas 15%, e 1% são de não-africanos (asiáticos, europeus e árabes).
Membros da etnia Kikuyu
  Vários grupos étnicos falam suas línguas maternas dentro de suas próprias comunidades. As duas línguas oficiais, o inglês e o suaíli, são utilizadas em diferentes graus de fluência para a comunicação com outras populações. O inglês é amplamente falado no comércio, no sistema educacional e no governo. Moradores de áreas rurais e de periferias urbanas são menos multilíngues, sendo que muitas regiões rurais falam apenas línguas nativas.
  O inglês queniano é usado por algumas comunidades e indivíduos no país e contém características únicas derivadas de línguas bantas locais. Há um total de 69 línguas faladas no país, a maioria pertencem a duas famílias linguísticas gerais: nígero-congolesas (ramo bantu) e nilo-saarianas (ramo do Nilo), faladas por populações bantu e nilotas.
Kikuyu - com uma população de 282.675 habitantes (estimativa 2017) é a oitava maior cidade do Quênia
ECONOMIA
  A agricultura continua a dominar a economia do Quênia, apesar de pouco mais de 15% das terras do país serem consideradas férteis e apenas 7% a 8% poderem ser consideradas de primeira classe. Os principais produtos agrícolas cultivados no país são chá, café, milho, trigo, laranja, banana, abacaxi, abacate, girassol, soja, sisal, algodão, coco, cana-de-açúcar, batata, tomate, cebola, arroz, feijão, mandioca e caju. A criação de bovinos é o principal rebanho do país, mas merece destaque também a criação de suínos e caprinos, além da piscicultura e avicultura.
  No setor mineral, os principais minerais extraídos são calcário, trona (carbonato de cálcio), ouro, sal e flúor.
Tala - com uma população de 264.891 habitantes (estimativa 2017) é a nona maior cidade do Quênia
  No setor industrial destacam-se a produção de plásticos, refino de petróleo, artefatos de madeira, couro, tecidos, cigarros, cimento, metalurgia e comida enlatada.
  O setor de serviços do Quênia é o que mais contribui para o PIB do país, dominado principalmente pelo turismo, que é a principal fonte de divisas. Os principais turistas que visitam o país são europeus, principalmente da Alemanha e do Reino Unido, que buscam nas suas belezas naturais e na vida selvagem, o seu principal atrativo.
Melinde - com uma população de 251.190 habitantes (estimativa 2017) é a décima maior cidade do Quênia
ALGUNS DADOS DO QUÊNIA
NOME: República do Quênia
INDEPENDÊNCIA: do Reino Unido, em 12 de dezembro de 1963
CAPITAL: Nairóbi
Centro financeiro de Nairóbi
GENTÍLICO: queniano (a)
LÍNGUA OFICIAL: inglês e suaíli
GOVERNO: República Presidencialista
LOCALIZAÇÃO: África Oriental
ÁREA: 580.367 km² (46º)
POPULAÇÃO (ONU - Estimativa 2017): 48.628.800 habitantes (30°)
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 83,78 hab./km² (88°). Obs: a densidade demográfica, densidade populacional ou população relativa é a medida expressa pela relação entre a população total e a superfície de um determinado território.
CRESCIMENTO POPULACIONAL (ONU - Estimativa 2015): 2,65% (23°). Obs: o crescimento vegetativo, crescimento populacional ou crescimento natural é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de uma  determinada população.
CIDADES MAIS POPULOSAS (Estimativa 2017):
Nairóbi: 4.090.500 habitantes
Nairóbi - capital e maior cidade do Quênia
Mombaça: 1.454.400 habitantes
Mombaça - segunda maior cidade do Quênia
Kisumu: 496.832 habitantes
Kisumu - terceira maior cidade do Quênia
PIB (FMI - 2016): US$ 61,405 bilhões (72º). Obs: o PIB (Produto Interno Bruto), representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano).
PIB PER CAPITA (FMI 2016): US$ 1.338 (144°). Obs: o PIB per capita ou renda per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) de um determinado lugar dividido por sua população. É o valor que cada habitante receberia se toda a renda fosse distribuída igualmente entre toda a população. 
IDH (ONU - 2016): 0,555 (146°). Obs: o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de desenvolvimento econômico e a qualidade de vida oferecida à população. Este índice é calculado com base em dados econômicos e sociais, variando de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: educação (anos médios de estudos), longevidade (expectativa de vida da população) e PIB per capita. A classificação é feita dividindo os países em quatro grandes grupos: baixo (de 0,0 a 0,500), médio (de 0,501 a 0,800), elevado (de 0,801 a 0,900) e muito elevado (de 0,901 a 1,0).
  Muito alto
  Alto
  Médio
  Baixo
  Sem dados
Mapa do IDH
TAXA DE NATALIDADE (ONU - 2016): 29,1/mil (53º). Obs: a taxa de natalidade é a porcentagem de nascimentos ocorridos em uma população em um determinado período de tempo para cada grupo de mil pessoas, e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE (CIA World Factbook 2016): 14,02/mil (33º). Obs: a taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um índice demográfico que reflete o número de mortes registradas, em média por mil habitantes, em uma determinada região por um período de tempo e é contada de maior para menor.
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL (CIA World Factbook - 2016): 54,7/mil (181°). Obs: a taxa de mortalidade infantil refere-se ao número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre mil nascidas vivas em um determinado período, e é contada de menor para maior.
Mapa da taxa de mortalidade infantil no mundo
TAXA DE FECUNDIDADE (CIA World Factbook - 2016): 3,31 filhos/mulher (46º). Obs: a taxa de fecundidade refere-se ao número médio de filhos que a mulher teria do início ao fim do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), e é contada de maior para menor.
Mapa da taxa de fecundidade no mundo
TAXA DE ALFABETIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2016): 87,4% (154°). Obs: essa taxa refere-se a todas as pessoas com 15 anos ou mais que sabem ler e escrever.
Mapa da taxa de alfabetização no mundo
TAXA DE URBANIZAÇÃO (CIA World Factbook - 2016): 26,5% (178°). Obs: essa taxa refere-se a porcentagem da população que mora nas cidades em relação à população total.
Mapa da taxa de urbanização no mundo
MOEDA: Xelim Queniano
RELIGIÃO: cerca de 80,7% dos quenianos são cristãos (sendo 24,4% de católicos, 32,6% de protestantes, 20% de cristãos independentes e 3,7% de outras religiões cristãs), 11,1% seguem religiões tribais, 7% seguem o islamismo e 1,2% seguem outras religiões ou não possuem religião.
Igreja católica em Mombaça
DIVISÃO: o Quênia é dividido em sete províncias e uma área, que são (os números correspondem a área no mapa): 1. Central 2. Costa 3. Oriental 4. Área de Nairóbi 5. Nordeste 6. Nyanza 7. Vale do Rift 8. Ocidental.
Mapa da divisão regional do Quênia
REFERÊNCIA: Cotrim, Gilberto
Historiar: 9 / Gilberto Cotrim, Jaime Rodrigues. - 2. ed. - São Paulo: Saraiva, 2015.

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